O Centro de Portugal é lindo em qualquer altura do ano, mas na primavera, as cores e fragâncias das paisagens floridas transportam-nos até à beleza multicolor das serras, dos campos e vales a desabrochar. E a frescura da água cristalina dos rios e das praias fluviais? Verdadeiramente inspiradora.
As atividades ao ar livre vão angariando novos adeptos que vão fazendo novas descobertas. E o mundo natural é isso mesmo. É descobrir um sem fim de fenómenos quase mágicos que nos apaixonam. Imagine um desenho colorido com o azul do céu e das águas frescas, o amarelo quente do sol e do areal. Escute a alegria dos pássaros a chilrear do alto da verde e frondosa floresta. Deixe-se inundar por uma variedade imensa de sons e de cheiros, misturados harmoniosamente como se de uma doce melodia se tratasse.
É assim a Primavera no Centro de Portugal!
Quando chegamos ao Médio Tejo, respiramos de imediato o ar puro da natureza que nos abraça
Para percorrer a caminhar ou a pedalar, o Trilho Panorâmico do Tejo tem uma extensão de cerca de 10,5 quilómetros à beira rio, num percurso linear que pode ser feito em qualquer altura do ano, entre a foz do rio Zêzere e Vila Nova da Barquinha. Permite aos visitantes um contacto único com a natureza e com alguns dos ícones do património cultural nacional, num cenário de enorme beleza paisagística.
Com passagem no Castelo de Almourol, monumento nacional que em 2021 assinalou o seu 850.º aniversário, o trajeto dispõe de passadiços, corrimões, miradouros e áreas de lazer ao longo de toda a extensão.
O Fluviário Foz do Zêzere, a Igreja Matriz de Tancos, o Parque de Escultura Contemporânea e o Centro de Interpretação Templário são outras atrações deste novo produto turístico, rico em património histórico e natural.
Oficialmente designado de “Etapa Panorâmica do Tejo – Almourol”, está incluída na Grande Rota – Transeuropeia (GR12 – E7), que liga Constanza, no Mar Negro, a Lisboa atravessando toda a Europa, e entrando em Portugal pelas Termas de Monfortinho, concelho de Idanha-a-Nova.
Contemplada pelo seu clima moderado e a beleza da paisagem natural, a pequena Vila de Sardoal, apresenta-nos na primavera, as condições ideais para usufruir dos seus diversos percursos pedestres. Em perfeita comunhão com a natureza encontra-se ainda Constância. Aqui se localiza o Parque Ambiental de Santa Margarida que proporciona um contato inesquecível com a natureza e integra o Borboletário Tropical, um espaço vivo, que procura contribuir para o conhecimento da biologia e Ecologia destes insetos, criando um modelo único para compreender a importância da conservação desta diversidade.
Não perca também a oportunidade de fazer um passeio pelo magnífico Passadiço do Agroal que o levará à Praia Fluvial do Agroal, nascida das nascentes do rio Nabão, rio que atravessa a cidade de Tomar.
Nesta cidade templária, visite o Convento de Cristo é hoje um Monumento Nacional classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Do Convento siga à descoberta da Mata dos Sete Montes, encantadora logo à entrada, de portões altos e jardim bem ornamentado. Rica em plantas aromáticas e medicinais, era conhecida como a cerca do convento, tendo no passado uma ligação ao castelo.
Árvores, folhas, flores e pássaros. A primavera bordada em linho
Deslumbre-se na Beira Baixa em plena primavera.
Castelo Branco , eleita capital pelos templários há mais de 800 anos, surpreende pelo seu património natural e histórico-cultural. E são daqui os famosos bordados feitos à mão, cuja intensidade das cores e a luz que emanam são conferidas por fios de seda, lavrados sobre a base de linho artesanal cru. Pássaros, árvores, folhas e flores, frutos e corações representando a amizade, o amor e o casamento, e porque não… a primavera! Podem ser admirados no Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco.
Passeie pelo Jardim Barroco do Paço Episcopal, de inspiração italiana que recria o Jardim do Éden e aproveite para conhecer também o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco. Reserve algum do seu tempo para visitar o Museu do grande Mestre Cargaleiro. Instalado no Solar dos Cavaleiros, um distinto e nobre edifício datado de 1753, situa-se em plena zona histórica de Castelo Branco.
O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional é uma das maiores redes de percursos pedestres onde poderá explorar 16 geomonumentos por entre vales e montes até à beira do rio Tejo. Entre eles, destaca-se a magnífica paisagem do Monumento Natural das Portas de Ródão, local privilegiado para a observação de aves e para todos os apaixonados pela natureza.
Considerado um dos mais relevantes parques da Europa, o Parque Natural do Tejo Internacional apresenta-nos a natureza em estado puro. São os animais e as plantas que reinam sob os vales profundos e o silêncio tranquilo da natureza. Já na Reserva Natural da Serra da Malcata, cada passo dado é uma nova oportunidade de encontrar animais raros e uma serenidade inabalável que convida aos amantes de BTT a explorarem os trilhos de Penamacor.
Conheça ainda o Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova, o Museu Isilda Martins, o Espaço Ribeiro Farinha ou à Aldeia do Xisto da Figueira.
Salte de paraquedas, ande de paramotor, percorra os trilhos de BTT ou de trail, faça um dos sete percursos pedestres, ou mergulhe numa das cinco praias fluviais deste concelho.
Passeios pedestres e miradouros não faltam no Oeste
No Jardim da Paz – Buddha Éden, pode usufruir de vários percursos pedestres que lhe permitirão desfrutar da paisagem rural que caracteriza o concelho do Bombarral, num espaço com cerca de 35 hectares onde foi criado um jardim oriental, num cenário mágico sendo uma das maiores atrações do Oeste.
Depois, prove uma Pêra Rocha, rainha da economia local, representando o Cadaval como principal produtor e exportador deste fruto de caraterísticas peculiares. E já que aqui está, visite a Serra de Montejunto, integrada na Rede Natura 2000, área de paisagem protegida de âmbito regional, também conhecida por “Varanda da Estremadura” pelas longínquas vistas que permite alcançar do alto dos seus 666 metros de altitude.
Não muito longe, Caldas da Rainha, classificada pela UNESCO como Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares, espera por si. A cidade tornou-se um importante centro termal devido ao antigo Hospital e ao Museu do Hospital e das Caldas. Inserido no magnífico Parque D. Carlos I, no centro da cidade, descobre-se um jardim romântico com um lago artificial e de alamedas arborizadas. Considerado um dos parques mais ricos em biodiversidade do país, é uma visita a não perder. Até porque no interior do Parque visita-se um dos espaços museológicos mais notáveis da cidade, o Museu José Malhoa, que conserva uma importante coleção de obras do célebre pintor, aqui nascido.
Perto, em Arruda dos Vinhos, a paisagem de contrastes encanta os amantes da natureza com a possibilidade de percorrer os passeios pedestres e o Circuito das Linhas de Torres, a par da contemplação, onde a vista se perde, nos miradouros concelhios.
Visitar a Região de Coimbra é apreciar lugares únicos abraçados pelo Mondego
De cidade em cidade, de rua em rua, é na primavera que o convidamos a partir à descoberta de pitorescas aldeias, de praias e castelos, de matas e bosques encantados.
Iniciamos a nossa viagem pelas colinas que abraçam o mondego. Em qualquer ponto da cidade de Coimbra, avista-se a Torre da universidade que a ilumina e onde mergulhamos no Património Mundial da Humanidade, classificado pela UNESCO, num conjunto que inclui a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia.
Sabemos que muito antes de existir Portugal como nação, aquando da reconquista portuguesa, já existia entre os rios Mondego e Douro, uma Linha Defensiva do Mondego. Alguns desses castelos e muralhas que o convidamos a conhecer pertencem a esta região: Torre de Almedina (Coimbra), Fortaleza de Montemor-o-Velho, Torre e Fortaleza de Buarcos (Figueira da Foz), Castelo da Lousã, antigo Castelo de Miranda do Corvo, Castelo de Penela, Castelo de Germanelo (Penela), Paço do Ega (Condeixa-a-Nova) e o Castelo de Soure.
Pela costa, a Figueira da Foz é possuidora de uma longa história. Da Serra da Boa Viagem, consegue avistar-se o Estuário do Mondego e, no, horizonte, a Enseada de Buarcos à Figueira da Foz.
A natureza privilegia esta região, a paisagem protegida da Serra do Açor, entre as Serras da Lousã e Estrela, ou a Serra de Sicó que se estende por entre vales e montes. A cada quilómetro a paisagem natural muda e surpreende.
A Serra da Lousã integra a Rede Natura 2000 e é integrante de uma das maiores formações rochosas de Portugal: a Cordilheira Central (que abrange os concelhos de Lousã, Góis, Castanheira de Pera, Miranda do Corvo e vai até Figueiró dos Vinhos). Aqui pode explorar trilhos pedestres e de BTT e descobrir alguns dos mais famosos Passadiços e Baloiços do Centro de Portugal, como é o caso do baloiço do Trevim e dos Passadiços de Nossa Senhora da Piedade.
O paraíso da BTT mora também na Região de Coimbra. Em Tábua encontra os mais encantadores, misteriosos e trilhos para a prática de BTT, rodeados por uma fauna e flora únicas, e que reúne anualmente milhares de participantes e amantes desta prática desportiva numa prova única e preparada ao detalhe. Para os mais aventureiros e amantes de Turismo Ativo, recomendamos uma passagem em Vila Nova de Poiares, que é o local ideal para experimentar os mais radicais desportos, não apenas o BTT, mas também desportos motorizados, rappel e slide ou canoagem.
O Vale das Buracas de Casmilo, situado perto de Condeixa-a-Nova, em plena Serra de Sicó, é um lugar único em toda a região Centro. Esconde um paraíso misterioso que poderá desvendar num percurso pedestre deslumbrante. O património natural único das Buracas do Casmilo proporciona uma experiência inesquecível de aventura: quem lá chega, encontra um verdadeiro santuário natural, perfeito para um contacto com a natureza, entre caminhadas, escalada ou montanhismo.
Já o Cabril do Ceira é provavelmente um dos tesouros naturais mais desconhecidos de Portugal. Local de beleza única, com águas cristalinas, este é um sítio relativamente inexplorado e um dos pontos de interesse da Freguesia de Serpins, concelho da Lousã.
Um lugar incrível para usufruir da primavera é a praia fluvial de Foz D’Égua. Perto da Aldeia de Piódão, esta praia é banhada pelas ribeiras de Piódão e Chãs D’Égua. Tem toda uma área envolvente arborizada com excelentes zonas de lazer. É conhecida pelas suas águas límpidas e frescas, em perfeita comunhão com o aspeto rural envolvente.
O Percurso Pedestre da Ribeira da Fraga, no concelho de Mortágua, é perfeito para dar umas boas caminhadas, praticar a sua atividade física diária e desfrutar da natureza pelos seus fantásticos trilhos. Com uma extensão de 2,3 quilómetros, o percurso acompanha toda a zona ribeirinha, marcado pela envolvência do curso de água, ambientes frescos e a diversidade da vegetação.
Não podemos esquecer a Mata do Bussaco. Guardiã de histórias, este refúgio de monges e de reis encanta pela verdura e variedade das espécies botânicas presentes. Cobre-se por um véu de mistério, protegido pela sua rara e, por vezes, primitiva vegetação. As suas 11 portas de entrada convidam os visitantes a descobrirem um património natural e cultural, através de uma inebriante viagem no tempo. Ali bem perto, as Termas do Luso convidam-no ao repouso, ao bem-estar e à tranquilidade.
A Bairrada é um território de excelência, reconhecido pela sua gastronomia e vinhos. Convidamo-lo a provar na Mealhada, o Leitão à Bairrada e o saboroso pão, a acompanhar com um excelente copo de Vinho da Bairrada. Faça um brinde à primavera!
A Região de Leiria, invadida pela serra e pelo mar que a rodeiam, é rica e natural
Composta pelos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós, aqui pode descobrir ciclovias, explorar grutas, mergulhar em praias fluviais ou oceânicas, vivenciar as histórias seculares dos seus castelos e ainda percorrer um Mosteiro, Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Em Porto de Mós, a subida ao imponente castelo de inconfundíveis torreões e coruchéus verdes, conquistado aos mouros em 1148 por D. Afonso Henriques, leva-nos a uma vista de cortar a respiração sobre o vale do Lena e a Serra dos Candeeiros.
O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros compreende aproximadamente 38900ha, distribuídos por vários concelhos que integram parte do território do Centro de Portugal. As Serras de Aire e Candeeiros constituem o mais importante repositório das formações calcárias existentes em Portugal. A natureza da vegetação e a sua fauna específica motivaram a sua classificação enquanto Parque Natural. É aqui, que se pode sentir um verdadeiro explorador e descobrir as Grutas de Santo António, Alvados e Mira de Aire, e depois no concelho da Batalha, em São Mamede, as Grutas da Moeda.
Quem se desloca da zona baixa do concelho, deixando a vila de Porto de Mós, rumo a sua parte mais alta – que ultrapassa os 600 metros de altitude na zona de São Bento – encontra, do seu lado esquerdo, o miradouro de Chão das Pias, em Serro Ventoso. Daqui, avista-se o céu, a pedra e o horizonte. É uma vista imensa, que se perpetua por quilómetros. O novo miradouro alia a arquitetura com a paisagem do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. A sua longa “varanda” permite vislumbrar, lá em baixo, na vila, o Castelo de Porto de Mós. E não só: a amplitude da vista que aí se pode conquistar para o olhar, é livre até às fronteiras impostas pelas condições atmosféricas, a capacidade de visão de quem observa e, no limite, a curvatura do planeta.
Ainda em Porto de Mós, o antigo caminho de ferro, principal meio de transporte do carvão das minas da Bezerra para a Central Termelétrica de Porto de Mós, foi transformado na Ecopista Ramal do Lena. Transformou-se numa moderna ecopista que permite realizar caminhadas, a pé ou de bicicleta. Sozinho, a dois ou com crianças, esta ecopista de Porto de Mós é o destino ideal para si, em tempo de primavera!
Leiria é a Cidade Europeia do Desporto em 2022. Esta merecida escolha assenta nas condições que a região apresenta para a prática de todo o tipo de desportos e turismo ativo, devido ao seu património natural e excelentes infraestruturas. Convidamo-lo a descobrir esta região e todas as atividades que aqui pode praticar. Desde Centros de BTT como o da Pia do Urso, aos caminhos pedestres de Pedrógão Grande, Batalha ou Ansião, aos percursos cicláveis da estrada atlântica, num imaginário que está à espera da sua visita.
Ainda há muitos caminhos para descobrir e é por isso que o convidamos a conhecer os dois mais característicos Passadiços da Região Centro.
Em Castanheira de Pera, a Ribeira de Quelhas, com as suas cascatas e lagoas, é um lugar digno de paragem. O passadiço torna a sua visita mais acessível pelo que já não terá desculpas para não conhecer este local idílico. Os Passadiços da Ribeira das Quelhas têm início junto à aldeia do Coentral Grande, e seguem pela margem direita da Ribeira por aproximadamente 1200m.
Já em Figueiró dos Vinhos, bem no Centro de Portugal, encontramos o Passadiço das Fragas de São Simão, em plena Aldeia do Xisto. O Passadiço das Fragas de São Simão tem sensivelmente 2 km e liga agora a Aldeia do Xisto de Casal de São Simão, a Praia Fluvial das Fragas de São Simão e o Miradouro. É um local a não perder e com todas as condições disponíveis para um dia bem passado!
A Ria de Aveiro sempre em comunhão com a natureza, no seu estado mais puro
Com vegetação florida, a primavera é uma excelente altura para identificar as flores e plantas ao longo dos caminhos e percursos pedestres da Ria de Aveiro.
Para os amantes de aves, os passeios matinais permitem identificá-las pelo canto. Assim é na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto que abrange uma área aproximada de 960ha, dos quais 210ha correspondem à área marítima. A abertura artificial do canal da Barra, no início do século XIX, veio permitir que novamente a água salgada do mar se misturasse à água doce dos rios. É a origem da Ria de Aveiro.
Ao redor da ria e das salinas, são vários os quilómetros que podem ser percorridos nos Passadiços, pela Via Ecológica Ciclável. Num total de 48km (Estarreja – Albergaria-a-Velha – Aveiro e Vagos – Mira) pode correr, andar, pedalar ou até mesmo descansar num dos inúmeros bancos que encontra pelo caminho, sempre com a água como pano de fundo. Percorra estes e outro belos percursos, como os da Murtosa, com mais de 50kms beira-ria para explorar.
Entre Estarreja e Albergaria-a-Velha, uma paragem pelo Centro de Interpretação Ambiental da BioRia, é imperativa para os amantes da natureza.
Com uma localização privilegiada, Sever do Vouga é um território abençoado pela natureza, onde os rios e as quedas de água convidam à aventura e ao descanso. Parte integrante do território das Montanhas Mágicas de Portugal, é um ícone de referência paisagística. É em Águeda que lhe sugerimos o final deste roteiro, a contemplar a maior lagoa natural da Península Ibérica, a Pateira de Fermentelos, onde poderá apreciar um pôr-do-sol inesquecível.
Aqui encontra todos os motivos para se pôr a caminho de uma das mais diversas regiões do Centro de Portugal. E não se esqueça que qualquer uma destas experiências resultará numa fotografia memorável!
Ah como é linda a Serra da Estrela na primavera!
A Serra da Estrela vive ainda a memória dos nossos antepassados. Das aldeias históricas às Aldeias do Xisto, é daqui que floresce a mais bonita estação do ano, onde a natureza se ilumina através das serras montanhosas, dos vales glaciares e rios sinuosos.
Parta à descoberta da Serra da Estrela, uma região que combina o património paisagístico com património natural numa simbiose de perfeita harmonia.
Visitar as 12 Aldeias Históricas de Portugal é revisitar as nossas raízes como povo. É admirar paisagens, é testemunhar tradições, é murmurar lendas, é viver um passado recente, cheio de misticismo e história. E só na Serra da Estrela são nove as Aldeias Históricas que podemos encontrar: Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Figueira de Castelo Rodrigo, Linhares da Beira, Marialva, Sortelha e Trancoso.
Almeida, pelos muitos encantos da sua paisagem, pela sua história, pelos sabores e aromas inesquecíveis e pelos mistérios que nos desvenda a cada visita. Esta imponente vila fortificada em forma de estrela resiste ao tempo entre as planuras e profundezas do Vale do Côa.
Belmonte, coroada pelo seu castelo medieval, pela riqueza da sua história e recursos, pela sua fabulosa posição estratégica, que a fez dominar, desde tempos imemoriais, territórios e vias de comunicação.
Castelo Rodrigo, a mais autêntica das Aldeias Históricas de Portugal e galardoada pelas 7 Maravilhas de Portugal, pertencente ao concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, é um local de passagem obrigatório, devido à sua elevada riqueza patrimonial.
Castelo Mendo e Castelo Novo, a primeira a norte recheada de detalhes românico-góticos, a segunda na Serra da Gardunha cujo horizonte se perdes nas colunas.
Linhares da Beira, aldeia medieval do século XII, possui uma diversidade arquitetónica e artística ímpar, fruto do legado de várias épocas.
Marialva, em Mêda é outras das aldeias históricas cuja povoação apresenta raízes ancestrais, alta e inacessível, quase impossível de conquistar.
A aldeia Medieval de Sortelha, no concelho do Sabugal, tem quatro portas principais. Vai entrar por qual? Porta da Vila, Porta Falsa, Porta Nova ou Porta do Castelo?
E, por último, Trancoso, que possui um dos mais belos castelos de Portugal.
Mas há muito mais para conhecer na Serra da Estrela!
Conheça a melhor encosta da Estrela, conhecida com a entrada mais sublime para o ponto mais alto de Portugal Continental, em Gouveia.
Com portas para a Serra da Estrela, a Covilhã emite boa energia, refletida pelas capas dos estudantes que por aqui passam. As suas ruas contam histórias, e nelas encontramos o talento de vários artistas presente em murais, ilustrações, fotografias e grafittis, colocando o centro histórico da Covilhã em destaque no roteiro de Arte Urbana nacional, com obras de artistas vários naquele que é um dos mais importantes centros de produção de lanifícios do país.
É também nesta região que nascem os mais apetitosos petiscos da cozinha tradicional portuguesa, como é o caso do famoso queijo de Celorico da Beira, que, no atual contexto pandémico, o município de Celorico da Beira leva os sabores da Serra da Estrela até sua casa, através da plataforma Celorico com Gosto. A acompanhar, um belo vinho de Pinhel, a cidade Falcão ou o verdadeiro enchido de Fornos de Algodres.
Saborear um bom petisco e usufruir da paisagem é tudo o que podemos pedir à Primavera!
As encantadoras Aldeias do Xisto da Barroca e Janeiro de Cima, no concelho do Fundão, tornam a Serra da Estrela num dos locais mais procurados do interior. O tom castanho e ocre do xisto faz sobressair as flores colocadas em vasos na rua ou pendurados nas varandas pelas ruas inclinadas que se veem pela encosta da serra. É ainda aqui que pode adquirir alguns dos produtos endógenos regionais que fazem as delícias dos que por cá passam.
Guarda é a cidade mais alta de Portugal. Detentora dos cinco “F”, a cidade Forte, Farta, Formosa, Fria e Fiel, é dona de uma beleza incomparável. Convidamo-lo a conhecer a beleza do concelho através da Rede de Percursos Pedestres. São 52 quilómetros, repartidos por 5 itinerários, nos quais poderá descobrir rios e vales aprazíveis, aventurar-se por trilhos ancestrais que o levarão ao cume das serras e explorar aldeias.
Os passeios pedestres estendem-se pelo concelho de Manteigas, onde poderá descobrir mais de 200km de sensações únicas e onde poderá conhecer os caminhos tradicionais percorridos pelos pastores e populações serranas na sua jornada diária.
Os dias de primavera convidam-no ainda a outros desportos ao ar livre, como o BTT, pelo que sugerimos que escolha Seia, já que o território tem ao dispor mais de 150 km de trilhos cicláveis, por entre uma rede de Caminhos que percorre as ancestrais Aldeias de Montanha, desde o sopé ao topo do continente, e a Grande Rota das Aldeias Históricas (GR22) que atravessa a região.
Descubra uma Estrela diferente, visite o Geopark Estrela e, livremente, usufrua de um dos percursos interpretativos deste património único.
Cidade Jardim, cidade vinhateira que remete para jardins históricos e muito mais
Com mais de dois milénios de história, Viseu relaciona-se intimamente com a História do país. Tem como símbolo Viriato. A Cava do Viriato é, por isso, local de visita obrigatória, já que o desejo de reforçar a ligação de Viriato à cidade levou a que o herói lusitano aqui fosse eternizado e celebrado. Contudo, há muito mais para conhecer na Cidade Jardim. Percorra o Centro Histórico de Viseu, um autêntico “museu a céu aberto”. Da Catedral de Santa Maria ao Museu Nacional Grão Vasco há um vasto património histórico-cultural a descobrir.
Aproveite que está em Viseu, a cidade Vinhateira do Dão e experimente este néctar dos deuses. As castas espalhadas nas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela, dão origem a alguns dos melhores vinhos de Portugal, do Dão.
É de Viseu que partimos à descoberta de toda a Região de Viseu Dão Lafões. Pegue na bicicleta e arranque do Fontelo para conhecer a Ecopista do Dão, a mais longa de Portugal. Desenvolve-se na antiga linha ferroviária do Dão que ligava a Linha da Beira Alta a Viseu, numa extensão de 49,6km entre Viseu, Tondela e Santa Comba Dão.
Famosa pelas suas termas e também com mais de dois mil anos de história, as Termas de São Pedro do Sul recebem milhares de aquistas anualmente, é também considerada para muitos as melhores e maiores termas de Portugal e entre as melhores da Europa. Possuidora de uma natureza circundante de beleza ímpar, encontra-se rodeada pela Serra da Arada, pelo Monte de São Macário e pela Serra da Freita que, em conjunto com o Rio Vouga, faz transparecer ainda mais a beleza natural e o ar puro existente em São Pedro do Sul.
Mesmo ao lado, Oliveira de Frades encontra as suas origens num território com traços de mar e serra. É a porta principal de entrada nas Serras do Caramulo, do Ladário, da Gralheira, a caminho das penedias de Aquilino e da Serra-mãe, a da Estrela. Daqui quase se sente a brisa do mar salgado da Região de Aveiro, que ali se encosta.
Já que aqui está, conheça dois dos santuários marianos pertencentes aos Lugares de Fé do Centro de Portugal. Em Sátão, a Capela de Nossa Senhora da Esperança; e em Mangualde, o Santuário de Nossa Senhora do Castelo.
Para os amantes da natureza, está na região certa, na altura certa. Do Parque do Fontelo em Viseu, ao Parque Botânico Arbutus do Demo em Vila Nova de Paiva ou ainda a Reserva Botânica do Cambarinho, em Vouzela, são algumas das sugestões que lhe deixamos.
E Cabanas de Viriato, em Carregal do Sal, é a terra de Aristides de Sousa Mendes, o Cônsul Português em Bordéus que salvou a vida a milhares pessoas durante o holocausto nazi. É aqui que se encontram o Dólmen da Orca e a Orca da Palheira, dois importantes monumentos megalíticos do concelho de Carregal do Sal, a integrar a futura Rota do Megalitismo da Região Viseu Dão Lafões. E já que falamos em megalitismo não podemos esquecer que se encontra em Aguiar da Beira o Percurso dos Dólmens do Carapito, importante marco na nossa História Peninsular. Já em Penalva do Castelo podemos descobrir a Anta do Penedo do Com, mais um monumento funerário coletivo relembrando a importância histórica e megalítica desta região.
Castro Daire apresenta-se na zona serrana, quase que intocável onde a natureza se invoca de uma forma imbatível. É aqui que se localiza a Aldeia de Montanha de Campo Benfeito, na Serra de Montemuro. É numa antiga escola à porta da aldeia que encontramos o local onde seis mulheres rodeadas de teares, linho e burel criam peças únicas e singulares, conhecidas e vendidas em todo o país.
É em Nelas que sugerimos que parta à descoberta dos Jardins Históricos do Centro de Portugal. Inserida na região vinhateira do Dão, a Vila de Santar possui a particularidade única de ser atravessada por terraços de jardins em contínuo. Sugerimos que inclua esta visita no seu roteiro e parta à descoberta dos exuberantes jardins destes magníficos espaços em Santar: Casa dos Condes de Santar e Magalhães, Casa da Magnólia, Jardim da Igreja da Misericórdia, Jardim dos Linhares, Casa Ibérico Nogueira e Casa das Fidalgas, entre outras casas.
Falemos agora de iguarias pois a gastronomia regional é uma delícia. A irresistível Vitela assada de Lafões, o Entrecosto com Chouriço e Grelos ou o Arroz de Carqueja, acompanhados com um belo copo de vinho do Dão. Outra sugestão que lhe deixamos é a Maçã Bravo de Esmolfe, uma suculenta e irresistível delícia originária de Penalva do Castelo, um produto certificado exclusivamente português.
Planeie uma visita ao Centro de Portugal na primavera. Aproveite as nossas sugestões para fazer viagens inesquecíveis. Tire muitas fotografias! Renove-se e viva intensamente a Primavera no Centro de Portugal!
São muitas as unidades hoteleiras que disponibilizam interessantes programas cuidadosamente elaborados a pensar em si. E todos os dias, os restaurantes do Centro de Portugal esmeram-se na preparação de ementas especiais, para lhe proporcionar agradáveis momentos de convívio.
E as atividades em tempo de primavera? Tal como a estação que as traz, também elas se renovam, multiplicam e animam o Centro de Portugal.
Aproveite as nossas sugestões e espreite todos os nossos eventos AQUI.
