Bem-vindo às Aldeias do Xisto no Centro de Portugal

Aqui irá descobrir um mundo novo que remonta à pré-história, recuperado e proporcionando locais de interesse naturais e patrimoniais, lugares onde apetece passear, fotografar, respirar o ar puro da Serra, mergulhar nas praias fluviais e dormir por uns tempos, em retiro.

Aqui pode fazer tudo isso e muito mais.

São 27 as aldeias do Xisto para descobrir, doze delas na zona da Serra da Lousãcinco na Serra do Açor, seis a acompanhar o rio Zêzere e quatro junto ao Tejo-Ocreza. Tudo em território do Centro de Portugal, entre o litoral e o interior do país.

Quando a identidade destas terras e gentes parecia esquecida, recuperaram-se casas, histórias, sorrisos e, com muito bom gosto, deu-se origem a um território encantador já premiado enquanto destino turístico. Um tesouro entre Castelo Branco e Coimbra.

Aldeias cuja pedra utilizada é a das suas montanhas, cujos sabores deliciam todos os paladares, cujos motivos religiosos e histórias foram relembrados com entusiasmo para lhes devolver vida.

Convidamo-lo a sentir as vivências de cada uma delas através das suas gentes e histórias. Vamos conhecê-las?

As 27 Aldeias do Xisto do Centro de Portugal

Comece a sua viagem junto à fonte de água da aldeia de Água Formosa, a 10 km do Centro Geodésico de Portugal em Vila de Rei, o verdadeiro centro do país; ou comece mais a norte, na Aldeia das Dez, a admirar a paisagem de cada miradouro da aldeia enquanto saboreia um licor de medronho.

Da Serra do Açor

Visitar a Serra do Açor é visitar uma das mais belas serras da cordilheira central portuguesa, localizada entre a Serra da Lousã e a Serra da Estrela. O grupo de aldeias do Xisto da Serra do Açor é maioritariamente constituído por aldeias em que o material de construção dominante é o xisto. Algumas utilizam o granito nos vãos das portas e janelas, e apresentam verdadeiros tesouros naturais.

Localizada mais a norte, temos a Aldeia das Dez, também ela conhecida por aldeia das fontes, e é uma das aldeias do Xisto desde 2010, num território sobretudo montanhoso. No concelho de Oliveira do Hospital, foi construída predominantemente em granito e o seu património é impressionante. Situada entre Côja e a paisagem Protegida da Serra do Açor, encontramos Benfeita conhecida pela sua torre sineira da paz. Benfeita é a única aldeia no mundo que exalta a paz com uma torre, um sino e um relógio que foi colocado na Torre a que chamaram da Paz em Abril de 1945. Na base pode ler-se “Este sino tocou pela primeira vez a anunciar o fim da guerra da Europa em 1945”. A meio caminho entre as vilas de Côja e do Piódão, tem duas ribeiras, aproveitadas no verão para refrescantes mergulhos. Passeie entre o casario e descubra porque lhe chamam “Aldeia Branca”. Chegamos agora a Fajão. Fajão é uma encantadora aldeia de Xisto com meia centena de habitantes, que tem como principal vantagem os poucos ajuntamentos durante todo o ano. A maioria das casas que vemos pelas ruas e ruelas, foram renovadas e rebocadas, ruas empedradas, muitas delas com lousa, tornam esta aldeia um dos locais mais pitorescos do interior. O tom castanho e ocre do xisto faz sobressair as flores colocadas em vasos na rua ou pendurados nas varandas pelas ruas inclinadas que se veem pela encosta da serra.

Sobral de São Miguel, considerado “o coração do xisto” é a aldeia que se segue. Sendo um dos maiores aglomerados de edifícios em xisto no nosso país, a maioria das suas construções estão pintadas de branco, proporcionando-nos passeios de descoberta magníficos pelos recantos desta aldeia. Vila Cova de Alva, é a Aldeia do Xisto que possui o maior conjunto monumental, talvez por ali se ter estabelecido um convento. Caminhe pelas ruas e ruelas e aprecie as suas janelas manuelinas e diversos monumentos que seguem até à Praia Fluvial onde, depois de uma caminhada, se pode refrescar no rio Alva.

Da Serra da Lousã

Junto à Lousã, temos mais doze Aldeias do Xisto. Primeiramente destacam-se Talasnal Casal de São Simão. Talasnal atrai muitos visitantes pela cor do seu xisto, escuro, que pinta as fachadas dos seus edifícios decorados, quase todos eles, com ramos de videiras. Do alto da Serra da Lousã, a sua ligação com a natureza é um fascínio para quem a visita. Por sua vez, a Aldeia de Casal de São Simão, é composta por uma única rua mas os seu habitantes vivem como um coletivo. Irresistível parar e não se aventurar num passeio pelas Fragas de São Simão que dão acesso à sua Praia Fluvial.

Mas pelas doze aldeias estão distribuídas a simpatia, a densa natureza, a tradição e o autêntico. Em Aigra Nova, há muitas atividades que prometem surpreendê-lo. Juntamente com Aigra VelhaComareira e Pena, estas quatro aldeias do concelho de Góis, estão integradas numa estrada panorâmica que as ligará ao Trevim, o ponto mais alto da Serra da Lousã.

Há ainda o castelo de Casal Novo, o rebanho e o casal de habitantes do Chiqueiro, a proximidade das praias fluviais desde Comareira e as pedras esculpidas de Gondramaz que lhe transmitem a sensação que o tempo parou e a tranquilidade reinou.

A aldeia do Xisto de Candal é das mais visitadas e considerada uma das mais desenvolvidas aldeias serranas que, no alto da colina, serve de abrigo a quem sobe ou desce a serra. A magnífica aldeia de Cerdeira é lugar de criação artística, de inspiração e de fantasia. Este é um dos lugares de excelência para trabalhar remotamente desde o Centro de Portugal. Finalizamos o grupo com a aldeia de Ferraria de São João que aposta na vivência ativa ao ar livre.

A acompanhar o rio Zêzere

ÁlvaroBarroca, Janeiro de Baixo e Janeiro de Cima, Mosteiro e Pedrógão Pequeno são as seis aldeias deste agrupamento de casas em que o xisto é material dominante e se mantém a harmonia entre o património religioso e o rural, se acompanha os ciclos agrícolas, se respeitam penedos, vales e ribeiras, se unem as duas margens de um rio num barco a remos, se ocupa com entusiasmo o tempo de lazer e se ouve e vê a banda passar. O Zêzere acompanha assim este grupo de aldeias que tem tanto para oferecer.

Em Janeiro de Cima, encontra um refúgio natural cheio de tradição para desfrutar de uns belos dias de descanso e onde ainda é possível fazer um passeio de barco, rio acima.

Junto ao Tejo-Ocreza

Embora o mais pequeno do grupos de Aldeias do Xisto, estas quatro aldeias possuem uma maior distribuição territorial.

Apenas com quatro habitantes residentes, Água Formosa, outra das Aldeias do Xisto que fica mais no centro do próprio país, é detentora de uma fonte de água puríssima, a fonte de Água Formosa. Pelas ruas da aldeia ainda se encontram fornos antigos, principal evidência da antiguidade das suas tradições. Um pouco mais a norte encontramos Figueira, onde se chega pelo cheiro a pão quente do forno comunitário e se encontra uma aldeia rural com feno, horta e gado. 

Em Martim Branco, onde o pão também tem lugar de destaque e o xisto convive com o granito para manter a qualidade das casas, encontramos um lugar que se esqueceu do tempo e onde tudo é um encanto. Para finalizar, encontramos Sarzedas, a única aldeia distinguida com título nobiliárquico onde a presença da História continua a marcar as suas ruas e as suas gentes.

Todas juntas formam bonitos cenários e dão requinte ao nosso país. As gentes e as tradições das Aldeias do Xisto estão presentes em cada recanto, em cada ruela, em cada traço. Conheça-as em família e leve também os amigos consigo, todo o ano!

Saiba mais no website oficial das Aldeias do Xisto.