“Tu podes, com certeza, conviver com os outros, mas nunca seres os outros. Eles podem ser muito bons, mas tu és sempre melhor porque és diferente e o único com as tuas características“, Agostinho da Silva.

Uma das tendências de viagem que mais se tem verificado nos último anos, são as viagens com propósito, aquelas que proporcionam um sentimento de envolvimento e contributo para o desenvolvimento social, cultural e económico do território. Há, cada vez mais, um afastamento do binómio “lazer” vs “trabalho, no que diz respeito às motivações de uma viagem. As pessoas estão cada vez mais conscientes da sua pegada de carbono, da importância de conceitos como sustentabilidade, não só no seu primordial significado ambiental, mas também social e económico.

O impacto cultural das viagens é um aspecto cada vez mais valorizado, verificando-se uma procura por viagens únicas e diferentes, que proporcionem experiências turísticas imersivas, capazes de transportar os turistas para a sua cultura e tradições.  Verifica-se, cada vez mais, uma procura por destinos que oferecem essa possibilidade, onde quem viaja pode encontrar a oportunidade de se desconectar dos aspetos triviais do quotidiano diário, possibilitando ao viajante uma reconexão com a natureza e consigo mesmo

Mais do que o “luxo”, dito “tradicional”, as pessoas querem conhecer destinos autênticos, conviver e aprender com as pessoas que nele habitam.

Atendendo a este pressuposto, e no contexto da campanha de comunicação “Sabias Que”, a Turismo Centro de Portugal elaborou um “Compêndio de Singularidades do Centro de Portugal”, onde identifica um conjunto de vicissitudes, características e curiosidades, que tornam esta região num destino único e irrepetível. Poderá conhecê-las no artigo abaixo ou, se preferir, fazer o download do compêndio no ficheiro abaixo. Divirta-se!

SABIAS QUE….

A Aldeia de Covas do Monte tem 50 habitantes e mais de 600 cabras.

Na aldeia de Covas do Monte, em São Pedro do Sul, o número de cabras ultrapassa em muito o número de habitantes, num pequeno e esquecido paraíso.

Os trajes académicos de Coimbra inspiraram os uniformes de Hogwarths.

Universidade de Coimbra é uma das mais antigas e prestigiadas da Europa, e também é cogitada como uma das inspirações para Hogwarts. Especula-se que a autora se tenha inspirado nos uniformes da universidade. Há mais de 700 anos que os alunos de Coimbra usam vestes pretas com capas, assim como, os alunos de Hogwarts.
Correm também rumores que a Biblioteca Joanina, pertencente à Universidade, teria igualmente inspirado a biblioteca de Hogwarts. Nenhuma dessas informações foram confirmadas pela autora.

Se ouvires fado enquanto comes leitão assado nunca mais esquecerás o seu sabor.

Este é um rumor que apenas saboreando e ouvindo se poderá constatar. E são muitos os locais onde poderá comprovar esta “singularidade”, do sabor e do saber, no Centro de Portugal.

A coroa no topo da Basílica de Nossa Senhora do Rosário pesa 7 toneladas.

A Basílica de Nossa Senhora do rosário de Fátima, onde se encontram os túmulos dos videntes, parece abraçar este Santuário mariano.
A obra do arquiteto Gerardus Samuel van Krieken tem, no topo da torre sineira, uma coroa de bronze construída e fundida no Bolhão, no Porto, que pesa 7 toneladas. A este peso somam-se ainda 62 sinos, com o maior destes a pesar mais 3 toneladas.

No Centro de Portugal existem 8 Estações Náuticas certificadas.

A Região Centro de Portugal possui 8 Estações Náuticas certificadas, e envolvem 337 parceirosdesde empresas de animação turística, operadores marítimo-turísticos, agências de viagem, alojamento local, empreendimentos turísticos, restaurantes, entre outros. 
São elas: Aveiro, Vagos, Ílhavo, Ovar, Estarreja, Murtosa, Castelo do Bode e Oeste.

O Centro de Portugal tem ilhas.

E uma delas chama-se Berlengas. A Reserva Natural das Berlengas, ao largo de Peniche, é um dos melhores sítios para mergulho e birdwatching, em Portugal. Aqui encontra a natureza no seu estado mais puro, paisagens que o deixam sem palavras e uma cor de água do mar que é simplesmente irresistível. A confluência dos climas mediterrânico e atlântico criou um ecossistema único no Mundo com fauna e flora características, a que se junta uma geomorfologia distinta da do continente europeu, nas Ilhas das Berlengas.

A Biblioteca Joanina tem morcegos guardiões que protegem os seus livros.

Centenas de morcegos vigiam diariamente duas das mais antigas bibliotecas de Portugal: a Biblioteca Joanina na Universidade de Coimbra e a Biblioteca do Palácio de Mafra. É a sua habilidade para capturar insetos que assegura a preservação dos livros. Em Coimbra, quando a biblioteca fecha, as mesas são cobertas com toalhas de couro para as proteger dos excrementos dos morcegos.

Aveiro inspirou a canção “Menina da Ria” de Caetano Veloso.

“Menina da ria” resultou de uma promessa feita ao público que esteve num concerto de Caetano Veloso em Aveiro, em 2008 e é um dos temas do álbum  “Zii e Zie” editado em Portugal e lançado em 2009. Caetano Veloso esteve em 2008 em Aveiro e apaixonou-se pela cidade. A promessa feita ao público que assistiu ao seu concerto foi cumprida. “Menina da Ria” surgiu 30 anos depois do músico ter gravado “Menino do Rio”, e fala sobre a ria, a arte nova e os ovos moles.

“Uma moça de lá do outro lado da poça/Numa aparição transatlântica/Me encheu de elegante alegria/(Ai Portugal, ovos moles, Aveiro)/E uma preta (parece que eu estou na Bahia)/Tão linda quanto ela e dizia/No seu português lusitano:/’Pode o Caetano tirar uma foto?‘”, canta o músico.

O Mosteiro da Batalha levou quase 200 anos a ser construído.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia.

Resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, batalha travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.

As obras prolongaram-se por mais de 150 anos, através de várias fases de construção. Esta duração justifica a existência, nas suas propostas artísticas, de soluções góticas (predominantes) manuelinas e um breve apontamento renascentista. Vários acrescentos foram introduzidos no projeto inicial, resultando um vasto conjunto monástico que atualmente apresenta uma igreja, dois claustros com dependências anexas e dois panteões reais, a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas.

A N2 é a mais longa estrada da Europa.

A Estrada Nacional 2 (N2) é a mais extensa estrada portuguesa, somando 739,26 quilómetros, e a única na Europa que atravessa um país em toda a sua longitude (há apenas mais duas no mundo: Route 66, nos EUA, e Ruta 40, na Argentina). Estende-se de Norte a Sul, ligando a cidade de Chaves, em Trás-os-Montes, à cidade de Faro, no Algarve.

A Silene Foetida é uma das 3 espécies de plantas que só encontras na Serra da Estrela.

A Silene foetida subsp. foetida é uma planta herbácea endémica da Serra da Estrela, que habita em depósitos rochosos nas partes mais altas da serra. É avaliada como Em perigo, uma vez que tem uma área de ocupação e extensão de ocorrência muito reduzidas, identificam-se apenas duas localizações e apresenta declínio continuado da área e qualidade do habitat, resultante sobretudo do impacto do turismo na sua área mais elevada da Serra da Estrela.

Festejam-se pelo Centro de Portugal mais de 1842 bailes e romarias de Verão.

… a nossa contagem ficou-se pelos 1842 bailes e romarias. Mas poderão ser, com toda a certeza, bem mais. Afinal, trata-se de um território de 100 municípios, centenas de vilas e aldeias. E a energia e alegria dos seus habitantes, é contagiante. Ao longo de todo o ano, são muitos os motivos (caso os houvesse!) para um bom bailarico ou uma romaria. Mas é no Verão que as pode encontrar, quase por todo o vasto e diverso território do Centro de Portugal. Saiba mais sobre os festivais, festas e romarias do Centro de Portugal.

Na Figueira da Foz podes surfar uma onda de mais de 1,5 quilómetros.

A Figueira da Foz apresenta-se como um destino solarengo, acolhedor e muito acessível. Sabia que a Figueira da Foz é famosa pelas suas ondas direitas com uma milha de comprimento?

Em Buarcos, umas das vilas costeiras mais antigas de Portugal, corre a onda direita mais comprida da Europa. É assim desde sempre. O surf surgiu no final dos anos 60, iniciado pelas migrações dos surfistas que ano após ano repetiam o roteiro do verão interminável no velho continente.

Depois da introdução do surf na Figueira da Foz, as míticas ondas de Buarcos têm sido surfadas por gerações até aos dias de hoje.

E SABIAS QUE….

Em Leiria a Rua Direita é torta, os sinos estão fora da Sé, o rio corre ao contrário.

Não são mitos! Em Leiria a Rua Direita é torta, os sinos da catedral não estão na Sé, mas no castelo, e o Lis corre para Norte, em vez de se dirigir para o mar a Oeste.
Chamam-lhe Rua Direita, pois liga o Largo Cândido dos Reis, o antigo terreiro, à principal igreja da cidade, a Sé. No entanto, tal como se pode perceber pela conhecida lengalenga de Leiria, esta rua, cujo nome original é Rua Barão de Viamonte, é um pouco sinuosa, o que a torna muito especial. Ao percorrer as inúmeras ruelas, escadas e recantos, que descem do Castelo e aqui desaguam, somos contemplados com verdadeiros tesouros pitorescos.

A maior concentração de buracas de Portugal fica em Condeixa-a-Nova.

Provavelmente nunca ouviu falar do spot super instagramável que é o Vale das Buracas de Casmilo, no concelho de Condeixa-a-Nova, em plena serra de Sicó. Pois bem, fique a saber que é ali que fica a maior concentração de buracas de Portugal. Estas buracas são pequenas grutas que se desenvolveram horizontalmente e cujas entradas podem atingir os dez metros. Tanto quanto se sabe, estas formações calcárias desenvolveram-se em épocas em que o clima era mais frio do que é atualmente. Era nestas zonas que se abrigavam os rebanhos de cabras e ovelhas.
Este vale está envolto em grande misticismo e sobre ele contam-se histórias fantásticas. “Reza a lenda que se enterrou ouro mouro nesse local e ainda se encontra lá”. As Buracas do Casmilo será um dos tesouros mais bem escondidos de Portugal.

A maior onda do mundo foi surfada na Nazaré.

Uma gigantesca fenda no fundo do oceano faz com que, no outono, a Praia da Nazaré se torne palco de um dos mais impressionantes espetáculos da natureza. Ondas gigantes chocam contra a costa atraindo surfistas para verdadeiros desafios. O surfista Garret Macnamara em 2011, surfou uma onda de 23,77 metros – o equivalente a um prédio de oito andares. O fato foi tão impressionante que acabou por ser registado no livro dos recordes do Guiness.

Fica em Trancoso a maior necrópole de sepulturas antropomórficas da Península Ibérica.

Na Aldeia de Moreira de Rei, em Trancoso, existe a maior necrópole de sepulturas antropomórficas da Península Ibérica, com cerca de 550 sepulturas antropomórficas, sendo a maior necrópole do género na Península Ibérica.

A Sé da Guarda tem uma gárgula malcriada.

Trata-se da “Gárgula de rabo-ao-léu” que, para além de ser inusitada, é malcriada. Ostenta um par de nádegas voltado para Espanha, numa atitude provocatória para com o reino vizinho. Há até quem lhe aponte uma interpretação bélica, pois a gárgula está alinhada com gárgulas-canhão. 

Encontra-se em Abrantes a oliveira mais antiga de Portugal, com 3350 anos.

No lugar de Cascalhos, freguesia de Mouriscas, localiza-se a Oliveira do Mouchão, a mais antiga de Portugal. Esta oliveira (Olea europaea L.) foi classificada como arvoredo de interesse público em 2007, num processo despoletado pela Câmara Municipal de Abrantes. A oliveira foi, entretanto, objeto de estudo recente levado a cabo pela UTAD — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que, por força da metodologia descrita na Patente Portuguesa NP 104183, veio atestar que a dita oliveira tem, na realidade, 3350 anos.
A Oliveira do Mouchão, para além de ser um maravilhoso exemplar, com tronco oco, um perímetro base de 11,2 metros e forma sui generis, está bem presente nas memórias das populações locais. Diz-se que os pescadores se juntavam ali, na oliveira velha, e era de lá que seguiam para os pesqueiros ou pesqueiras, estruturas à beira Tejo onde se pescava. O primeiro a chegar ao rio procurava ficar com a pesqueira do Mouchão, que era a melhor de todas. Por isso ficou a designação de Oliveira do Mouchão. Mais de 3 milénios fizeram desta oliveira testemunha silenciosa de Fenícios aventureiros, de Celtiberos e de Romanos que se deliciaram com o seu azeite. À sua sombra, Cristãos e Muçulmanos selaram acordos. O vento que lhe assobiou nos ramos escutou a bravura de mourisquenses que combateram franceses invasores.

Em Trancoso ainda se comemoram as bodas reais de D. Dinis e D. Isabel de Aragão.

Trata-se do casamento de D. Dinis e D. Isabel, e é considerada uma das melhores recriações históricas/medievais do país. O evento conta com cortejos, músicos ambulantes, torneios de armas, teatro de fogo, concertos, saltimbancos, mercado e comeres/beberes da época, entre outras atividades. Conta, igualmente, com a imprescindível presença da real majestade, D. Dinis e da sua noiva, Isabel de Aragão.

O “Almanach Perpetuum” de Abraão Zacuto, foi reproduzido numa tipografia de Leiria.

O “Almanach Perpetuum”, de Abraão Zacuto, astrónomo judeu expulso de Espanha pelos Reis Católicos, foi traduzido em latim pelo português José Vizinho, e reproduzido a 25 de fevereiro de 1496, na tipografia de Abraão d’Ortas, outro judeu, residente em Leiria. A impressão, em 1496, do livro que ajudou os marinheiros portugueses a navegar em alto mar, durante a época dos Descobrimentos, inspira a recriação Leiria Medieval, que entre 20 e 23 de julho mobiliza mais de um milhar de participantes.

A Mata da Curvachia guarda o carvalho mais antigo de Portugal.

Em Leiria, é possível descobrir uma mata de carvalhos e de vegetação mediterrânea, com grande valor botânico, onde se encontra um carvalho secular, árvore imponente que deveria fazer parte do nosso património botânico a preservar. Na mata encontraram-se vestígios pré-históricos, associados às comunidades que viveram há milénios no Vale do Lapedo, especialmente peças de sílex, utilizadas pelos homens de então.

Em Leiria foi descoberta a primeira sepultura do Paleolítico Superior da Península Ibérica.

O Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho, no Vale do Lapedo (Freguesia da Caranguejeira, em Leiria), permite obter uma contextualização da história da evolução humana. Aqui foi descoberta a primeira sepultura do Paleolítico Superior da Península Ibérica, em Dezembro de 1998. Conhecido por “Menino do Lapedo”, a maior parte do esqueleto foi encontrada na posição original, tal como foi sepultado.

A bala que atingiu o Papa João Paulo II está incrustada na coroa de Nossa Senhora de Fátima.

A bala que atingiu o Papa João Paulo II, no atentado do dia 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, em Roma, foi incrustada na coroa da imagem de Nossa Senhora de Fátima, presente no Santuário.

Na Serra da Lousã encontram-se os antigos poços de neve que abasteciam a Corte de gelo.

Na Serra da Lousã encontram-se os antigos poços de neve que a partir do séc. XVIII abasteciam a corte de gelo para que o rei e a corte pudessem comer gelados e bebidas frescas no verão. Estes poços localizam-se em Santo António da Neve, concelho de Castanheira de Pera, e num dos pontos mais altos da Serra da Lousã. A população ia apanhar a neve no alto da serra onde existiam os poços construídos em pedra. A neve era colocada dentro dos poços onde estava alguém a calcar a neve, transformando-a em gelo. Quando chegava a primavera, início de verão, o gelo era cortado em grandes cubos. Depois eram embrulhados em palha e serapilheira e transportados em carros de bois até Constância ou Barquinha. Seguiam depois de barco até ao Terreiro do Paço.

Um dos maiores vales glaciares da Europa fica na Serra da Estrela.

O Vale Glaciar do Zêzere tem 13kms de extensão, sendo um dos maiores da Europa. Na sua forma de «U», ostenta inigualáveis belezas geológicas, como as austeras rochas graníticas dos Cântaros, Magro, Gordo e Raso (a 1.928 metros de altitude) e reservas biogenéticas de elevado valor natural e paisagístico. No sopé do Magro (a 1420 metros de altitude), uma jóia do Vale, o Covão D’Ametade, antiga lagoa glaciar de beleza incomparável.

As rochas onde se forma a Água Mineral Natural de Luso têm mais de 400 milhões de anos.

A Água Mineral Natural de Luso é um recurso de exceção que tem a sua origem na água da chuva infiltrada na Serra do Bussaco, em rochas formadas, quase exclusivamente, por quartzo, designadas quartzitos. A topografia cimeira dos quartzitos permite-lhes beneficiar de elevada pluviosidade orográfica. Nestas rochas, muito compactas aquando da sua formação – há mais de 400 milhões de anos – desenvolveu-se uma densa rede de fraturas, intercomunicadas, que permitem o armazenamento e circulação da água.

A Serra da Estrela possui as 25 lagoas em maior altitude em Portugal.

Junto ao ponto mais alto de Portugal Continental, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, a natureza oferece um conjunto de lagoas único no país. São os espelhos de água a maior altitude existentes no todo nacional. Geralmente de origem glaciária, as 25 lagoas permitem criar trilhos pedestres originais, próprios para as épocas quentes de Verão.

Existem cerca de 240 festivais e eventos gastronómicos no Centro de Portugal.

No último levantamento feito pela Turismo Centro de Portugal, foram identificados cerca de 240 festivais e eventos gastronómicos a decorrer ao longo do ano, na região.

A Figueira da Foz tem a maior praia urbana da Europa.

Ostentando o título de rainha das praias, possui o maior areal urbano da Europa. Também o rio e o mar tornam a Figueira da Foz num destino privilegiado para a realização de atividades de competição desportiva e de lazer, de âmbito nacional e internacional, projetando mundialmente o território. 

No Centro de Portugal há uma aldeia onde habitam dragões.

A aldeia histórica de Monsanto, em Idanha-a-Nova, foi escolhida para a gravação da megaprodução sobre a história da Casa Targaryen, na série “House of the Dragon”, da HBO. Tudo aconteceu entre outubro e novembro de 2021, quando a aldeia de Monsanto no interior do território continental foi a escolhida para receber as gravações desta série, a primeira prequela do universo criado por George R.R. Martin. Esta foi uma escolha que reuniu no facto da aldeia reunir características idênticas a outros cenários da “Guerra dos Tronos“, dado os seus imponentes castelos, grutas misteriosas e rochas gigantes.

A Serra da Estrela tem 5 vales glaciares.

A Rota dos Vales Glaciares da Serra da Estrela permite explorar este cenário digno de uma grande produção cinematográfica, passando nos mesmos trilhos que, há milhares de anos, o gelo percorreu ao derreter. Neste seu caminho, o gelo desenhou cinco vales, todos de uma beleza extraordinária. O Vale Glaciário do Zêzere, em Manteigas, tem uma extensão de cerca de 13 quilómetros, através de encostas íngremes, pontuadas por enormes rochas de granito e tendo como pano de fundo o vale o rio Zêzere. Passeie a pé entre pastos, fragas e habitações tipicamente serranas, explorando locais magníficos como a Nave de Santo António, o Vale da Candeeira, o Cântaro Magro ou o Covão de Ametade, que é um vestígio de uma antiga lagoa glaciar.

Há um pedaço do Muro de Berlim no Santuário de Fátima.

Após a queda do Muro de Berlim, iniciada a 9 de novembro de 1989, o Santuário de Fátima recebeu um fragmento desta “cortina de ferro”.
Na entrada nascente do recinto do Santuário, é possível ver um grande bloco do Muro, agora transformado em monumento, com um peso de 2.600kg e 3,60 metros de altura, por 1,20m de largura. Adquirido por subscrição por um grupo de portugueses, dirigidos por Virgílio Casimiro, emigrante português a residir na Alemanha, o bloco chegou ao Santuário a 5 de março de 1991, pelas 18h00, com o apoio do Consulado-Geral de Portugal em Frankfurt.
O Monumento do Muro de Berlim, símbolo da reunificação da Alemanha, foi inaugurado a 13 de agosto de 1994. Na lápide junto a este, foram inscritas as palavras proferidas por João Paulo II, na sua segunda visita a Fátima em maio de 1991 – “Obrigado, celeste pastora por terdes guiado com carinho os povos para a liberdade!”

Na Serra da Estrela nascem os maiores rios nascidos em território nacional.

Os dois maiores rios nascidos em território nacional – Mondego e Zêzere – têm origem no Parque Natural da Serra da Estrela, de onde brota também o Alva. Na região destaca-se também o Côa, famoso pelas gravuras rupestres, que atravessa o Planalto Beirão, passando por Almeida, Pinhel e Figueira Castelo Rodrigo.

O Farol da Barra é o mais alto da Península Ibérica.

O projeto do Farol da Barra foi iniciado em 1885 pelo eng. Paulo Benjamim Cabral e concluído pelo eng. Maria de Melo e Mattos em 1893, tendo sofrido grandes restaurações em 1929.  O Farol da Barra, situado na praia com o mesmo nome, é um dos ex-líbris do Município de Ílhavo, sendo visitado anualmente por milhares de turistas que, após uma subida de 288 degraus, se deparam com uma das melhores paisagens costeiras do País. À data da sua construção foi o sexto maior do mundo, em alvenaria de pedra, continuando a ser atualmente o segundo maior da Europa, sendo considerado o 26.º mais alto do mundo. Exibe uma imponente torre cilíndrica com 62 metros de altura, onde se situa a principal componente do farol. A sua potente lâmpada projeta um feixe luminoso visível a 23 milhas náuticas de distância (cerca de 40 quilómetros).

Foi no Mosteiro da Batalha que se utilizaram vitrais pela primeira vez em Portugal.

A utilização de vitrais em Portugal ocorreu pela primeira vez no Mosteiro da Batalha, em meados do século XV, com a chegada à obra de Luís Alemão, oriundo da Alemanha. O Mosteiro foi o principal centro vitralista da Europa nos finais do século XV e inícios do século XVI, atendendo à dimensão da obra e à complexidade das imagens reproduzidas. Hoje ainda é possível observar vitrais originais de 1514 na Capela-Mor e na Sala do Capítulo.

Em Leiria há um “Pinhal do Rei”.

O Pinhal de Leiria ou Pinhal do Rei teve um lugar muito importante na História de Portugal, nomeadamente na época dos Descobrimentos Marítimos, pois a madeira dos pinheiros era usada para a construção de embarcações. O Pinhal de Leiria ou Pinhal do Rei foi mandado plantar pelo rei D. Afonso III, no século XIII, com o objetivo de impedir o avanço e degradação das dunas, bem como proteger a cidade de Leiria e o seu Castelo e os terrenos agrícolas da sua degradação devido às areias transportadas pelo vento. Mais tarde, o Pinhal de Leiria, entre 1279 e 1325, é aumentado consideravelmente pelo rei D. Dinis I, o “Rei Lavrador de Portugal”.

É na Serra da Estrela que se encontra a maior área protegida portuguesa.

O Parque Natural da Serra da Estrela foi o primeiro Parque Natural a ser criado em Portugal, em 1976, e é a maior área protegida portuguesa. Situa-se no maciço montanhoso central, num alto planalto inclinado para Nordeste profundamente recortado pelos vales dos rios e ribeiros que aqui nascem, como o Mondego e o Zêzere. A paisagem é marcada pelas fragas, rochedos e penhascos, alguns dos quais assumem formas que deram origem a denominações populares como a “Cabeça da Velha” e os “Cântaros” (gordo, magro e raso), que poderá admirar seguindo os diversos trilhos pedestres existentes.

O Casino Figueira da Foz é o mais antigo da Península Ibérica.

Bem no coração do Bairro Novo situa-se o Casino Figueira, o mais antigo da Península Ibérica, testemunha dos acontecimentos mais marcantes da sociedade, em particular alguns ocorridos na primeira metade do século XX, que levaram espanhóis a retirarem-se para esta cidade na década de 30 e europeus a refugiarem-se da perseguição nazi na década seguinte.

No Centro de Portugal há uma lagoa com 529 hectares.

A Pateira de Fermentelos, também conhecida pelo bonito nome de a “Lagoa Adormecida”, tem cerca de 529 hectares de superfície e é por isso considerada a maior lagoa natural da Península Ibérica. Fica no concelho de Águeda e é alimentada pelo pequeno caudal do rio Cértima. Em tempos idos, foi reserva natural privativa do Rei D. Manuel I, e tinha a designação “Pateira” devido à grande quantidade de patos nela existente.

Pode recriar em Leiria a rota d´”O Crime do Padre Amaro”.

Eça de Queirós chegou a Leiria nos finais de julho de 1870, após ter sido nomeado Administrador do Concelho, com apenas 25 anos de idade. À sua chegada, Eça é recebido protocolarmente pelas entidades, mas também pelos curiosos da terra, que queriam conhecer o novo Administrador. É Júlio Teles, seu copista, quem o aconselha a ficar na pensão situada na Rua da Tipografia, n.º 13, onde estavam igualmente hospedados um padre, um médico, um deão da Sé, um funcionário público e o proprietário da farmácia, que se entretinham ao serão a jogar à bisca e a ouvir as guitarradas de Júlio Teles. Nessa altura, Leiria era uma cidade pequena, com três mil habitantes, mexeriqueira, provinciana e pitoresca. No entanto, serviu de inspiração e do observatório social de que Eça necessitava para sua composição literária, que resultou na obra “O Crime do Padre Amaro”, cujo enredo tem como palco principal a cidade de Leiria, fazendo referência a vários locais. À boleia do Roteiro Cultural “O Crime do Padre Amaro”, em Leiria, poderá, igualmente, encontrar um roteiro gastronómico inspirado no receituário queirosiano. Imperdível!

O Primeiro Rei de Portugal está sepultado em Coimbra.

O Primeiro Rei de Portugal está sepultado em Coimbra, na Igreja de Santa Cruz. Da época românica pouco resta, uma vez que, no século XVI, foram executadas grandes reformas e obras de restauro e alargamento da casa monástica, promovidas pelos reis D. Manuel I e D. João III. O grande destaque destas reformas cai inteiramente nos túmulos reais de D. Afonso Henriques e do seu filho e sucessor, D. Sancho I. Até à data os fundadores do reino encontravam-se em campa rasa no nártex da igreja românica. Após o alargamento da igreja, com a construção de uma nova capela-mor, foi dada a dignidade merecida através da encomenda dos túmulos reais, a Nicolau de Chanterenne. As arcas tumulares, colocadas frente a frente, são enquadradas por retábulos pétreos, marcadamente do gótico final, mas onde a decoração manuelina impera e a renascentista começa a querer evidenciar-se.

Cortes do Meio é a capital das piscinas naturais em Portugal.

Cortes do Meio refugia-se nas margens da sua ribeira semiglaciar, na vertente sul da Serra da Estrela, ribeira essa que pinta de azul os majestosos fragões que, atentamente, observamos a partir de qualquer ponto da aldeia. A 15 km da Covilhã, a freguesia de Cortes do Meio estende-se desde o planalto das Penhas da Saúde até à verde planície do Ourondinho, a que correspondem 5 mil hectares de repousante beleza e colossal grandiosidade. Registou em 2019 a marca de Capital das Piscinas Naturais. São mais de uma dezena de poços naturais de grande beleza à disposição de qualquer apreciador da natureza.

A Praia de Mira é a única praia do mundo com bandeira azul desde sempre.

Entre as cidades de Aveiro e Figueira da Foz, no litoral centro de Portugal e no concelho de Mira, encontramos a Praia de Mira, a única zona balnear do mundo com a Bandeira Azul desde a sua implementação na Europa, em 1987. Certificada pelos galardões da Bandeira Azul, Praia Acessível, Praia Qualidade de Ouro e outros, a Praia de Mira é uma zona balnear de excelência, que apresenta uma diversidade de serviços de apoio ao banhista, garantindo a vigilância e salvamento e adequada gestão ambiental da praia e dos equipamentos disponíveis. Com 1.000 metros de extensão, a praia de banhos é composta por uma areia branca e fina, onde não faltará espaço para uns bons banhos de sol e uns refrescantes banhos de mar. Ao longo da marginal da praia podemos encontrar diversos apoios de praia/bares/restaurantes, onde pode tomar algo ou saborear uma refeição a contemplar o mar, seguida de uma caminhada nos passadiços dunares existentes.

O Aqueduto dos Pegões tem 180 arcos.

Com cerca de seis quilómetros de extensão e 180 arcos o Aqueduto de Pegões é uma das principais obras públicas do séc. XVII em Portugal. Esta obra monumental foi desenhada pelo conceituado arquitecto Filipe Terzi para fornecer água ao Convento de Cristo fazendo a ligação entre este e o lugar de Pegões, nas redondezas da cidade de Tomar, onde se situavam as quatro nascentes. Este aqueduto, um dos maiores e mais imponentes em Portugal. é composto por arcaria simples e por duas fiadas de arcos sobrepostas nas zonas de maior declive, chegando a atingir uma altura de 30 metros.

Os “ares” das Penhas da Saúde curam doenças respiratórias.

O nome Penhas da Saúde advém dos efeitos terapêuticos que os ares que por lá se respiram têm na cura de doenças respiratórias. Chegar às Penhas da Saúde é entrar no coração da Serra da Estrela. A 1500 metros de altitude, aqui respira-se tranquilidade. A neve é presença assídua, estendida sobre os telhados triangulares, espraiada sobre a vasta montanha. O cenário convida a desacelerar e a reequilibrar energias. Talvez por isso funcionou aqui em tempos uma estância termal, vocacionada sobretudo para o tratamento de doenças respiratórias.

Há um jardim em Castelo Branco que representa o mundo material e espiritual.

Trata-se do Jardim do Paço Episcopal, que encontra no século XVIII as suas origens. Nele, são recriados, em centenas de estátuas, o mundo material e espiritual, as estações do ano, os signos do zodíaco, o Inferno e o Paraíso, assim como, as dinastias portuguesas, com todo os reis de Portugal ordenados cronologicamente (um aspeto curioso a salientar é a menor dimensão das estátuas dos reis que governaram Portugal sob domínio espanhol entre 1580 e 1640, relativamente às dos restantes monarcas). Encomendado pelo Bispo da Guarda, neste jardim vai poder ver claramente o seu formato retangular marcado fortemente pela traça italiana. Dominado por balcões e varandas, este jardim oferece a oportunidade de podermos circular por quatro grandes espaços: a Entrada, o Patamar do Buxo, o Jardim Alagado e o Plano Superior.

Em Castro Daire pode comer “Bolo Podre”.

…Mas não se deixe enganar pelo nome, porque este bolo é um verdadeiro deleite para os sentidos! É em Castro Daire que poderá encontrar o tradicional bolo podre. Tradicionalmente feito pela Páscoa, hoje pode ser encontrado em qualquer altura do ano. No “Livro de Cozinha” da Infanta D. Maria de Portugal (manuscrito de finais do séc. XV), é referido uma receita de biscoitos que muito se assemelha à receita do bolo podre. Por imposição dos tempos não levava ovos, apenas vinho branco e água-de-flor-de-laranja.

Em Fátima encontra o maior e mais antigo trilho de pegadas de dinossauros do mundo.

Este trilho pode ser visitado no Monumento Natural das Pegadas, no extremo oriental da Serra de Aire, povoação de Bairro, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Contém um importante registo fóssil do período Jurássico, as pegadas de alguns dos maiores seres que alguma vez povoaram o planeta Terra: os dinossáurios saurópodes. Na laje calcária onde as pegadas de dinossáurios se conservaram ao longo de 175 milhões de anos, podem ser observados cerca de 20 trilhos ou pistas, uma delas com 147m e outra com 142m de comprimento.

Na Lourinhã pode ser paleontólogo por um (ou mais) dias.

Sabia que existe um ninho com mais de 100 ovos de dinossauro descoberto na Lourinhã? E que o Tyrannossaurus rex chegava a medir 15 metros de comprimento? Pode saber isto e muito mais visitando o Dino Parque, um parque temático dedicado à história dos dinossauros e é o maior museu ao ar livre em Portugal. Esta exposição de dinossauros, no concelho da Lourinhã, permite a observação de 200 modelos de dinossauros e outros animais à escala real e cientificamente comprovados, divididos pelos mais importantes períodos da história da terra e da evolução da vida, representados no Dino Parque em 6 percursos diferentes.

O Centro de Portugal tem a “Melhor Aldeia Turística” do mundo.

A Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo foi reconhecida, em 2021, como uma das “Melhores Aldeias Turísticas”, entre 170 candidatas de 75 países, na primeira edição da “Best Tourism Villages by UNWTO”, uma iniciativa promovida pela Organização Mundial de Turismo. A edição de estreia da iniciativa “Melhores Aldeias Turísticas / Best Tourism Villages by UNWTO”, promovida pela Organização Mundial de Turismo, distinguiu aldeias, por todo o mundo, genuinamente comprometidas com a promoção e a preservação do seu legado cultural e histórico, e promotoras de turismo sustentável. Através do exemplo das “Melhores Aldeias Turísticas”, a Organização Mundial do Turismo procura demonstrar que o turismo pode ser uma força positiva para o desenvolvimento rural e o bem-estar das comunidades.

Em Conimbriga estão as maiores ruínas romanas de Portugal.

Na cidade antiga de Conimbriga, situada em Condeixa-a-Nova (Região de Coimbra), estão as maiores e principais ruínas romanas de Portugal. São Monumento Nacional há mais de 100 anos, os arqueólogos consideram-na um “lugar mítico” na arqueologia portuguesa, os visitantes são aos milhares. O espaço arqueológico/ museológico recebe, em média, cerca de 100 mil visitantes por ano. Muitos deles, quando exploram o recinto e manifestam assombro com as dimensões das ruínas, provavelmente não fazem ideia que apenas 14% da cidade antiga está escavada. 86% das ruínas permanecem debaixo de terra; casas, ruas, edifícios, artefactos, armas, arte, relíquias ou tesouros, são imensos os mistérios que ali continuam soterrados ao longo dos séculos.

O Centro de Portugal foi palco d´”A Viagem do Elefante”, de José Saramago.

Quando em 2009, José Saramago viajou de Lisboa a Figueira de Castelo Rodrigo, percorrendo as paisagens e os locais idealizados no romance “A Viagem do Elefante”, um dos objetivos que deixou expresso foi o de fazer daquela viagem o início de um roteiro que levasse mais visitantes ao interior do país, aquele que “não é possível descrever por palavras. Possível é, mas não vale a pena”. “A Viagem do Elefante” (2008) de José Saramago conta a história do Elefante Salomão e do périplo que realizou desde Belém (Lisboa) até Castelo Rodrigo, a partir de onde prosseguira com destino a Viena de Áustria. Daqui é incontornável a sua passagem pela região da Beira Interior de Portugal, território de inúmeros encantos e experiências inigualáveis. As pegadas da viagem do Salomão foram marcadas pelo génio e obra de Saramago.

No Centro de Portugal encontra-se um dos melhores destinos medievais da Europa.

Trata-se da Vila de Óbidos, situada na região Oeste. Óbidos é uma encantadora vila histórica, de origem romana, circundada por fortes muralhas, tendo sido eleita, em 2017, pela European Best Destinations como um dos melhores destinos medievais da Europa.

Existem 20 estâncias termais no Centro de Portugal.

O Centro de Portugal é uma das regiões nacionais com mais estâncias termais, tendo, neste momento, em funcionamento cerca de 20. São elas: Termas de Alcafache; Termas de Almeida – Fonte Santa; Termas de Águas; Termas Do Bicanho; Caldas da Fegueira; Caldas da Rainha; Termas do Carvalhal; Termas do Cró; Termas da Curia; Termas da Ladeira de Envendos; Termas de Longroiva; Termas do Luso; Termas de Manteigas; Termas de Monfortinho; Termas da Piedade; Termas de Sangemil; Termas de São Pedro do Sul; Termas de Unhais Da Serra; Termas De Vale Da Mó; e Termas do Vimeiro.

Os paramentos brancos usados pelo Papa Francisco nas Jornadas Mundiais da Juventude´23 são feitos de lã da Serra da Estrela.

A Burel Factory, sedeada em Manteigas, vai vestir o Papa Francisco com burel português pela primeira vez, assim como os bispos e sacerdotes que irão participar nas cerimónias religiosas programadas para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa. Será um total de 10 mil paramentos, sendo esta a primeira vez que este material é usado numa veste papal. A lã da Serra da Estrela, a ser o símbolo da tradição portuguesa.

No Centro de Portugal houve uma rainha coroada depois de morta.

A romance de Pedro e Inês é uma das mais famosas histórias de Portugal. Inês de Castro foi assassinada a mando do rei, que não aceitava o relacionamento desta com Pedro. Quando foi coroado rei, D. Pedro I mandou exumar o corpo de Inês de Casto, coroando-a como rainha de Portugal, mesmo depois de morta. A paixão trágica de D. Pedro e D. Inês de Castro está imortalizada no Mosteiro de Alcobaça, onde os túmulos dos dois amantes recordam, desde o século XIV, que o amor pode ser eterno. Foram colocados frente a frente, para que os dois apaixonados se reencontrem no Dia da Ressurreição.

É em Torres Vedras que se festeja um dos Carnavais “mais típicos de Portugal”

Registado no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial Nacional, o Carnaval de Torres Vedras é uma festividade de cariz urbano, baseada num conjunto de manifestações sociais, performativas e rituais, que os torrienses reconhecem como fazendo parte integrante do seu património cultural. O Carnaval é uma manifestação social, performativa e ritual protagonizada por toda a comunidade, transmitida e recriada de geração em geração, independentemente da proveniência geográfica (meio urbano ou rural), do género ou da idade.

O Carnaval de Torres Vedras revela características tipicamente urbanas – provenientes de uma elite local republicana e de um grupo social comercial e industrial emergente, que no início do século XX introduziu o corso, os carros alegóricos, as batalhas de flores e os Reis do Carnaval (influenciado pelas tradições carnavalescas francesas e italianas). Simultaneamente, apresenta alguns vestígios do entrudo rural, designadamente a queima do entrudo na quarta-feira de cinzas. O Carnaval de Torres Vedras festeja-se nas ruas da Cidade e estende-se, atualmente, por seis dias. O Carnaval de Torres Vedras celebrou em 2023 o seu centenário.

É de Cabanas de Viriato o português que mais judeus salvou.

Aristides de Sousa Mendes (18 de Julho de 1885 – 3 de Abril de 1954) foi um prestigiado diplomata português que salvou 30.000 vidas do Holocausto, emitindo-lhes, freneticamente, vistos que se destinavam quer a indivíduos, quer a famílias. De 16 a 23 de Junho de 1940, Aristides de Sousa Mendes desobedeceu às ordens impostas pelo ditador Salazar, guiando-se pelos ditames da sua consciência moral interior. Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu no dia 19 de Julho de 1885 em Cabanas de Viriato, município de Carregal do Sal.

A Mata Nacional do Bussaco possui cerca de 250 espécies de árvores e arbustos. 

Sobre ela, escreveu José Saramago, Nobel da Literatura: “O viajante passeia, entregando-se sem condições, e não sabe exprimir mais do que um silencioso pasmo diante da explosão de troncos, folhas várias, hastes, musgos esponjosos, que se agarram às pedras ou sobem pelos troncos acima e quando os segue com os olhos dá com o emaranhado das ramagens altas tão densas que é difícil saber onde acaba esta e começa aquela. A mata do Bussaco requer as palavras todas e estando ditas elas, mostra como ficou tudo por dizer.”  Para além de um património natural inigualável, tem também um vasto património edificado, como a Via Sacra, as Ermidas e o Sacromonte, as Bulas Papais, o Palace Hotel do Bussaco e o Convento de Sta. Cruz.

O descobridor do Brasil nasceu em Belmonte.

Pedro Álvares Cabral, fidalgo da corte, filho de Fernão Cabral e de Isabel de Gouveia, terá nascido entre 1467-1468, em Belmonte. Criado como membro da nobreza portuguesa, Pedro Álvares Cabral foi enviado à corte do rei D. Afonso V em 1479, quando tinha cerca de 12 anos. Por carta régia de 15 de fevereiro de 1500, Pedro Ávares Cabral, foi nomeado eara comandar uma armada, que saiu de Portugal no dia 09 de Março de 1500, tendo chegando ao Continente Americano, mais precisamente ao Brasil, em 22 de Abril de 1500. O desembarque de Pedro Álvares Cabral no Brasil aconteceu no dia 23 de Abril, 45 dias após a partida de Portugal. No dia 1º de maio, Pedro Álvares Cabral oficializa a posse das terras brasileiras pela Coroa Portuguesa com a celebração da segunda missa diante de uma cruz marcada com o brasão real. O Museu dos Descobrimentos/Centro de Interpretação “À Descoberta do Novo Mundo (DNM)”, em Belmonte, tem como finalidade dar a conhecer um dos maiores feitos de sempre da História das Descobertas Portuguesas – o Achamento do Brasil. Este espaço propõe-se dar a conhecer, estudar e divulgar o feito de Pedro Álvares Cabral e a explorar a História da maior nação de expressão portuguesa, que ao longo de cinco séculos construiu-se através de uma extraordinária convivência de culturas.

As Linhas de Torres Vedras travaram as tropas de Napoleão na 3.ª Invasão Francesa.

Trata-se de um sistema milita defensivo, constituído por três linhas defensivas, que se estendia entre o oceano Atlântico e o rio Tejo, por mais de 85 km. Contava com 152 obras militares, armadas com 600 peças de artilharia e defendidas por cerca de 140 000 homens, tornando-se no sistema de defesa mais eficaz, mas também o mais barato da história militar. Foi nelas que decorreram, em outubro 1810, os combates de Sobral, Dois Portos e de Seramena. Estes confrontos decisivos, entre as tropas francesas e o exército anglo-luso, foram também os mais curtos e menos sangrentos desde que o exército napoleónico invadiu Portugal. Depois deles, as tropas de Napoleão perderam o ímpeto atacante, reconhecendo a intransponibilidade das Linhas de Torres Vedras enquanto aguardavam reabastecimentos e reforços que não apareceram, graças à ação de “guerrilha” portuguesa.

O Fado de Coimbra é uma expressão musical única no mundo.

É um Fado cujos poemas evocam, invariavelmente, o amor e a saudade por uma mulher, pela cidade e pela Academia. Desde o séc. XVI que o cantar de estudantes nas ruas de Coimbra é fatuamente conhecido, onde o erudito e o popular se reviam e misturavam com frequência. Contrariamente ao Fado de Lisboa, das tabernas e das casas de fado, o Fado de Coimbra é, na sua essência, um fado de serenata, um fado de rua, com letras e músicas, não só de raiz popular, mas também de origem erudita, tendo sido musicados poemas dos mais ilustres poetas que pela Universidade de Coimbra passaram. A caixa da Guitarra de Coimbra é maior do que a de Lisboa, é afinada num tom abaixo e a sua voluta é em forma de lágrima. Com os tempos, este género musical foi sofrendo algumas alterações, dando origem ao Canto e à Canção de Coimbra que a cidade, a sua Universidade e as suas gentes, vão orgulhosamente recriando, respeitando a sua essência e a sua génese.

Em Cantanhede existe o único museu do mundo dedicado ao ZX Spectrum.

O MUSEU LOAD é dedicado ao ZX Spectrum, que foi para muitos portugueses e estrangeiros (espanhóis, ingleses, etc) o seu primeiro computador pessoal. Mas o Museu inclui igualmente muitos outros equipamentos relacionados com este tema, em estado funcional e devidamente documentados, de modo a poderem ser desfrutados pelos visitantes. Aqui, é possível conhecer a história desta maravilha tecnológica que contribuiu de forma decisiva para introduzir tantos de nós na tecnologia, e incentivar muitos a prosseguir uma carreira profissional na área. Também é possível compreender o decisivo papel deste dispositivo e de tudo o que rodeia, na revolução tecnológica que nos colocou os telemóveis no bolso.

No Centro de Portugal há um “Portugal dos Pequenitos”.

Bissaya Barreto idealizou este parque-jardim, de características únicas, como extensão pedagógica e lúdica da Casa da Criança Rainha Santa Isabel (creche e jardim de infância), que, ainda hoje, aqui se mantém em funcionamento. O parque-jardim foi inaugurado a 8 de junho de 1940. O arquiteto responsável pelo projeto foi Cassiano Branco, um dos maiores nomes da arquitetura moderna portuguesa.

Nos finais da década de 30 e inícios da de 40 do séc. XX, deu-se início à construção da primeira fase do Portugal dos Pequenitos, constituída pelo conjunto de casas regionais portuguesas. A segunda e terceira fases correspondem ao espaço ilustrativo dos principais monumentos do país e à representação etnográfica e monumental dos atuais países africanos de Língua Oficial Portuguesa, do Brasil, de Macau, da Índia e de Timor, respetivamente.

O Portugal dos Pequenitos é um parque-jardim representativo do Património Arquitetónico de Portugal, não só no que respeita aos distintos estilos arquitetónicos, como às diversas tipologias de construção, realizadas de acordo com os diferentes fatores geomorfológicos de cada região e, ainda, a todo um conjunto de ofícios tradicionais.

Viseu tornou-se urbe 20 anos antes da independência do Condado Portucalense.

Em 2023 assinalam-se os 900 anos da atribuição do Foral de Dona Teresa, Rainha de Portugal, a Viseu. Este Foral comprova a importância de Viseu, que se tornou Urbe 20 anos antes da própria independência do Condado Portucalense, afirmada por D. Afonso Henriques, em 1143.

Na Batalha existe uma “Procissão dos Caracóis”.

A festa de Nossa Senhora do Fetal é também conhecida como a “festa dos caracóis” por causa da sua tradicional e bem conhecida procissão noturna iluminada com cascas de caracóis, recolhidos pela população da freguesia, que nelas colocam azeite e uma torcida de algodão.

A festa integra três procissões: na primeira procissão, realizada no último sábado de setembro, à noite, a imagem de Nossa Senhora parte da Ermida do Fetal para a igreja paroquial.A segunda procissão é no sábado seguinte, também à noite, em que se faz o percurso de regresso, devolvendo a imagem ao Santuário. No domingo de manhã, começa uma nova procissão a partir da igreja em direcção à Ermida, onde já se encontra a imagem e onde é celebrada missa solene. A festa prossegue à tarde com a recolha de ofertas acompanhada pela filarmónica.

Durante as procissões noturnas, todos os caminhos entre a igreja paroquial e o Santuário de Nossa Senhora do Fetal ficam iluminados com as cascas dos caracóis, que, por vezes, reproduzem imagens religiosas ou outros desenhos, fazendo com que a localidade do Reguengo do Fetal, nesses dois fins de semana, seja “vista com outros olhos”.

Viseu tem uma feira popular que se realiza desde 1392.

A antiga Feira Franca de Viseu, atualmente conhecida como Feira de S. Mateus, foi criada pela Carta de Feira concedida pelo rei D. João I em 10 de janeiro de 1392. A nova feira franca anual tinha início no dia de Santa Cruz (3 de maio) e durava um mês. Em data desconhecida, mas ainda no reinado de D. João I, a feira passou a realizar-se no dia de S. Jorge (23 de abril) e foi transferida para Vila Nova (na área da Cava de Viriato) onde existia uma capela dedicada ao santo. Tanto a mudança de data e de local, como os privilégios anteriormente concedidos foram confirmados por D. Duarte em 1436, excetuando a isenção de metade da sisa.

Existe uma fortaleza da Ordem dos Templários no rio Tejo.

Trata-se do Castelo de Almourol, que se situa numa pequena ilha ou ilhéu no Rio Tejo, em Vila Nova da Barquinha, tendo sido um bastião da mítica Ordem templária. Em 1129, com a Reconquista Cristã, esta zona foi entregue aos célebres monges, que reedificaram o castelo. Assim sendo, a fortificação adquiriu algumas das características típicas da arquitetura templária, como a planta quadrangular e a torre de menagem. A data da conclusão das obras deu-se em 1171. Os Templários estavam encarregues de defender a capital, na altura, Coimbra, pelo que esta zona era de vital importância. Com a extinção da Ordem, no Séc. XIV, o Castelo de Almourol passou para a Ordem de Cristo. Contudo, mais tarde, caiu no esquecimento, sendo recuperado pelo espírito Romântico do séc. XIX que orientou o seu restauro e lhe deu o aspecto que vemos actualmente.

Nas Serras da Estrela, Gardunha e Montemuro ainda se conduzem rebanhos à procura de melhores pastos.

Desde tempos imemoriais, em maio, os pastores do interior de Portugal sobem a Serra da Estrela à procura de melhores pastos. Entre as Serras da Estrela, Gardunha e Montemuro, os rebanhos são conduzidos não só pelos pastores, mas também pelas canções e manifestações etnográficas. Uma viagem que permite a preservação e a celebração cultural dos costumes e das tradições ancestrais destas regiões, afirmando estes territórios enquanto destinos turísticos de excelência. Assim nasceu, no Centro de Portugal, a Rede Cultural “Terras da Transumância”, que reúne os municípios de Castro DaireGouveiaSeia e Fundão. Este projeto visa a valorização da tradição pastoril, do património e dos territórios associados à transumância. A marca pretende dar ênfase a todos estes agentes através do desenvolvimento e da promoção de um programa cultural diferenciador, respeitando os valores identitários e a autenticidade das quatro localidades.

O Centro de Portugal tem 4 Caminhos de Santiago, sendo 2 certificados (Interior e Central).

Estão identificados no Centro de Portugal 4 Caminhos de Santiago, sendo 2 certificados: o do Interior e o Central. Para além destes, existem dois pretendentes: o Marítimo e o do Oeste.

Em Torres Novas existem umas grutas que não são grutas.

As Grutas de Lapas são uma rede de galerias subterrâneas artificiais que se encontram sob o casario mais antigo da aldeia com o mesmo nome. O aglomerado está implantado numa elevação correspondente a um terraço fluvial do rio Almonda, de idade quaternária, composto por uma formação rochosa específica, o tufo calcário. Dada a facilidade com que era cortado, este material foi amplamente utilizado na construção civil, durante vários séculos, em toda a região.
A origem das grutas permanece envolta em mistério. Uma das explicações é que tenham sido uma pedreira subterrânea de tufo, mas não é certa a cronologia associada. São várias as teorias formuladas, desde uma utilização primitiva como abrigo, associada a cavidades naturais preexistentes, ao refúgio de cristãos primitivos ou à exploração de blocos de tufo na época romana, havendo ainda várias referências aos mouros no imaginário local.

Ao certo, sabemos que a própria aldeia, com a designação de Lapas, já existia em 1212, data do compromisso da sua confraria; que, dos trabalhos arqueológicos efetuados, os vestígios mais antigos datam do século XV e que há fontes que referem as galerias já abandonadas em meados do século XVIII. Este é um dos conjuntos patrimoniais mais singulares do país. Podemos percorrer o interior de um terraço fluvial, conhecer melhor os tufos calcários e perceber um pouco da interação das galerias com a aldeia medieval que foi construída por cima, entre outros aspetos ligados à história e especificidades locais.

No Centro de Portugal existem 5 Comissões Vitivinícolas.

O Centro de Portugal é uma região rica em tradições vitivinícolas, onde a produção de vinho é uma atividade com muitos séculos de história. Com um clima favorável e uma paisagem diversificada, o Centro de Portugal abrange cinco regiões vitivinícolas únicas: Bairrada, Beira Interior, Dão, Lisboa e Tejo. Aqui, são produzidos milhões de litros de vinho de excelência. Não perca a oportunidade de conhecer as cinco regiões vitivinícolas da Região Centro de Portugal, cada uma com sua singularidade e tradições únicas. Experimente os vinhos excecionais, explore as paisagens deslumbrantes e descubra a rica história e cultura da Região Centro de Portugal.

Há uma réplica “escondida” de Jerusalém na Mata Nacional do Bussaco.

Esta é a única réplica no mundo à escala de Jerusalém. É a mais fiel, a que tem mais elementos bíblicos que nos reportam a Jerusalém. Entre adernos e as mais de 200 espécies de árvores e arbustos da Mata Nacional do Bussaco, “esconde-se” a réplica “mais fiel e completa” da cidade Santa de Jerusalém, composta por uma renovada Via Sacra de 21 passos, numa extensão de cerca de três quilómetros. “

No Centro de Portugal há 5 cidades criativas da UNESCO.

A Rede Cidade Criativa da Unesco é composta por 246 cidades em sete áreas criativas – que vão desde o artesanato, arte folclórica, design, cinema, gastronomia, literatura, media e música. As cidades que integram a Rede assumem o compromisso de partilhar experiências, conhecimentos e boas práticas criativas, assim como desenvolver parcerias envolvendo os setores público e privado, associações, comunidade civil, organizações e instituições culturais.

No Centro de Portugal são cinco as cidades que integram este projeto. Na Região do Oeste, a cidade de Caldas da Rainha foi distinguida na categoria de Artesanato e das Artes Populares e a Vila de Óbidos na categoria de Literatura. Na Serra da Estrela, a Covilhã integra a categoria do Design. Na Beira Baixa e na Região de Leiria as cidades de Idanha-a-Nova e Leiria, respetivamente, são ambas Cidades Criativas da Música.

No Centro de Portugal há fábricas que contam histórias e são verdadeiros museus vivos.

No Centro de Portugal, as mãos de operários contam estórias que o transportam para o mundo da indústria viva e do património industrial do País. Aqui, as fábricas narram a nossa história e tornam-se museus vivos onde poderá conhecer o processo produtivo, distinto na tradição e na modernidade, bem como a ligação e os antecedentes históricos que estas atividades económicas guardam na memória das comunidades locais. Saiba mais sobre o roteiro pelo turismo industrial do Centro de Portugal.

As Grutas de Mira de Aire são as maiores grutas turísticas de Portugal, com 11 quilómetros de extensão.

As Grutas de Mira de Aire foram eleitas uma das sete maravilhas naturais de Portugal e são sobejamente conhecidas como as maiores grutas turísticas do país. As salas, algares, galerias e lagos sucedem-se num labirinto que se estende por onze quilómetros, dos quais 600 metros são visitáveis. A dimensão das suas galerias majestosas, os filamentos cristalinos que pendem do tecto e as magníficas colunas cuidadosamente esculpidas pela Natureza ao longo de milhares de anos são impressionantes. As águas cristalinas dos seus lagos, que têm uma grande importância ecológica, completam o quadro idílico que encontramos no subsolo. O jogo de luzes que ilumina as Grutas realçam o seu encanto.

Na Região de Aveiro existe uma laguna que se estende por 45 quilómetros, ocupando uma área de 110 km2.

A Ria de Aveiro representa o ponto de contacto entre vários concelhos do distrito de Aveiro e desempenhou um papel fulcral no seu desenvolvimento, mas de igual modo lhe colocou obstáculos. Desde o século XVI que os habitantes de parte do distrito de Aveiro convivem com esta laguna costeira que se estende por 45 quilómetros, de Ovar a Mira, ocupando uma área de 110km2, integrada na bacia hidrográfica do rio Vouga. A formação da ria resultou de um recuo do mar e de um processo de crescente sedimentação, sendo grande parte da sua história marcada pela permanente deslocação para sul, o que comprometia a navegabilidade e salubridade. A evolução da zona costeira determinava o número de barcos que entravam e saíam do porto de Aveiro, ao mesmo tempo que condições naturais frequentemente fechavam a barra por via do deslocamento de areias, assim impedindo a circulação de embarcações e causando cheias e águas paradas insalubres que afetavam a fertilidade dos campos e a saúde dos habitantes de Aveiro. No início do século XIX foi construída uma barra artificial que gradualmente colocou fim às dificuldades que a instabilidade da ria colocava.

No Centro de Portugal existem 3 reservas naturais da biosfera da UNESCO.

São elas a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Tejo/Tajo Internacional, a Reserva Natural Berlengas e a Reserva Natural do Paul do Boquilobo.

No interior do Centro de Portugal é possível fazer ski.

Atividades náuticas, como ski aquático ou wakeboard, podem ser realizadas na Estação Náutica de Castelo do Bode. Trata-se de um centro dinamizador de atividades ligadas à Albufeira de Castelo do Bode para o desenvolvimento de toda uma rede de atividades que integram três elementos base: a Albufeira, a Natureza e a Paisagem.

No Centro de Portugal existem 4 Lugares Património Mundial da Humanidade.

O património edificado é o testemunho físico da História de Portugal. Tão importante como preservar este magnífico legado é visitá-lo. É desta forma que se mantém viva e se perpetua a História e as histórias do nosso país, cuja fundação está intimamente ligada a estes quatro “Lugares Património Mundial”, localizados na região Centro e a pouca distância entre si. O Mosteiro da Batalha foi mandado erigir em cumprimento de uma promessa de D. João I à Virgem Maria, pela vitória na Batalha de Aljubarrota, enquanto o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, nasceu a partir de uma doação de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, à Ordem de Cister. Em Tomar, com o Convento de Cristo, presta-se homenagem aos Templários e à determinante influência destes monges guerreiros nas batalhas contra os mouros, para fundar o reino. Já Coimbra, nomeadamente o conjunto histórico – cultural Universidade de Coimbra — Alta e Sofia contempla 32 espaços, incluindo colégios, jardins e museus.

Na Sertã há um Moon Gate.

Moon Gate ou Portal da Lua é uma obra realizada no contexto do Roteiro de Obras de Arte na Paisagem do “Cortiçada Art Fest”. Este roteiro intermunicipal de obras de arte na paisagem integra três obras: o Farol dos Ventos em Proença-a-Nova, o Véu na Sertã e Moon Gate em Oleiros.

No Centro de Portugal existem 3 Geoparques UNESCO.

O Geopark Naturtejo foi o primeiro em Portugal a obter esta classificação que reconhece a importância dos seus 17 geomonumentos como as imponentes Portas de Ródão que envolvem o Rio Tejo ou os icnofósseis de Penha Garcia. É também aqui que se situa o Parque Natural do Tejo Internacional, onde se podem observar 154 espécies de aves e praticar atividades como escalada, canoagem ou passeios pedestres e de btt.

Não muito distante, fica o Estrela Geopark onde se encontra a montanha mais alta de Portugal Continental. Aqui, são visíveis as marcas da última glaciação em diversos locais como o Vale Glaciário do Zêzere ou a Lagoa Comprida. Na sua visita, poderá seguir os trilhos marcados no terreno que o levam a miradouros com vistas arrebatadoras, de onde pode apreciar as lagoas, as rochas moldadas pela natureza ou a riqueza da flora e fauna.

Um pouco mais a norte, no Arouca Geopark poderá descobrir 41 geosítios com características singulares, de que se destacam as Pedras parideiras de Castanheira ou os Trilobites gigantes de Canelas. Este território montanhoso, cujos pontos mais altos estão nas Serras da Freita e de Montemuro, é atravessado por rios com excelentes condições para o canyonning, canoagem ou o rafting, que tem nos rápidos do Paiva um dos melhores locais de prática em Portugal. 

Em Tondela o “Milho ainda é Rei”.

O concelho de Tondela, conhecido pela majestosa Serra do Caramulo, com as suas aldeias serranas, como a aldeia de Jueus que integra a rede de Aldeias de Portugal e com os testemunhos dos antigos sanatórios e pelas zonas balneares em altitude, é ainda o território onde o cultivo do milho é rei. Este cereal teve um papel fundamental na alimentação das populações das aldeias serranas. Terras de milho, eiras, espigueiros e canastros moldaram ao longo de séculos a paisagem tradicional do concelho de Tondela. Outro elemento característico desta cultura, surge perto dos rios e ribeiras com os moinhos de rodízio essenciais para a moagem deste cereal que servia e serve ainda para o fabrico da broa, dos carolos em vinha d’alhos e das tão apreciadas papas que se confecionam com farinha de milho e couve-galega migada. Estes produtos à base de milho, ainda se apresentam de forma regular à mesa dos tondelenses, sendo muito apreciados e ainda confecionados regularmente em alguns restaurantes da região de Tondela.

Em Belmonte existe a única comunidade peninsular herdeira legítima da antiga presença histórica dos judeus sefarditas.

A Comunidade Judaica de Belmonte é a única comunidade peninsular herdeira legítima da antiga presença histórica dos judeus sefarditas. Durante toda a época da inquisição, conseguiu preservar muitos dos ritos, orações e relações sociais. Apesar da pressão para a diluição na sociedade católica portuguesa, muitos dos belmontenses cristãos-novos continuaram a casar-se apenas entre si durante séculos.

Em 1989 a Comunidade é reconhecida oficialmente e em 1996 inaugura a sinagoga “Beit Eliahu” (Filho de Elias) precisamente numa das ruas da antiga judiaria. Também o cemitério judaico foi aberto em 2001. Desde 2005 está igualmente aberto ao público o Museu Judaico (único em Portugal) que retrata a história da presença sefardita em Portugal, usos, costumes e que integra um memorial sobre as últimas da inquisição.

Em Cabanas de Viriato há uma “Dança dos Cus”.

“Dança dos cus” é tradição no Carnaval de Cabanas de Viriato. Em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, cumpre-se a tradição da dança dos cus, todos os anos, em que os participantes desfilam vestidos mas prontos para o choque com os rabos. O que diferencia o Carnaval de Cabanas de Viriato de muitos outros é o facto de procurar manter uma tradição secular e única no mundo. Esta tradição remonta ao século XIX, quando os actores de um grupo de teatro, após um espectáculo no Teatro dos Bombeiros, entusiasmados com êxito obtido, saíram à rua e percorreram a vila ao som de uma valsa, em contradança, daquele espectáculo. Assim surge a famosa “dança grande”, agora conhecida por “dança dos cus”, em que os pares, divididos em duas filas, ao terceiro compasso da música, viram-se para o centro e chocam os traseiros.

No Centro de Portugal existe a maior ciclovia do país, com 62 quilómetros.

A Ciclovia da Estrada Atlântica é a maior do país. Ao longo de 62 quilómetros, compõe-se de diversos percursos que oferecem condições excepcionais de conforto e de segurança para passear de bicicleta, patins, skate ou trotineta, atravessando quatro concelhos do distrito de Leiria: Marinha Grande, Alcobaça, Pombal e Nazaré. Respira-se o ar das matas e dos pinhais característicos da região, e também a maresia do Atlântico, que acompanha a viagem durante a maior parte do trajecto, esteja mais próximo ou ao fundo das arribas.

Em Coimbra existe um Pátio da Inquisição.

Fundado em 1542, o Antigo Colégio das Artes, precursor do Real Colégio das Artes, estabeleceu-se neste local, em 1548, nas instalações pertencentes ao Colégio de São Miguel e ao Colégio de Todos-os-Santos, ambos afetos ao Mosteiro de Santa Cruz. Foi uma iniciativa do rei D. João III que pretendia renovar o ensino em Portugal, apostando em instituições laicas de caráter humanista.

Contudo, devido às diferentes ideias que opunham os mestres provenientes de Bordéus e de Paris, no ano de 1555, o Colégio acabou por ficar sob a tutela da Companhia de Jesus. No ano seguinte, os jesuítas entregaram o edifício ao Tribunal do Santo Ofício, que aqui funcionou até 1821, ano em que foi extinto. Para se adaptar às novas funções os edifícios foram alvo de inúmeras obras sendo, ainda visíveis as antigas celas.

É no mínimo irónico que no mesmo espaço em que funcionou um colégio com vista à difusão de ideias renascentistas e humanistas, viesse a funcionar a sede de uma instituição repressiva que visava julgar, reprimir e condenar essas mesmas ideias. De facto, ainda hoje este local é conhecido por Pátio da Inquisição. Após obras de remodelação e adaptação, funciona em parte dos antigos edifícios colegiais, desde 2003, o Centro de Artes Visuais.

O Centro Geodésico de Portugal fica em Vila de Rei.

O Centro Geodésico de Portugal, está situado na Serra da Melriça a uma altitude máxima ao Nível do Mar de 592m. A importância do Marco Geodésico padrão, resulta de que foi a partir deste ponto, que se deu início à marcação dos restantes 8.000 vértices geodésicos de Portugal Continental. Ao lado do Picoto da Melriça, encontra-se o Museu da Geodesia, inaugurado em 2002 e relacionado com o legado histórico e científico deixado por grandes nomes de cientistas portugueses que trabalharam em prol da modernização geodésica.

Em Loriga os pastores tiram os chocalhos ao gado e desfilam com eles pelas ruas da aldeia.

Em Loriga, concelho de Seia, os rebanhos ainda fazem parte da paisagem. Na altura de S. Martinho, os pastores roubam-lhes os chocalhos e desfilam ruidosamente pelas ruas da vila: são as tradicionais “Chocalhadas”. Ocorre na véspera e noite de São Martinho e encontra-se intimamente associada aos costumes e vivências dos pastores. Diz a lenda que a sua finalidade era a de afastar os males dos seus rebanhos.

As primeiras exportações de maçã da Região de Alcobaça para o império britânico e Marrocos datam de 1200.

Na etiqueta utilizada nas coleções das Capuchinhas, a capucha é a capa que representa a Serra de Montemuro.

As “Capuchinhas” são uma Cooperativa composta por quatro Mulheres da Serra do Montemuro em Portugal. Produzem vestuário em burel, linho e lã, tecidos em teares manuais, usando métodos tradicionais com um design contemporâneo. O seu atelier fica em Campo Benfeito, em Castro Daire. A origem deste nome está na Capucha, a capa usada pelos pastores para se abrigarem do frio e da chuva durante o Inverno. O seu trabalho contribui para transmitir às gerações futuras, vivências e tradições, contribuindo assim, significativamente, para a preservação do património.

No segundo sábado de cada mês, a Barrica – Associação de Artesãos da Região de Aveiro, organiza uma feira.

A vocação d’A BARRICA é promover as artes e ofícios, contribuindo para a dignificação dos artesãos e das actividades artesanais; promover actividades que incentivem o conhecimento e a difusão do património artesanal; promover a formação profissional dos artesãos; comercializar os produtos artesanais, designadamente os que resultam do trabalho dos seus associados, através do posto permanente de exposição e venda, existente na sua sede.

No Centro de Formação Profissional para a Indústria da Cerâmica (pólo da Marinha Grande) pode aprender a trabalhar o vidro de forma tradicional.

O pólo da Marinha Grande do Centro de Formação para a Indústria de Cerâmica (Cencal) simula-se uma empresa de cristalaria, onde se podem utilizar as várias técnicas de produção desde o vidro industrial, ao vidro soprado e às técnicas mais recentes como fusing, kiln casting, etc.

Alcobaça também é conhecida como a “Terra de Maçãs”.

As maçãs produzidas neste território, atualmente reconhecidas com o selo “Maçã de Alcobaça”. têm uma qualidade e um sabor ímpar no mundo. Este facto deve-se às particularidades da região a nível do solo e do clima e do saber fazer dos produtores. São produzidas numa estreita faixa entre a Serra dos Candeeiros e o Oceano Atlântico num microclima com condições muito particulares devido à brisa marítima. A área ocupada pelos Coutos de Alcobaça é sensivelmente igual à que hoje está delimitada para a produção da “Maçã de Alcobaça” (Indicação Geográfica Protegida – IGP).

Antigamente, o Cobertor de Papa, de Maçaínhas, era um produto de presença assídua no enxoval das noivas.

O Cobertor de Papa ou Cobertor de Papas é um cobertor artesanal tradicional, característico da região da Serra da Estrela, com fabrico manual a partir de lã churra de ovelhas mondegueiras. Existem seis tipos de cobertor de papa: o cobertor branco, a primeira peça de enxoval das moças casadoiras; o cobertor branco com três listas nos topos, em castanho ou verde; a manta lobeira ou espanhola, com listas brancas, castanhas, verdes, vermelhas e amarelas; a manta de pastor ou barrenta, com listas castanhas e brancas; o cobertor bordado à mão, com losangos azuis de um lado e riscas azuis, verdes ou vermelhas e o cobertor homogéneo, colorido, que combina listas das várias cores.

O “Frasco do Vidreiro” é um frasco tradicional da Marinha Grande.

O “frasco do vidreiro” eram garrafas para vinho de meio quartilho, quartilho, meia canada, canada e duas canadas. Custavam respetivamente 70, 100, 160, 300 e 480 reis. Este frasco chato imortalizou-se na vida quotidiana do operário vidreiro.

A SIFAMECA é a única fábrica de produção artesanal e industrial de seiras e capachos em atividade no nosso país.

A SIFAMECA fica situada em Mouricas, município de Abrantes, e é a única fábrica de produção artesanal e industrial de seiras e capachos –  esta arte que foi indispensável ao funcionamento de lagares tradicionais – que se encontra em atividade em Portugal. A Sociedade Industrial de Fabricação Mecânica de Seiras e Capachos, Lda. foi criada em 1967.

A louça de barro preto é um dos ex-libris do artesanato de Vila Nova de Poiares.

Utilizado em utensílios de cozinha ou somente em peças decorativas, o barro preto caracteriza-se pela sua cor, em que o preto substitui o vermelho do barro. O barro preto está intimamente ligado à maior marca de Vila Nova de Poiares: a “Chanfana”, confecionada nos tradicionais caçoilos de barro preto de Olho Marinho, criando aqui a simbiose perfeita entre a gastronomia e o artesanato. Esta tradição secular é ainda muito presente também em Molelos, Tondela. Para além do barro preto ainda existe o barro vermelho, com maior expressão em Miranda do Corvo.

Na Nazaré há um estendal para secar o peixe.

Não estranhe: trata-se do Museu Vivo do Peixe Seco. A tradição de secar o peixe ao sol nasceu da necessidade de preservar algum peixe para dias de escassez. Hoje, poderá descobrir as memórias piscatórias em três núcleos: o estendal de secagem do peixe; o Centro Interpretativo, onde se descobrem as técnicas e as estórias; e a zona de preparação do pescado onde, ainda hoje, o peixe é preparado para o processo de secagem. Dependendo das condições climatéricas, ainda será possível encontrar peixeiras a vender peixe seco.

Ovar é cidade museu vivo do azulejo.

É no centro da cidade de Ovar que podemos encontrar os exemplos mais emblemáticos da azulejaria de fachada de Ovar, mas também nas habitações mais simples da periferia é possível observar azulejos de padrão e os respetivos frisos. Anualmente, o mês de maio é dedicado a celebrar esta relação de Ovar com o azulejo através de diversas iniciativas que têm como objetivo dinamizar e promover este bem patrimonial.

Em Leiria há um gato no telhado.

Conhece o Gato Preto que domina desde 2019, a cobertura da Casa da Cidade Criativa, no Centro Cívico de Leiria? A peça da autoria do artista plástico Ricardo Romero, é mais do que uma simples peça de arte urbana. Imóvel e observador, contrasta com a pressa das pessoas que ali passam e olham para ele sem realmente o ver, presas em sua própria vida agitada, ignorando o mundo ao seu redor. Símbolo de reflexão e observação, representa uma janela para diferentes perspetivas e introspeção. Enquanto o humano corre como vento, o gato preto de grandes dimensões (380 x 230 x 90 cm), ali permanece sugerindo que essa imobilidade lhe proporciona uma compreensão mais profunda do mundo. “Gato Preto – Olhar e não ver”, uma escultura em resina acrílica para olhar e ver, na Praça Eça de Queirós, em Leiria.

O Minderico (piação dos charales do Ninhou) é a língua dos habitantes de Minde.

Trata-se de uma variante linguística falada em Minde desde o século XVIII. A sua origem está ligada aos antigos cardadores e negociantes de lãs que a usavam com o objetivo de esconderem as suas negociações e ainda ao comercio das tradicionais mantas de Minde que eram vendidas nas feiras de todo o país pelos mindericos (habitantes de Minde).

A origem das palavras está muito ligada à vida e às vivências da comunidade, que eram transposta para a linguagem que seria apenas entendida pelos que as conheciam. É muito comum ver nomes de pessoas da terra serem traduzidas na linguagem nas profissões ou nas características muito próprias que apresentavam, a exemplo: Médico: Inácio, Totta ou Viegas; Padre: Francisco Vaz, entre outros.

Apesar do minderico ainda hoje conhecido pela maioria da população adulta, a tendência para o seu desuso e esquecimento entre os mais jovens é uma ameaça a esta forma de falar tão invulgar.

O Aqueduto de Alviela é o maior aqueduto existente em Portugal e o mais antigo em funcionamento.

O Aqueduto de Alviela que abastece a cidade de Lisboa desde 1880, integra o conjunto de sistemas de abastecimento da EPAL- Empresa Portuguesa das Águas Livres, é o maior aqueduto existente em Portugal e o mais antigo em funcionamento. A sua extensão de 114 quilómetros levava a água desde a nascente dos Olhos de Água do rio Alviela até Lisboa ao Reservatório dos Barbadinho usando apenas a força da gravidade.

Construído entre 1871 e 1880, esta importante estrutura hidráulica, também designada pela engenharia portuguesa por Canal do Alviela, tinha no seu percurso original 294 troços em trincheira, 94 túneis e 110 pontes – arcadas, atingindo a mais extensa 343 metros de comprimento e a mais elevada 12 metros de altura e contou, na sua inauguração a 03 de outubro de 1880 com a presença do, entre muitos ilustres convidados, Rei D. Luis.

Está em Minde o único museu em Portugal dedicado exclusivamente à aguarela.

O Museu de Aguarela Roque Gameiro está localizado em Minde, sendo o único museu em Portugal dedicado exclusivamente à aguarela, na terra natal de Alfredo Roque Gameiro, um dos grandes mestres nacionais da aguarela.

Nascido em Minde a 4 de abril de 1864, Alfredo Roque Gameiro notabilizou-se pelas suas aguarelas que revelam uma técnica ímpar e que aliam a obra artística a um valor histórico e etnográfico sem paralelo. As ilustrações do livro “As Pupilas do Senhor Reitor” são exemplo disso, bem como o livro “Lisboa Velha”.

Será ainda interessante mencionar uma facto invulgar ligado à vida de Roque Gameiro: a família, algumas apelidada de “tribo dos pincéis” viu crescer no seu seio um grande número de artistas, desde logo os cinco filhos de Alfredo Roque Gameiro, todos eles artistas, alguns dos quais nomes muito relevantes no panorama artístico português da primeira metade do século XX, sendo que as duas filhas mais novas casaram também com dois artistas muito relevantes – José Leitão de Barros e Jaime Martins Barata – continuando ainda hoje a surgir nomes importantes no mundo das arte, sendo um caso interessante da História da Arte em Portugal.

Instalado na “Casa dos Açores”, um exemplar notável de arquitetura e jardins do início do século XX, ligada à família do pintor, o museu reúne parte da obra do Mestre, assim como algumas obras de pintores seus contemporâneos que com ele privaram.

No Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros situa-se uma das mais importantes “maternidades” de morcegos em Portugal.

Junto à nascente do rio Alviela, uma das portas de entrada do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, situa-se uma das mais importantes “maternidades” de morcegos em Portugal.

Esta Gruta, uma das muitas grutas do carso, é procurada todos os anos por uma colónia com cerca de 5 mil morcegos de 12 espécies diferentes, das quais 9 se encontram ameaçadas, fazendo dela um dos abrigos mais importantes do país.

Não será coincidência, portanto, que o símbolo do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros seja este animal, cuja má imagem que lhe é atribuída em lendas e mitos, tem um papel fundamental nos ecossistemas que habitam.

Para conhecer melhor todos os aspetos da vida destes curiosos e interessantes mamíferos, nada melhor do que visitar o Centro de Ciência Viva do Alviela – Carsoscópio – onde, no quiroptário, os visitantes podem ver imagens reais captadas nesta gruta, explorar uma réplica da gruta, experimentar ouvir como os morcegos, entre muitas outras atividades que revelam um pouco mais acerca da vida destes animais.

Na Marinha Grande, “quem não sopra já soprou“.

O desenvolvimento da cidade da Marinha Grande está intimamente ligada ao fabrico do vidro. Por existirem condições favoráveis ao seu estabelecimento, como a abundância de matéria prima, John Beare transferiu para a Marinha Grande a fábrica de vidros de Coina. Uns anos mais tarde Guilherme Stephens impulsiona a indústria dotando-a de maquinaria aperfeiçoada para a época, impulsionando assim a Real Fábrica de Vidros. A Marinha Grande era conhecida como capital do vidro devido às fábricas aí existentes que deram trabalho a gerações de marinhenses. Todos os marinhenses têm uma história ligada, de alguma forma, a esta indústria. Daí, esta espécie de ditado popular: “Quem não sopra, já soprou”.

Foi no Centro de Portugal que se deu o “Milagre das Rosas”.

Reza a tradição que no Sabugal (outros dizem que em Coimbra), a rainha Isabel de Aragão, fiel esposa de D. Dinis, terá transformado o pão do regaço em Rosas, dando origem à lenda e à proclamação de Santa Isabel, Rainha de Portugal. “São rosas, senhor, são rosas…”

O castelo do Sabugal é o único com 5 quinas.

O Castelo do Sabugal, também é conhecido como “Castelo das Cinco Quinas” devido ao formato incomum de sua torre de menagem, que faz lembrar as 5 quinas da bandeira. Aos olhos do povo, a forma singular da torre não passou indelével, dizendo-se de boa-em-boca: “Castelo de cinco quinas/ Não o há em Portugal/ Senão junto ao rio Côa/ na Vila de Sabugal”.

O Centro de Portugal tem o único, e o mais antigo, festival de cinema em Portugal, dedicado à temática ambiental.

O CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, é o único festival de cinema em Portugal, dedicado à temática ambiental, no seu sentido mais abrangente, que se realiza em Seia, anualmente em Outubro e de forma ininterrupta, desde 1995, por iniciativa do Município de Seia.

A Reserva da Faia Brava foi a primeira e é (atualmente) a única área protegida privada em Portugal.

A Reserva da Faia Brava é uma área protegida de âmbito privado localizada no Vale do Côa, em Portugal. Foi a primeira e é (atualmente) a única área protegida privada em Portugal. A Área Protegida Privada da Faia Brava insere-se no vale do rio Coa, num troço de cerca de 5 Km de extensão, com orientação sul-norte, e encostas de grande declive, onde afloram rochas graníticas escarpadas. O clima apresenta um aspeto continental seco, com grandes amplitudes térmicas e fraca pluviosidade média.

A “Feira dos Santos” de Mangualde acontece há mais de 300 anos.

Desde há três séculos que Mangualde se notabiliza pela realização da Feira dos Santos, que se tornou um marco a nível nacional, pelas várias mostras que proporciona aos seus milhares de visitantes, nomeadamente, a gastronomia, o artesanato, os produtos agrícolas, entre outros produtos endógenos.

Conhece alguma singularidade do Centro de Portugal que queira integrar neste Compêndio..?

Envie-nos a sua sugestão para comunicacao@turismodocentro.pt.