Os castelos contam-nos pedaços da História. As suas muralhas defenderam durante séculos as fronteiras dos ataques de exércitos inimigos, ao mesmo tempo que gravaram na pedra o passado de um povo.
Entrar em fantásticos monumentos e fortalezas, residência de reis e rainhas, é uma forma de voltar no tempo e imaginar como era viver ali, e como eram disputadas batalhas dentro e fora das suas muralhas.
Foi no Centro de Portugal que se construiu alguns dos mais imponentes castelos portugueses, muitos deles patrocinados pelos cavaleiros Templários, a quem foi dada a tarefa de proteger esta região de Portugal.
Programe a sua visita e conheça todos os locais da Rota dos Castelos e Muralhas do Mondego. De Coimbra à Lousã, de Miranda do Corvo a Penela, de Ansião a Pombal, de Soure a Condeixa-a-Nova, de Montemor-o-Velho à Figueira da Foz, trace o seu percurso por este magnífico território e descubra todos os pontos de interesse.
Aventure-se pelos Castelos de Fronteira. Deixe-se conquistar pela beleza das terras raianas e das suas imponentes fortificações, que ainda hoje parecem cumprir as suas funções de guardar a mais antiga fronteira da Europa. Percorra uma fortaleza com mais de 2500 metros de muralha, debruçando-se num balcão de onde se combateu o inimigo com óleo a ferver ou ouvindo contar as mais variadas e empolgantes lendas.
Nos Castelos de Fronteira pode percorrer um mundo de pedras e histórias que trazem até si a vida do passado. Descubra Almeida e deixe-se encantar pela impotência da sua fortaleza, uma estrela de doze pontas vista do céu. Percorra as muralhas de Belmonte, que viram nascer o descobridor Pedro Álvares Cabral. Passe as Portas dos Berrões em Castelo Mendo. Deixe-se encantar pelas lendas dentro da Torre dos Templários de Idanha -a- Velha. Explore todas as portas do Castelo da Guarda qua ainda hoje espreitam as ruelas da cidade. Dance e cante ao som dos Adufes na Festa de Santa Cruz que enche, uma vez por ano, as Muralhas de Monsanto. Visite o miradouro virtual de Pinhel. Conheça a invulgar Torre do Castelo das Cinco Quinas, no Sabugal.
E depois… descubra outros tantos!
Venha conhecer os Castelos do Centro de Portugal e ouvir as suas histórias!
VISEU DÃO LAFÕES
// SATÃO – CASTELO OU TORRE DE FERREIRA DE AVES
GPS: 40.792983, – 7.691270
Robusta construção em granito de carácter defensivo, o Castelo ou Torre de Ferreira de Aves, remonta aos séculos XIII-XIV. Possui uma planta quadrada, cerca de 9 metros de altura e dois pisos. É rasgado por esguias frestas góticas geminadas e teria um fosso inundável. Um portal gótico dá acesso ao interior e a um pátio.
// VOUZELA – TORRE MEDIEVAL DE VILHARIGUES
GPS: 40.715601, -8.129626
Edificada no séc. XIII num outeiro onde se avista parte do vale de Lafões, a Torre Medieval de Vilharigues poderá ter feito parte do sistema defensivo destas terras, estruturado desde o séc. XI. Tal como as duas outras torres medievais do concelho, foi objeto de obras de consolidação e recuperação. Uma estrutura de metal e vidro foi encaixada nas duas paredes originais, criando os três pisos que teria, e neles instalados os espaços museológico, de exposições e multimédia.
// VOUZELA – TORRE MEDIEVAL DE ALCOFRA
GPS: 40.631876, -8.199315
Inspirada na torre de menagem, este tipo de construção fortificada surge nos séculos XII e XIII como residência da pequena e média nobreza, sendo sinal de senhorio sobre uma terra. A Torre Medieval de Alcofra, situa-se num vale na vertente ocidental da Serra do Caramulo.
// VOUZELA – TORRE MEDIEVAL DE CAMBRA
40.683374, -8.164446
Torre de planta quadrangular localizada num pequeno esporão entre os rios Couto e Alfusqueiro. As escavações arqueológicas permitiram datar a ocupação da Torre Medieval de Cambra desde a Idade Média até aos séculos XVI-XVII.
REGIÃO DE LEIRIA
// ANSIÃO – COMPLEXO MONUMENTAL DE SANTIAGO DA GUARDA
39°56’52.86″N | 8°28’50.52″W
Localizado no concelho de Ansião, Santiago da Guarda é uma terra que remonta à época romana. A passagem do tempo fez com que a vila romana desaparecesse e, no seu lugar, fosse erguida uma Torre Militar. O que vemos hoje é uma torre edificada no tempo medieval, mas recuperada mais tarde, na altura em que foi edificado o Paço. Esta é uma construção que ostenta a vieira, símbolo da sua função de apoio do Caminho Português de Santiago, traçado sobre a antiga estrada romana. Lá de cima, avistam-se serras, o verde da floresta e toda a pequena localidade que recebe os visitantes de braços abertos.
// FIGUEIRÓ DOS VINHOS – TORRE DA CADEIA
GPS: 39.903573, -8.276494
Construída no século XVI como símbolo de poder, daqui se avista o núcleo quinhentista da vila e os principais edifícios desse período. A Torre da Cadeia, robusta, coroada de merlões, com uma porta quinhentista, possuiu um relógio e um sino com o qual o alcaide convocava as assembleias. A sua localização, na urbe original da vila, virada para o rossio, para onde todas as ruas confluem, confere-lhe a qualidade de atalaia e mirante.
// LEIRIA – CASTELO DE LEIRIA
GPS: 39.747500, -8.808611
Conquistado aos mouros em 1135 por D. Afonso Henriques, o Castelo de Leiria permanece até hoje como vigia da cidade. Os vestígios mostram as diversas fases de ocupação desde a função militar à de paço residencial. A sua parcial reconstrução deve-se ao arquiteto Ernesto Korrodi, que garantiu ao Castelo um aspeto apalaçado.
// POMBAL – CASTELO DE POMBAL
39°56’52.86″N | 8°28’50.52″W
No alto da cidade ergue-se o Castelo de Pombal, construído por Gualdim Pais, mestre dos Templários em Portugal, no tempo de D. Afonso Henriques. No seu interior, foram erguidas várias construções e deverá ter sido uma antiga fortificação romana, posteriormente ocupada pelos muçulmanos. Após a conquista da região, Gualdim Pais ergueu um castelo amplo, com nove torreões, que serviria de guarda avançada da cidade de Coimbra. Está à sua espera para ser explorado e descoberto.
// PORTO MÓS – CASTELO DE PORTO DE MÓS
GPS: 39.603333 | 8.818889
Conquistado aos Mouros, por D. Afonso Henriques, em 1148, o Castelo de Porto de Mós é fortaleza desde o século IX. Classificado como Monumento Nacional desde 1910, data dos inícios do século XIII, a definição da sua planta pentagonal, com torres verdes em quatro dos seus vértices. A transformação em paço residencial resulta das transformações levadas a cabo no decorrer do século XV. Daqui saíram as tropas lideradas por D. Nuno Álvares Pereira, em 1385, para a Batalha Real, designada como Batalha de Aljubarrota, nos campos de São Jorge, marco determinante da afirmação da independência nacional.
SERRA DA ESTRELA
// ALMEIDA – FORTALEZA DE ALMEIDA
GPS: 40.724259, -6.904952
A Fortaleza de Almeida foi mandada construir no período pós-Restauração por D. Álvaro de Abranches, General da província da Beira. Assim, em 1641 inicia-se a sua edificação em volta do perímetro urbano de Almeida, apresentando uma planta em forma hexágono (estrela), a qual é formada por seis baluartes. A Praça foi cenário da Guerra dos Sete Anos, das Invasões Francesas e durante as lutas liberais funcionou como prisão política.
// ALMEIDA – CASTELO DE ALMEIDA
GPS: 40.724104, -6.904899
Depois de um primitivo castelo muçulmano, a história desta vila remonta ao início da nacionalidade portuguesa. Em 1296, D. Dinis conquista-a e concede-lhe foral reedificando o castelo.
// ALMEIDA – CASTELO BOM
GPS: 40.620966, -6.901331
Castelo medieval construído por Leoneses, sobranceiro ao rio Côa e oriundo de um antigo castro ocupado desde a Idade do Bronze. Nos séculos XIII e XIV dá-se a reedificação do castelo e da cintura muralhada.
Hoje, a aldeia de Castelo Bom é tranquila e respira história em cada esquina.
// ALMEIDA – CASTELO MENDO
GPS: 40.592446, -6.949699
A edificação do Castelo Mendo ocorreu provavelmente nos finais do séc. XII, durante o reinado de D. Sancho I. Só com o aparecimento das fortificações modernas (séc. XVII), é que esta estrutura defensiva medieval perde a sua valência militar.
// BELMONTE – CASTELO DE BELMONTE
GPS: 40.359316, -7.348253
O Castelo de Fonteira data dos finais do séc. XII. Juntamente com os castelos de Sortelha e Vila de Touro formaram, até à assinatura do Tratado de Alcanizes (1297), a linha defensiva do Alto Côa, apoiada na retaguarda pela muralha natural da Serra da Estrela e pelo Vale do Zêzere. No séc. XV passa a ser residência oficial da família de Pedro Álvares Cabral. Atualmente, o edifício tem funções turísticas e culturais, tendo sido construído um anfiteatro ao ar livre e a Torre de Menagem e Sala Oitocentista adaptadas a espaços museológicos destinados a exposições temporárias.
// CELORICO DA BEIRA – CASTELO DE CELORICO DA BEIRA
GPS: 40.637035, -7.391646
Foi conquistado aos mouros no reinado de D. Afonso Henriques recebendo assim carta de foral. Em 1762, é assaltado pelos espanhóis e, em 1810, é quartel-general do exército francês e depois do luso-britânico, aquando das invasões francesas
// CELORICO DA BEIRA – CASTELO DE LINHARES DA BEIRA
GPS: 40.541278, -7.461128
O Castelo de Linhares da Beira situa-se num cabeço em contraforte, a cerca de 820m de altitude, dominando o vale do Mondego, tendo sido construído durante o reinado de D. Dinis. As suastorres, vistas de longe, tem a imponência de firmes atalaias, moldadas no granito da Serra, cujas montanhas lhe servem de pano de fundo.
// FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO – CASTELO RODRIGO
GPS: 40.877266, -6.964098
Terra de Riba-Côa, outrora território leonês, situação que D. Dinis teve a sapiência de inverter com o Tratado de Alcanizes (1297). Após o Tratado, este monarca mandou fazer grandes obras no Castelo Rodrigo No séc. XVI, Cristóvão de Moura (defensor da legitimidade de Felipe II) mandou erguer um palácio que foi destruído pela população após a Restauração.
// FUNDÃO – CASTELO NOVO
GPS: 40.077884, -7.496367
Localizado na encosta leste da Serra da Gardunha, os testemunhos da existência do Castelo Novo datam de 1223. Ao longo dos séculos, a fortificação é melhorada até que, em 1758, sofre uma derrocada causada por um sismo. Contudo, ainda existem vestígios visitáveis desta fortaleza.
// GUARDA – CASTELO DA GUARDA
GPS: 40.536790, -7.271242
É na cidade mais alta de Portugal (1056 m de altitude), que se edificou este castelo, com uma localização dominante sobre a urbe da Guarda. Hoje, apenas resta a torre de menagem, três portas e troços da muralha, do que outrora foi uma fortificação de grande resplandecência. Herdeira de um património cultural rico e único, a Guarda encerra nas suas muralhas mais de 800 anos de História.
// MÊDA – CASTELO DE LONGROIVA
GPS: 40.963796, -7.208668
Elevado a sul do rio Côa, em posição dominante sobre a vila, este castelo constitui um testemunho da arquitetura templária na região.
// MÊDA – CASTELO DE MARIALVA
GPS: 40.913581, -7.23174
Acredita-se que a primeira ocupação deste território, tenha sido efetuado por uma das diversas tribos, em que os Lusitanos se segmentaram. O seu conjunto arquitetónico integra dois núcleos – cidadela e o núcleo civil.
// MÊDA – CASTELO DE RANHADOS
GPS: 40.9941081, -7.3305146
A construção do castelo de Ranhados é atribuída a D. Dinis, todavia não há certezas, podendo ser de origem muito posterior, mas a ocupação humana desta região, que é anterior à romanização da península, aponta para a possibilidade de existirem estruturas de defesa que os primeiros reis portugueses podem ter reforçado.
Sem grande história conhecida, este castelo foi muito cedo abandonado e já o rei D. Manuel I, em 1512, tentou a repovoação da região com atribuição de foral à vila, mas este destino não se alterou, acabando por o recinto do castelo por ser convertido no cemitério da vila.
// PINHEL – CASTELO DE PINHEL
GPS: 40.772978, -7.075461
Guardião de uma das mais antigas localidades portuguesas, o Castelo de Pinhel é um belo exemplo da singular arquitetura manuelina em Portugal. O seu perímetro muralhado envolve toda a colina rodeada por dois cursos de água, onde se ergue o centro histórico. Fulcro de um sistema fortificado que incluía os castelos de Trancoso, Marialva e Castelo Mendo, Pinhel foi, até ao séc. XIII uma das praças-fortes mais avançadas do reino de Portugal nesta região.
Em 1385, edificaram-se as poderosas muralhas, rasgadas por seis portas e as duas torres. A torre do lado norte apresenta uma bonita janela manuelina que ilumina uma sala abobadada rematada por um dos símbolos do poder de D. Manuel I, a esfera armilar. Em 1810, a cidade e o seu castelo são ocupados durante as invasões francesas pelo General Loisson.
// SABUGAL – ALFAIATES
GPS: 40.390312, – 6.911406
O castelo situa-se num planalto, delineado por um terreiro e com construções rústicas, alocadas a dois alçados. O castelo foi edificado no reinado de D. Manuel I, embora na povoação houvesse já uma fortificação leonesa desde o séc. XIII, da qual não sobram vestígios.
// SABUGAL – CASTELO DO SABUGAL
GPS: 40.351308, – 7.093941
Este castelo com torre de menagem de cinco quinas, encontra-se numa região que foi alvo de fortes confrontos entre os reinos de Portugal e de Castela. Em 1811, a vila foi palco de uma importante batalha entre as tropas anglo- lusas e o exército francês que, sob o comando de Massena, saiu derrotado.
// SABUGAL – CASTELO DE SORTELHA
GPS: 40.328701,-7.216837
Erguido num maciço granítico, inacessível pela vertente Sul, encontra-se o Castelo de Sortelha. Apesar de não existirem certezas sobre o ano da sua construção, sabe-se que foi o último castelo, de estilo românico, a ser erigido.
// SABUGAL – PONTE DE SEQUEIROS
GPS: 40.477153, -7.002538
Ponte de dois arcos com torre de controlo de passagem, datada do séc. XVII. A ponte de Sequeiros, juntamente com a ponte de Ucanha constitui uma das pontes fortificadas existentes atualmente em Portugal.
// SABUGAL – CASTELO DE VILAR MAIOR
GPS: 40.476803, – 6.940823
Este castelo teve provável edificação na primeira metade do séc. XIII, em 1232, por ordem de D. Afonso IX de Leão. Com o Tratado de Alcanizes (1297), Vilar Maior passou a integrar o território português. Possui uma robusta torre de menagem construída já nos últimos reinados da I dinastia, que mais tarde foi apetrechada de uma barbacã baixa.
// TRANCOSO – CASTELO DE TRANCOSO
GPS: 40.7781163, -7.348788
Em 1097, Trancoso passa para o Condado Portucalense. O castelo foi cenário de batalhas importantes para a formação e independência do reino. Ainda hoje, a Batalha de Trancoso ou São Marcos (1355), e precursora de Aljubarrota, continua a ser comemorada a 25 de abril.
REGIÃO DE COIMBRA
// COIMBRA – CASTELO DE COIMBRA – TORRE DE ALMEDINA
40º 12′ 31.39” N | 8º 25′ 43.49”W
Coimbra era a principal cidade e ponto fulcral do sistema defensivo, pois estava à beira rio e na linha da frente na defesa de ataques realizados pelos Muçulmanos. O edifício do Castelo propriamente dito sobreviveu apenas até ao século XVIII, restando apenas a Torre de Almedina, uma de tantas que ali se construíram. É um local de passagem obrigatório para quem visita a cidade e onde está instalado o Núcleo da Cidade Muralhada de Coimbra, onde poderá perceber melhor esta cidade medieval, a sua história e as alterações sofridas ao longo dos séculos.
// CONDEIXA-A-NOVA – PAÇO DA EGA
40°5’41.38″N | -8°32’13.37″W
No alto da colina da Aldeia de Ega, ergue-se o Paço com o mesmo nome, construído sobre as ruínas de um primitivo castelo mandado edificar pela ordem templária nos séculos XII-XIII. Após ter ficado ao abandono, sofreu obras de restauro que transformaram o espaço em turismo de habitação e devolveram a este grandioso edifício o esplendor de outrora.
// FIGUEIRA DA FOZ – TORRE E FORTALEZA DE BUARCOS
40°09’51.093″N | 8°52’45.871″W
Nos tempos pré e pós reconquista, o os ataques a este território poderiam vir, tanto por terra, como por mar. Era fácil desembarcar em Buarcos, pelo que houve sempre necessidade de construir estruturas de defesa. Das torres construídas, hoje o que resta é um cunhal no cimo do lugar de Buarcos.
// LOUSÃ – CASTELO DA LOUSÃ
40º 06′ 3.62” N | 8º 14′ 06.55”W
Conhecido como Castelo de Arouce, situa-se na Serra da Lousã. Foi construído em posição dominante no topo de um monte escarpado na margem direita do rio Arouce. O imaginário atribui a sua fundação ao rei Arunce, que o construiu para seu refúgio. Infelizmente não é possível visitar o interior devido à queda de parte das escadas.
// MIRANDA DO CORVO – CASTELO DE MIRANDA DO CORVO
40º05´35.112″ N | 08º20´5.722″W
A Torre Sineira e a cisterna são os únicos testemunhos materiais do velho castelo, na sua origem uma peça estratégica na defesa da linha do Mondego. A Torre encontra-se ao lado da Igreja Matriz, num local com uma vista incrível sobre a vila, que foi crescendo em torno da fortaleza, servindo de escudo protetor à cidade de Coimbra.
// MONTEMOR-O-VELHO – CASTELO DE MONTEMOR-O-VELHO
40°10’30.037″N | 8°41’1.771″W
A Fortaleza foi remodelada para melhor proteger a sede do território que lhe foi confiado (?), das invasões dos muçulmanos. Grande parte da vila ficava no interior das muralhas permitindo uma melhor proteção da população. A importância de Montemor foi sempre evidente ao longo dos séculos. Foi palco do conflito entre D. Sancho II e D. Afonso III, do conflito entre D. Afonso IV e o seu pai D. Dinis e foi aqui que Inês de Castro foi julgada por D. Afonso IV. A partir das muralhas podem ser observados os campos de cultivo e as cegonhas a voar nos céus.
// OLIVEIRA DO HOSPITAL – CASTELO DE AVÔ
GPS
No reinado de D. Sancho I o Castelo de Avô é destruído, devido a desentendimentos entre D. Sancho I e D. Pedro Soares (Alcaide-mor do castelo de Avô), reconstruído mais tarde no reinado de D. Afonso II.
Em 1240, D. Sancho II faz nova doação do couto de Avô ao bispo de Coimbra, D. Tibúrcio. Nesta vigência régia assiste-se a nova degradação do castelo, devido, sobretudo, à guerra civil entre partidários de rei D Sancho II e defensores de D. Afonso III, dos quais se destacava o Bispo de Coimbra.
Decorridos alguns anos, o Rei D. Dinis manda reconstruir o castelo, substituindo as atuais caraterísticas do espaço militar Dionísio, tais como: a configuração oval da cerca, em polígono irregular, a acessibilidade por portal de arco quebrado e a incorporação da torre de menagem na muralha no ângulo sul da fortificação. A partir deste reinado, o castelo acompanhou o círculo normal da paz existente no País sofrendo as vicissitudes dos homens e do tempo, acabando por arruinar-se com o passar dos anos.
// PENELA – CASTELO DE PENELA
40º01´52.572″ N | 08º23´23.971″W
O Castelo de Penela tem , uma vista privilegiada sobre a Serra da Lousã e sobre a Serra do Sicó. A sua construção data do séc. XI, apesar do que hoje se pode ver do Castelo remontar somente aos séculos XIV e XV. No seu interior tem a Igreja de São Miguel, cujas primeiras origens se prendem ao séc. XII. De salientar, além da Porta da Vila, a porta a que chamam da Traição, ou dos Campos, que apresenta uma abertura dupla em cotovelo, integrada numa torre, denotando a influência da tradição muçulmana na fortificação portuguesa dos fins da Idade Média.
// PENELA – CASTELO DO GERMANELO
40º01´34.699″ N | 08º25´49.656 W
O Castelo do Germanelo, atualmente em ruínas, tem uma vista soberba sobre o vale do Rabaçal. Na perspetiva de D. Afonso Henriques havia uma falha na defesa de Coimbra. A distância entre os castelos de Penela e de Soure era demasiado grande e o inimigo podia explorar essa falha. Assim surge este castelo, estrategicamente colocado para a defesa e o controlo de um dos principais acessos a Coimbra.
// SOURE – CASTELO DE SOURE
40°03’25.748″N | 8°37’34.207″W
O Castelo de Soure, construído na confluência de dois rios: o Anços e o Arunca, é um dos poucos exemplos em Portugal de estruturas militares hoje edificadas em terreno plano. Para proteger a população e o caminho que ligava a Coimbra, foi erigido esta estrutura da qual hoje restam alguns panos de muralha. Do Castelo subsistem duas torres, o pátio de armas resguardado por um portão metálico e parte das muralhas. Do outro lado da estrada, começa um amplo parque de lazer.
MEDIO TEJO
// ABRANTES – CASTELO DE ABRANTES
GPS: 39.464443, 8.195286
O Castelo de Abrantes foi conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques no séc. XII e desempenhou uma importância estratégica na defesa da linha do Tejo. Da sua Torre de Menagem observa-se uma bela panorâmica da região, sendo possível, num ângulo de 360º, contemplar paisagens sobre o Tejo, a lezíria ribatejana, a charneca alentejana e as serranias da Beira.
// OURÉM – CASTELO DE OURÉM
GPS: 39.640972, -8.591556
Monumento Nacional, o Castelo de Ourém, foi conquistado aos Mouros em 1136. O conjunto patrimonial, séc. XII e XV (?), apresenta características ímpares de arquitetura militar românica/residencial gótica e mudéjar. Está indubitavelmente ligado à lenda da princesa moura Fátima/Oureana e do cavaleiro cristão Gonçalo Hermingues, a D. Afonso IV Conde de Ourém e à Casa de Bragança.
// SERTÃ – CASTELO DE SERTÃ
GPS: 39.204942, -8.098724
A queda em desuso das suas funções defensivas motivou a ruína do castelo, que, só no século XX, viu um restauro devolver-lhe a imponência de outrora. Escavações arqueológicas revelaram a existência, dentro do perímetro do castelo, de um celeiro, de uma capela anterior à atual, e de uma calçada em uso nos séculos XV/XVI, bem como de fragmentos de cerâmicas árabes.
// TOMAR – CASTELO DE TOMAR
GPS: 39.604126, -8.419231
Construído para complementar a linha de defesa de Coimbra, capital do reino durante o século XII, o Castelo foi edificado a partir da Charola, oratório privativo dos cavaleiros. A Torre de Menagem, elemento introduzido em Portugal pelos Templários, tem em Tomar o seu testemunho mais antigo.
// TORRES NOVAS – CASTELO DE TORRES NOVAS
GPS: 39.479389, -8.540389
Fortaleza de arquitetura militar medieval, foi mandada reconstruir por D. Sancho I com as 11 torres que hoje exibe depois da conquista definitiva do território aos mouros, em 1190. No século XIV, depois das guerras entre Portugal e Castela, o rei (QUAL?) mandou reconstruir as muralhas e a cerca da vila.
// VILA NOVA DA BARQUINHA – CASTELO DE ALMOUROL
GPS: 39°27’43.5″N 8°23’02.1″W
A singular localização do Castelo, cercado pelas águas do rio Tejo, numa ilha rochosa, torna-o um dos mais belos monumentos do país. Fortaleza construída por Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, em 1171. Integrava a chamada Linha Defensiva do Tejo, constituindo um dos exemplos mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo.
BEIRA BAIXA
// CASTELO BRANCO – CASTELO DE CASTELO BRANCO
GPS: 39.825315, -7.496508
Apesar de existirem vestígios da presença humana no castelo de Castelo Branco que remontam à pré e à proto-história, o castelo só foi erigido na Idade Média. Capital eleita pelos Templários, há 800 anos, centrada principalmente em património natural e histórico-cultural. Resta já muito pouco do antigo castelo erguido pelos Templários, provavelmente entre 1214 e 1230, situado numa posição estratégica onde se avista todo o curso superior do Tejo até à zona raiana, foi delimitado por uma linha de muralhas e torres. Alegadamente, foi o Rei D. Dinis quem expandiu os limites do castelo, no entanto há evidências que demonstram que o rei D. Afonso IV (1343) mandou erguer as suas paredes.
Pela leitura do Livro das Fortalezas, redigido por Duarte de Armas, podemos considerar que, no séc. XVI, Castelo Branco era uma cidade fortificada, com ruas estreitas e casas com uma grande porta para o cavalo e uma porta estreita para o senhor e a sua família.
// IDANHA-A-NOVA – CASTELO DE IDANHA-A-NOVA
GPS: 39.919884, -7.236538
Numa das escarpas na margem do rio Ponsul, ergueu-se, em 1187, um castelo por ordem do Mestre Gualdim Pais. Os vestígios da antiga cintura de muralhas medievais subsistiram até aos dias de hoje e do seu cume é possível desfrutar de uma vista panorâmica verdadeiramente espetacular.
// IDANHA A NOVA – CASTELO DE IDANHA-A-VELHA
O Castelo de Idanha-a-Velha corresponde na realidade a uma torre e cerca amuralhada. A cerca urbana remonta à época da invasão romana da Península Ibérica, tendo sido alterada na Idade Média, após a sua doação à Ordem dos Templários, que construiu também a Torre de Menagem o único vestígio visível do que dele resta. Exemplar de arquitetura militar, românico e gótico, de enquadramento urbano, correspondendo a uma povoação fortificada, com muralhas de traçado ovalado. Atualmente, da cerca urbana já não subsistem alguns troços e outros foram integrados nas construções da vila.
// MONSANTO – CASTELO DE MONSANTO
GPS: 40.036010, -7.113650
D. Afonso Henriques conquista Monsanto aos Mouros e em 1165 faz a sua doação à Ordem dos Templários, que sob as ordens de D. Gualdim Pais, mandou edificar o Castelo. O primeiro Foral foi concedido por este rei em 1174, sucessivamente confirmado por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217). A D. Sancho I se deve também a repovoação e reedificação da fortaleza, desmantelada nas lutas contra Leão, novamente reparadas um século depois, pelos Templários.
Em 1758, Monsanto era sede de concelho, privilégio que manteve até 1853. No século XIX, o imponente Castelo medieval de Monsanto foi parcialmente destruído pela explosão acidental do paiol de munições.
Convida-se para uma visita ao que resta do poderoso Castelo na escarpada encosta onde se pode observar as planícies que se estendem até às Serras da Gardunha e S. Mamede.
// PENHA GARCIA – CASTELO PENHA GARCIA
GPS: 40.043121, -7.015882
Localiza-se na encosta Sul da serra com o mesmo nome. Este castelo encontra-se sobranceiro ao vale do rio Ponsul, onde existe também uma barragem, oásis de frescura nas tardes quentes de verão.
Conquistada pelo rei de Portugal em 1220, a localidade de Penha Garcia foi sede de concelho até ao século XIX. O que hoje temos à vista nas ruínas do seu castelo é digno de visita e ainda evidencia a importância da terra ao longo dos séculos.
// PENAMACOR – CASTELO DE PENAMACOR
GPS: 40.167126, -7.166195
Situa-se a 573m de altitude, num cabeço fortificado entre as ribeiras de Ceife e de Taliscas. A construção do castelo e o povoamento de Penamacor resultam, provavelmente, de 1189, data da doação a D. Gualdim Pais (Mestre da Ordem do Templo). Este foi classificado como Monumento Nacional em 1973.
// VILA VELHA DE RÓDÃO – CASTELO DE RÓDÃO
O Castelo de Ródão e a Capela de Nossa Senhora do Castelo, também apelidado de Castelo do Rei Wamba, ergue-se numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, sobre as Portas de Ródão, num local com uma beleza natural surpreendente. Acredita-se que a sua origem remonte ao tempo da ocupação Moura, ao contrário da tradição local que a associa ao Rei Wamba (672- 680), rei visigodo. A torre-atalaia remanescente (séculos XII-XIII) foi erguida por indicação dos Templários. A poucos metros encontra-se o templo de Nossa Senhora do Castelo.
OESTE
// ÓBIDOS – CASTELO DE ÓBIDOS
GPS: 39.363294, -9.15714
Atribui-se ao Castelo de Óbidos origem romana, provavelmente assente num castro e pela existência de uma torre muito antiga de desenho romano (torre do facho). A recente descoberta da cidade romana de Eburobritium, reforça esta tese. Foi posteriormente fortificação Visigótica e mais tarde do domínio árabe. O castelo foi significativamente ampliado, e reforçado o seu valor no contexto de defesa do reino e da família real. D. Sancho I constrói-lhe a Torre Albarrã. D. Afonso II faz importantes melhorias. D. Diniz constrói mais uma torre e, posteriormente, D. Fernando manda construir a última torre, ficando o castelo com a traça atual. No Séc. XX estava em total ruína (pelo terramoto de 1755) tendo sido recuperado para nele se instalar a primeira “pousada do Estado em edifício histórico”.
// PENICHE – FORTALEZA DE PENICHE
GPS: 39.353880, -9.380297
Edificação chave na defesa Atlântica do reino, a Fortaleza de Peniche destaca-se pela traça típica em forma de estrela, incluindo o Baluarte Redondo, a Torre de Vigia e a Capela de Santa Bárbara. Para além de importante praça defensiva, a fortaleza teve várias utilizações ao longo da história, sendo a mais conhecida prisão política. Alberga, agora, o Museu Nacional da Resistência e Liberdade.
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Artigo em constante atualização (comunicacao@turismodocentro.pt)