Será que a pedra preciosa do Santo Graal é capaz de equilibrar as energias da Terra? Terão os Cavaleiros de Cristo deixado uma mensagem escondida em território português? E o triângulo Tomar-Dornes-Fátima, o que representa afinal? São tudo questões levantadas sem resposta prometida, mas relacionadas com os Templários.

Estes eram os Cavaleiros do Templo de Jerusalém e representaram uma ordem religiosa que deixou na História de Portugal – em especial na região Centro – muitos registos e, por todo o mundo, lendas e curiosidades por satisfazer.

Entregue-se por momentos ao lado espiritual e misterioso do Centro de Portugal.

Uma Ordem com sede em Tomar

Os Templários permaneceram no castelo de Soure, como sede da ordem, de 1128 até 1160, data em que chegaram a Tomar, em 1160, após D. Afonso Henriques (primeiro rei português), lhes ter entregado uma vasta região entre o rio Mondego e o rio Tejo. Em 1162, os Templários escolheram a cidade de Tomar para sua sede.

No Convento de Cristo, na vasta Mata dos Sete Montes, na Igreja Santa Maria do Olival e noutros pontos da cidade encontram-se monumentos e referências à presença desta Ordem, que nos deixou um legado histórico cativante, por vezes apelidado de tesouro.

Fundada no Templo de Salomão, em Jerusalém, mas extinta pelo Papa Clemente V, não viu o seu fim imediato em Portugal, pois deixou aqui uma fiel herdeira – a Ordem de Cristo, especialmente dinâmica na época dos Descobrimentos.

Convento de Cristo

Construído nos primórdios do reino de Portugal, entre os séculos XII e XVIII, este mosteiro é hoje um Monumento Nacional classificado como Património Mundial, sendo visitado por pessoas de todo o mundo.

Apresenta diversos estilos arquitetónicos (românico, gótico, manuelino, renascentista e maneirista), está envolvido pelo castelo medieval da cidade, tem uma igreja manuelina com a famosa janela gótica e as mesmas proporções do Templo de Salomão (lugar onde a Ordem foi fundada), uma magnífica charola (oratório privativo) construída à semelhança do Santo Sepulcro de Jerusalém e diversos pormenores imperdíveis que o levam a fazer uma visita prolongada.

Conta muitos séculos de História e foi sede da Ordem dos Templários.

Saiba mais em ROTEIRO PATRIMÓNIO MUNDIAL DO CENTRO

 

Mata Nacional dos Sete Montes

Esta Mata encanta logo à entrada, pelos portões altos e pelo jardim bem ornamentado. Tem uma vasta área natural (39 ha), uma rica flora de plantas aromáticas e medicinais e era conhecida como a cerca do convento, tendo no passado uma ligação ao castelo. Diz-se que, aqui, a Ordem fazia os seus cultivos e orações.

É hoje o principal parque da cidade, com a estátua do Infante Dom Henrique a dar-lhe as boas-vindas. Entre longas caminhadas a pé, imagine o passado e a bravura dos cavaleiros que aqui viveram. Por entre árvores seculares e frondosas, aqui e ali deparamo-nos com património que merece uma paragem e leitura complementar, como é o caso da Charolinha, uma miniatura da Charola existente no Convento de Cristo que parece um retiro secreto para oração.

Castelo de Almourol

Gualdim Pais, cruzado e freire templário, além de ter fundado a cidade e o castelo de Tomar, fundou o Castelo de Almourol, numa localização única: uma ilhota no meio do rio, onde o Tejo e o seu afluente Zêzere se cruzam, em Vila Nova da Barquinha.

Foi utilizado para defesa do território, formando a linha defensiva do rio Tejo juntamente com os castelos de Ceras (mais tarde, Tomar) e o da Cardiga e é hoje um Monumento recuperado e visitável, após uma curta travessia de barco.

Uma paisagem sem igual.

Torre de Dornes

Também nas margens do rio Zêzere, na pacata aldeia de Dornes, banhada pela albufeira de Castelo do Bode, foi erguida pelos Templários uma torre pentagonal com função de vigia durante a Reconquista cristã. Pouco conhecida, mas deslumbrante, esta aldeia pode ser o lugar ideal para terminar a sua visita pelo passado dos Templários.