Foi apresentado o novo mapa-roteiro das Invasões Francesas é um novo produto integrado de turismo cultural da Região de Coimbra. Um produto financiado pelo Turismo de Portugal, Centro 2020 e União Europeia.
O roteiro ilustrado está a ser distribuído como suplemento da edição de agosto da revista National Geographic e inclui o percurso efetuado na região de Coimbra pelo exército de Napoleão Bonaparte, comandado pelo marechal Massena, desde a entrada em território nacional em 1810, pela zona da Beira Alta, até à retirada, derrotado, em 1811. Apesar de Portugal ter sido alvo de três invasões, a terceira teve especial relevo na Região de Coimbra.
O roteiro especifica diversos momentos, como saques e confrontos com as tropas portuguesas e inglesas, e ainda a Batalha do Bussaco, o confronto que opôs cerca de 65 mil franceses a 50 mil luso-ingleses e que terminou com o exército francês obrigado a contornar a serra na sua caminhada para Lisboa, onde não chegou após não ter conseguido ultrapassar as linhas defensivas de Torres Vedras.
A iniciativa teve lugar no Convento de Santa Cruz, no Bussaco. “O objetivo deste roteiro é diversificar a aposta turística na Região de Coimbra, que tem um património cultural ímpar, sendo este um projeto que alia o turismo ao aspeto militar”, como referiu Carlos Monteiro, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra. Esta apresentação contou ainda com a presença de Graça Fonseca, ministra da Cultura; Luís Albuquerque, diretor do Museu Militar de Lisboa; Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada e Jorge Brito, secretário executivo da CIM Região de Coimbra. De acordo com Jorge Brito, o roteiro junta os episódios “mais conhecidos”, como as batalhas do Bussaco ou de Foz de Arouce, na Lousã, a outros menos conhecidos, como o da ponte da Mucela, em Vila Nova de Poiares. Já para Graça Fonseca, “este é um projeto muito importante que conserva, preserva e dinamiza o património cultural (material, imaterial e natural)”. Sendo o turismo cultural muito procurado, Graça Fonseca defende ainda que iniciativas como esta podem alavancar a economia do país, numa fase particularmente débil como a que vivemos devido à covid-19.