Calce as sapatilhas e siga-nos nesta viagem por alguns dos melhores exemplos de ecoturismo em Viseu Dão Lafões.

São 14 os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal de Viseu Dão Lafões: Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frade, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Santa Comba Dão, Sátão, Viseu e Vouzela. Esta é uma região que tem apostado no turismo de natureza, associando percursos pedestres com as grandes e pequenas rotas, ecopistas, subidas épicas e centros de BTT e Trail.

O ecoturismo surge, por vezes, descrito como sendo o segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva sua conservação, e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do meio ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas. Numa região tão vasta, com infinitas riquezas naturais, assim como um forte património histórico-cultural, que facilita a prática das mais variadas modalidades de turismo ecológico e desportos de aventura, o ecoturismo está, naturalmemente, a consolidar-se.

Percursos Pedestres

Grande Rota da Transumância I O mais curioso espetáculo pastoril da terra portuguesa

Os mais de 30 km de caminhos percorridos ao longo desta Grande Rota ficam muito aquém da imensidão de quilómetros percorridos por ovelhas e pastores nas tradicionais rotas de Transumância. Uma prática ancestral, conhecida documentalmente desde a Idade Média, mas porventura tão antiga quanto a relação do ser humano com estes animais. A Transumância é, sem dúvida, um dos maiores movimentos nómadas realizados pelo Homem. Consiste na mobilização de rebanhos, por norma sazonal, entre as pastagens de Inverno e de Verão e vice-versa. Pastores e animais caminhando e deslocando-se ao sabor das estações e com eles, alterando as paisagens naturais, sociais e culturais dos territórios percorridos. Em Castro Daire, terra enraizada nesta tradição secular, existem imensas estruturas que outrora suportavam estas massivas deslocações: abrigos para pastores e gado, canadas e lameiros. Ao maioral, líder dos pastores em transumância, cabiam as responsabilidades logísticas e de comando do maior movimento nómada conhecido em Portugal.

Rota da Transumância

Descrição do Percurso

A GR52 parte das imediações de Casais do Monte, seguindo pela cumeada da serra de S. Lourenço por trilhos com panoramas para todos os quadrantes, limitados no horizonte pela altura e vastidão das serranias do centro norte de Portugal. Avança pelas povoações de Mões, Pereira, Casais de Dona Inês e Ribolhos, descendo depois até ao vale do rio Paiva. Atravessa o rio pela ponte da N2 e sobe por uma bem preservada calçada romana até ao centro histórico de Castro Daire, permitindo a descoberta das suas riquezas patrimoniais. Afasta-se da urbe, por caminhos entre campos agrícolas e pinhais, e sobe uma ligeira encosta, no topo da qual se têm belos panoramas para as serras da Freita e da Arada, bem como para o vale do rio Vidoeiro. Ao passar as poldras do rio Vidoeiro, inicia a mais exigente e espetacular etapa, a da subida ao Montemuro. A paisagem periurbana de Castro Daire dá lugar às encostas despidas de floresta, exaltadas na primavera por uma multitude de cores criadas pelas flores da giesta, do rosmaninho, da urze e da carqueja. Passa pela aldeia de Vilar, culminando na chegada à Cruz do Rossão, onde as paisagens são de espetacularidade indescritível.

Grande Rota do Mondego – Um rio cantado por poetas

O maior rio integralmente português nasce a cerca de 1525 m de altitude, nas proximidades do Vale de Rossim, na Serra da Estrela. No seu percurso de 258 km até ao Atlântico, atravessa grande diversidade de habitats

e ecossistemas, que se foram transformando e adaptando à ação humana, constituindo nesta etapa da GR48fronteira natural entre os territórios do distrito de Viseu e de Coimbra.

Na orla do Mondego, apesar das recentes catástrofes causadas pelos incêndios florestais, a fauna e flora restabelece-se, pouco a pouco. Entre a vegetação autóctone observa-se o medronheiro (Arbutus unedo), a esteva (Cistus sp.), a giesta-branca (Cytisus multiflorus), o tojo (Ulex minar), as urzes (Erica sp.) e o rosmaninho (Lavandula pedunculata subsp. pedunculata). A floresta é dominada pelo pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e nas galerias ripícolas, junto à água, ocorre com frequência o amieiro (A/nus glutinosa) e o choupo-negro (Populus nigra).

Descrição do Percurso

O percurso parte de uma bela ponte em granito sobre o Mondego, conhecida localmente como ponte da Atalhada, no meio da qual se podem contemplar belas perspetivas para o rio, em área com frondosa galeria ripicola. Deste ponto, é passivei optar pela variante GR48-1, que segue em sentido contrário ao do percurso, subindo o Mondego cerca de 6 km até encontrar um belo açude, em área mais aberta, repleta de grandes lajes graníticas, algumas das quais com marmitas de gigante. No mesmo lugar, podem observar-se as antigas Azenhas do Canal. Seguindo pelo traçado da GR48, quase sempre por caminhos florestais, atravessam-se áreas florestais de produção (pinheiro e eucalipto) e áreas mais selvagens, por norma nas proximidades do leito do Mondego. Ao longo destes 14 km atente não só às curvas e contracurvas do rio, a momentos mais enérgico e pujante, noutros mais aberto e pausado, mas também à vegetação arbustiva e floristica que, especialmente na Primavera, proporciona colorido espetáculo de vida. Ao chegar à Sra da Ribeira de Parada, lugar ideal para uma pausa, pode optar pela variante GR48-2 e através dela subir a encosta até à povoação de Parada e visitar o seu antigo Lagar de Varas.

Rota da Cabra e do Lobo – Uma relíquia natural, geológica e humana

Há caminhos que nos ficam na memória e a Rota da Cabra e do Lobo é um deles. Uma viagem que se transforma numa genuína imersão num mundo tão inimaginável quanto surpreendente. Tudo aqui se expressa de forma inesperada, com a brutalidade e a subtileza dos lugares míticos do imaginário greco-romano.

As rochas, tal como os nossos ancestrais humanos, parecem buscar a verticalidade; os estratos altamente transfigurados ou dobrados quase nos permitem compreender a dimensão das forças tectónicas; a natureza, tanto se apresenta selvagem e antiga, como magnificamente moldada pelas populações que aqui se mantêm, num isolamento tão profundo quanto os vales onde se instalaram; as aves de rapina vigiam os céus, lá no alto; os pássaros, chilreiam desenfreadamente; o gado bovino pasta livremente e a restante fauna continua alerta aos passos humanos. No caminho ao longo da ribeira da Pena houve até uma cabra que matou um lobo!

Descrição do Percurso

Embora o percurso tenha início na pitoresca aldeia da Pena, a estrada que lhe dá acesso pode já ser considerada parte desta viagem, levando-nos às profundezas da terra, onde então encontramos esta aldeia erguida em xisto e guardada por maciças encostas. Rumo a noroeste, o caminho sobe a Serra de São Macário, primeiro em área florestada e mais acima num mundo pedregoso, onde recomendamos especial atenção às vertentes íngremes. Até à aldeia de Covas do Monte as paisagens são maiores que o mundo, sobretudo nas vertentes norte e este e, ainda no alto, somos impressionados pela geometria dos terrenos de cultivo desta aldeia que iremos atravessar. Segue-se nova subida hercúlea, sempre imerso na vastidão montanhosa, até ao longe já se avistar a aldeia de Covas do Rio, à qual chegamos depois de alguns ziguezagues pela área florestal que a envolve. Agora em direção a sul, o ex-libris do percurso, o caminho onde o morto matou o vivo. Sobre xisto, caminhamos com a riba da Pena ao fundo e um conjunto florístico autóctone de rara riqueza. Sucedem-se pequenas cascatas e lagoas, o caminho transforma-se numa escadaria e eis que surge a Livraria da Pena, mesmo antes do retorno quase milagroso à aldeia da Pena.

Rota do Míscaro – Entre o Vouga e a Serra da Fraga

O míscaro é uma deliciosa iguaria que a Natureza oferece ao Homem. Este, desde tempos imemoriais, colhe-o para se alimentar, colhe-o para se alimentar. Nos mais belos pinhais de Sátão, capital do míscaro, cresce pois o afamado cogumelo amarelo (Tricholoma equestre). São esses os locais que a Rota do Míscaro pretende dar a conhecer, num percurso de elevada beleza paisagística, não estivesse ele enquadrado na bacia hidrográfica do rio Vouga.

O valor desta caminhada não se esgota no património natural, estendendo-se a um património histórico e religioso ímpar de que é exemplo o Santuário de Nº Sr. dos Caminhos, cuja romaria ocorre no domingo da Santíssima Trindade (8º domingo depois da Páscoa) e acolhe milhares de pessoas.

Descrição do Percurso

O percurso inicia-se em Rãs, no Santuário de Nº Sr. dos Caminhos, com as suas curiosas colunas erguidas aos céus. Parte então rumo a norte pela margem esquerda do rio Vouga, inicialmente pela estrada asfaltada que cruza a ribeira de Brazela e depois por caminhos de pé posto acompanhando o seu trajeto, visitando um velho moinho e atravessando áreas de cultivo ou zona florestal, consoante mais próximo ou afastado da linha de água.

Depois de cruzar o Vouga, sobe até ao imponente Convento do Sr. Sto. Cristo da Fraga e daí até alto da serra, oferecendo ao longo desse troço deslumbrante tela do vale do Vouga. Ao atingir a Capela de S.Matias, pode retemperar as forças enquanto aprecia uma magnífica vista panorâmica. Desce por uma zona de pinhal e afloramentos graníticos e segue por campos de cultivo, onde sobressaem aveleiras históricas, até ao monumental conjunto do Convento de Sta. Eufémia. Implantado sobre um regato, conversa os portais românico-góticos originais. Atravessa depois Vila Boa e segue por área florestal até de novo encontrar o Vouga, que ultrapassa por poldras.

Para terminar, nada como um mergulho na praia do Trabulo, espaço de lazer e contemplação da flora e fauna.

Percurso Pedestre do Cambarinho I Dão, das origens ao esplendor

A pequena extensão deste percurso contrasta com o grande espetáculo botânico existente no pequeno vale onde corre a Ribeira de Cambarinho. O Loendro, nome local dado à espécie Rhododendron ponticum subsp. baeticum, que, em verdade científica corresponde ao Rododendro e não ao Loendro (duas famílias distintas designadas em Portugal com o mesmo nome comum), têm nesta Reserva Botânica um lugar protegido para continuar a florir.

A primeira referência documental a este arbusto consta da carta de couto dada a Alcofra por D. Afonso Henriques, onde é referido o Rio Joandro (atual Rio Alcofra), que à altura corresponderia a Rio Loendro, dada a abundância da planta nas suas margens. Já o vigário de Campia, em 1758, alertava para o seguinte: … produz o tal Alfusqueiro nas suas margens huma planta chamada Loendreiro que he tam venenosa, que se algum bruto a come em grande quantidade passa muito mal cazo que nam morra…

Descrição do Percurso

O percurso ao longo da Reserva Botânica de Cambarinho, criada em 1971 e integrada na Rede Natura 2000, permite na sua extensão descobrir parte dos 24 ha que a formam. Nessa descoberta, o Rododendro (localmente, Loendro) surge em forma de galerias ao longo dos cursos de água ou nos solos húmidos das encostas onde existem nascentes de água subterrâneas. No período de floração, entre final de abril e junho, as suas flores denunciam-no a largos metros de distância. Nas restantes épocas do ano, há que aproximar-se um pouco mais e analisar as suas folhas. Sendo este um percurso de exclusiva interpretação ambiental, em convivência com esta espécie de arbusto unanimemente considerado um endemismo ibérico raro, existem ao nível arbóreo espécies como o pinheiro-bravo (Pinus pinaster), o carvalho-alvarinho (Quercus robur), o carvalho-negral (Quercus pyrenaica) e, junto às linhas de água, o amieiro (Alnus glutinosa). Ao nível florístico, a raríssima Veronica micrantha. Já ao nível faunístico, pode encontrar a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), o sapo-parteiro-comum (Alytes obstetricans), a rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi) ou a rã-ibérica (Ranaiberica).

Percurso do Dão – Início Nascente do Rio Dão – Dão, das origens ao esplendor

O planalto granítico de Aguiar da Beira-Trancoso assume neste território o papel de coração pulsante, lugar de nascimento e dos primeiros passos de cursos de água que se escapam para quase todas as direções da rosa dos ventos. O Távora encaminha-se para noroeste, ao encontro do Douro; o Vouga serpenteia rumo a poente, até em Aveiro formar uma das rias mais idiossincráticas do País; e o Dão, nascido na povoação de Barranha, atravessa em vale encaixado o planalto de Aguiar, descendo rumo a sudoeste até às águas do Mondego.

Ao longo do percurso acompanhamos os estágios iniciais de um rio que é artéria fundamental do eixo nordeste-sudoeste deste território de Viseu e Dão Latões. No ponto que lhe é berço não se lhe reconhece ainda o movimento que o torna rio, mas num ato quase mágico, quando o voltamos a encontrar é já o curso de água que caracteriza a mais antiga região demarcada de vinhos não licorosos do País.

Descrição do Percurso

O percurso parte do local que há séculos é tido como o ponto de nascimento do Dão, entre duas lajes graníticas, na povoação de Barranha, freguesia de Eirado. Nela pode observar vestígios da arquitetura vernacular granítica, dirigindo-se para o planalto de Aguiar e atravessando áreas de agricultura familiar onde se evidencia a presença de castanheiros e de vinha. Atravessa depois um pequeno pinhal, onde encontra, no seu ventre, a Capela do Nº Sr. Do Castelinho, com notável alpendre, num lugar aberto e aprazível, com perspetivas panorâmicas para as serranias a este. Ao sair do pinhal, depois de pequena extensão em estrada asfaltada (EN330), flete à direita, por caminho de terra batida, ao encontro do troço mais selvagem e imponente do percurso, entre impressionantes afloramentos graníticos e horizontes de perder a vista para sul e sudoeste.

O Dão circula já à sua direita, no fundo de um vale encaixado, invisibilizado pela galeria ripícola que o protege. Desce ao seu encontro e atravessa-o pela primeira de seis vezes, seguindo-se vários quilómetros de travessia ao longo das suas margens, cruzando as povoações de Porto de Aguiar, Dornelas e terminando nas imediações de Forninhos.

Centros de BTT

Percurso de Nelas (Fácil)

É um percurso rolante dirigido a ciclistas em iniciação, com pouca experiência e resistência física. Desenvolve-se em piso rijo ou asfaltado e sem obstáculos. Explora a vertente norte do concelho de Nelas, percorrendo o mosaico agricola e vinícola de Vilar Seco e Santar. Com um desenho quase em forma de 8, atravessa também o centro urbano de Vilar Seco antes de retornar à Quinta da Cerca. O primeiro loop é curto e vocacionado ao utilizador mais infantil.

Centro de BTT Nelas (Difícil – Nível 3)

É um percurso dirigido a ciclistas com experiência, boa capacidade técnica e resistência física. Desenvolve-se em piso bastante variável, com algumas passagens tecnicamente exigentes. Explora a vertente norte e oeste do concelho, atravessando as vinhas de Santar, Moreira de Cima, Aguieira e Canas de Senhorim. Flete para norte, entre mosaico agrícola e florestal, até Carvalhal Redondo. Atravessa o centro de Nelas e segue para Vila de Senhorim antes de retornar à Quinta da Cerca.)

Centro de BTT Castro Daire (Muito difícil – nível 7)

É o maior percurso do Centro de BTT e dirige-se a ciclistas com bastante experiência e elevada resistência física, tendo muitas passagens técnicas e trilhas de todo o tipo. Partilha o traçado com o percurso preto 6 à excepção do troço que conecta Castro Daire a Mezio, que se desloca para nascente, atravessando as povoações de Cujó e Almofala, antes de fletir para o coração da Hontemuro. A partir da Ermida da Paiva (MN), acompanha a curso da rio até Castro Daire.

Trails

Trail Vila Nova de Paiva – 1

Este é um percurso acessível a todos os praticantes, desenvolvido na área florestal que envolve o Porque Botânico Artutus do Demo, ex-líbris botânico do concelho de Vila Nova de Paiva. A sua curta distância, aliada a um desnível muito suave, a rondar os 60m, é propícia à iniciação ao Trail Running. O Traçado, por se desenvolver m área florestal, permite aos praticantes percorrê-lo quase inteiramente sob a sombra de imponentes árvores e sempres sobre piso regular.

Trail Vila Nova de Paiva – 5

Está no troço final do percurso, percorridos cerca de 45 km, na berma das convidativas águas do Paiva, em plena praia fluvial de Fráguas. Povoação rica em histórias, foi outrora propriedade do Mosteiro de Arouca, juntamente com Vila Nova de Paiva, à altura designada de Barrelas. A primeira referência conhecida à terra é do longínquo ano de 961, quando ainda se apelidava de Frávegas, e chegou a ser concelho com foral dado por D. Manuel I em 1514, memória materializada no belo Pelourinho implantado no centro da povoação.

Conheça estas e outras sugestões no site Visit Viseu Dão Lafões.

Ecopista do Dão

A Linha do Dão foi das primeiras vias-férreas de bitola estreita (via métrica) de Portugal, tendo sido inaugurada a 25 de novembro de 1890.

Com início na estação de Santa Comba Dão, onde intersectava a Linha da Beira Alta, a Linha do Dão viria ainda a passar por Tondela, atravessando as terras do Dão, até chegar à estação de Viseu numa extensão total de 49,2 Kms. A partir daqui viria a ligar à Linha do Vouga que estabeleceria a ligação até Aveiro interligando com a Linha do Norte.

Em agosto de 1972, o serviço de mercadorias foi suspenso, sendo a Linha do Dão totalmente encerrada em 25 de setembro de 1988. Entre 1997 e 1999 os carris foram levantados, bem como o balastro e as travessas, tendo todo o património edificado ficado ao abandono.

A Ecopista do Dão desenvolveu-se ao longo do antigo ramal ferroviário do Dão, numa extensão de 49,2 Kms e atravessa os concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão.

No site da Ecopista do Dão poderá encontrar diversas propostas de tours, para fazer, com diferentes níveis de dificuldade.

Projetos Eco Sustentáveis

Casa das Palmeiras I Mangualde

Com o olhar na sustentabilidade e o respeito pelos animais, a quinta foi-se transformando dando lugar a um espaço onde se vive uma verdadeira experiência no campo em comunhão com a natureza e as tradições da aldeia. Conta com uma quinta pedagógica, uma horta bio, um jardim dos aromas e uma piscina biológica.

Eco-Aldeia de Cabrum I Eco Life Experience I Viseu

Esta aldeia de 22 hectares, situa-se na freguesia de Calde, e ocupa um vale com vista para a Serra da Arada, com a ribeira de Cabrum a limitar os concelhos de Viseu e Castro de Aire. Conta com 7 residentes. A Eco-aldeia de Cabrum tem valências em Agricultura Biológica, Bio-construção, Arte, Educação Livre, Saúde, Espiritualidade, e Economia Alternativa, e proporciona Experiências de Vida Eco Personalizadas de 3, 7 e 15 dias.

Sistema público de bicicletas partilhadas, bora!

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões apresentou a 11 de julho de 2024, o Sistema Público de Bicicletas Partilhadas de Viseu Dão Lafões. O projeto, que está já disponível para os utilizadores, visa promover a adoção de hábitos de vida mais saudáveis por parte da população e contribuir para uma mobilidade mais sustentável no território.

Designado por bora!, o sistema já está disponível nos municípios que compõem a CIM e é constituído por 153 bicicletas, disponíveis em 245 docas e 39 estações localizadas em vários pontos dos municípios. A utilização é gratuita pelo período de 60 dias, para incentivar a utilização.

Com a implementação do sistema bora!, a CIM Viseu Dão Lafões pretende estimular práticas favoráveis à qualidade de vida das populações a longo prazo e que promovam a defesa do meio ambiente.

Pretende-se que este projeto-piloto seja indutor de mudança ao nível da circulação viária nas zonas urbanas, por via do reforço da oferta de opções de mobilidade suave, ao mesmo tempo que promoverá práticas mais saudáveis, potenciadoras do bem-estar e incremento da qualidade de vida das populações.

As bicicletas bora! destinam-se a todos os que se deslocam nos espaços urbanos de Viseu Dão Lafões. Afirma-se assim como uma alternativa saudável e ecológica, que possibilita que as deslocações quotidianas possam ser realizadas sem modos de transporte individual poluentes, reduzindo as emissões de CO2 e contribuindo para uma região mais amiga do cidadão e do ambiente.

O projeto bora! surge no âmbito do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) da CIM Viseu Dão Lafões e, além das bicicletas, promoveu a criação de novas ciclovias e vias pedonais no perímetro urbano dos municípios da região.

Há duas formas de utilizar as bicicletas da rede bora!: através de um cartão de utilizador ou através de uma aplicação para telemóvel. Em ambas as vertentes, a primeira coisa a fazer é tornar-se utilizador da rede, efetuando a inscrição nos serviços de atendimento dos municípios. Depois, basta passar o cartão de utilizador na doca da estação, ou usar o telemóvel (no caso da app), para desbloquear a bicicleta.

O horário de funcionamento do sistema é das 08h00 às 20h00, todos os dias, e cada utilização decorre por um período máximo seguido de uma hora, devendo o utilizador devolver a bicicleta a um dos parques dentro deste período. Por dia, só poderá utilizar as bicicletas por um período total de duas horas.

Cada bicicleta bora! só pode ser utilizada dentro do perímetro urbano do concelho em que foi levantada. Por exemplo, as bora! afetas ao município de Aguiar da Beira só podem circular em Aguiar da Beira, mas o cartão ou app de utilizador permite a utilização deste sistema em qualquer município.

Todos os utilizadores dispõem automaticamente de um seguro de responsabilidade civil e de acidentes pessoais. As bicicletas bora! podem ser utilizadas por maiores de 18 anos, ou por quem tenha mais de 16 anos, desde que o respetivo encarregado de educação fique responsável por todos os aspetos da utilização.

O projeto bora! beneficiou de financiamento comunitário, ao abrigo do Programa Operacional do Centro. O custo total, em duas fases, ascendeu a quase 5,1 milhões de euros, dos quais 4,3 milhões são provenientes de fundos europeus.

Aqui entre nós, ainda há muito para conhecer!