“A oliveira
De volume prateado,
Severa e suas linhas,
Em seu torcido coração terrestre:
As graciosas azeitonas
Polidas pelos dedos que fizeram
A pomba e o caracol marinho:
Verdes, inumeráveis,
Puríssimos mamilos da natureza,
E ali nos secos olivais
De onde tão somente o céu azul com cigarras,
E terra dura existem,
Ali o prodígio,
A cápsula perfeita da oliva
Preenchendo com suas constelações as folhagens,
Mais tarde as vasilhas, o milagre,
O Azeite.”

Pablo Neruda

O olivoturismo representa uma panóplia de atividades turísticas baseadas no azeite, na azeitona e na oliveira, com expressão particular na Bacia Mediterrânea. Na região Centro a área ocupada por olival (65.000 ha), representa cerca de 18% do total da área a nível nacional.

O Centro de Portugal conta já com alguns espaços dedicados especificamente a este tema, como o Museu do Azeite, em Belmonte; o Núcleo Museológico do Azeite, em Idanha-a-Nova; o Lagar de Azeite Varas ou o Espaço Museu do Azeite das Sarnadas de Ródão, em Vila Velha de Ródão;  o Lagar da Farrugenta, em Vila de Rei; o Museu do Azeite, em Oliveira do Hospital; ou o Museu do Azeite de Fátima, em Ourém.

A estes, acresce a possibilidade de visitação a produtores de azeite, alojamentos, eventos, ou empresas de animação turística que já se estruturaram em torno desta temática.

Acompanhe-nos numa viagem sensoarial pelo Centro de Portugal e conheça as experiências de olivoturismo que deve, obrigatoriamente, desfrutar no Centro de Portugal. Marque já a sua experiência!

Espaços Museológicos

Museu do Azeite, em Belmonte
O principal objetivo deste equipamento, é dar a conhecer ao visitante as técnicas da produção do Azeite e a importância que este teve na economia local.
O Museu desenvolve-se em três pisos, contando no exterior com uma área de lazer, com a preservação de um olival e onde se localizarão a maioria dos suportes informativos, com os seguintes temas: “A Oliveira e a Civilização”, “A Oliveira em Portugal”, “Olivais da Cova da Beira”, “A importância Ecológica do Olival”, “Ciclo anual da cultura da oliveira e produção de azeite” e “Introdução à tecnologia do Lagar de Belmonte”.
Este espaço é multifuncional, pois no seu interior pode funcionar um restaurante panorâmico, que se pretende grande qualidade e uma cafetaria, para além de serem abordados temas ligados à “Explicação do Processo Produtivo Local”, “Tipos de Azeite” e “O Futuro do Azeite – Experiências de Valorização

Núcleo Museológico do Azeite, em Idanha-a-Nova
O Complexo Lagares de Proença-a-Velha, Núcleo do Azeite, é uma cidade velha da Beira, um notável exemplo de síntese arquitectónica e funcional onde se concentraram vários aspectos relacionados com a obra dos grandes proprietários. Instalada na periferia da cidade, sua estrutura é complexa devido à integração de diversas funções e equipamentos. Neste caso, além da casa e das palhas, incorpora duas prensas de óleo, uma com duas prensas de haste e um anel de três galões com tração animal, e a outra mecânica, com duas prensas hidráulicas. Possui ainda outros elementos mecânicos, como uma morsa central com dois enormes blocos de pedra como pesos suplementares e uma talha de fabricação industrial, mas com tração hidráulica. Uma das palheiras é uma galeria expositiva, com uma síntese da problemática do azeite em Portugal; a outra é uma moderna unidade de extração de petróleo. Existe também um espaço de oficinas para o público escolar.

Lagar de Azeite Varas, em Vila Velha de Ródão
O Lagar de Varas do Cabeço das Pesqueiras situa-se a nordeste do bairro do Cabeço das Pesqueiras, na margem esquerda do ribeiro do Enxarrique, próximo do rio Tejo, em Vila Velha de Ródão.

Adquirido pela autarquia em 2007 e alvo de requalificação em 2011, trata-se de um edifício construído em alvenaria típica da região (xisto e quartzito), onde podemos conhecer todas as etapas da produção de azeite, desde os métodos primitivos até aos sistemas mecânicos. No piso superior, está patente a exposição “O Azeite: Oiro de Ródão”.

Propriedade da família Pinto Cardoso, o antigo Lagar de Varas reunia um conjunto de características cuja singularidade levou a Câmara Municipal a adquiri-lo e a propor a sua classificação como Património de Interesse Municipal. Após uma reconstrução cuidada, foram definidas novas utilizações para o espaço do Lagar e seus anexos, de modo a serem visitáveis como polo museológico e preservarem e valorizarem todo o espólio.

O Lagar de Varas do Cabeço das Pesqueiras é assim um monumento que documenta todas as fases históricas do fabrico do azeite, desde o uso da energia humana e animal até à hidráulica e à mecânica. Num concelho onde existem muitos testemunhos materiais da lagaragem, estamos perante o exemplar mais completo, pois mostra um conjunto de sistemas utilizados no fabrico do azeite e o edifício em xisto preserva os materiais de construção tradicionais desta região.

O Lagar de Varas do Cabeço das Pesqueiras é apresentado numa perspetiva territorial enquadrada em todo o tipo de património associado à produção do azeite existente no concelho, com testemunhos históricos e atuais: desde os olivais nas várias fases da produção da azeitona até aos lagares de tecnologias tradicionais e de tecnologia de ponta a funcionar atualmente. 

Espaço Museu do Azeite das Sarnadas de Ródão, em Vila Velha de Ródão
O Núcleo Museológico do Azeite, em Sarnadas de Ródão, complementa o Lagar de Varas, em Vila Velha de Ródão, documentando todas as frases do fabrico de azeite, desde a entrada da azeitona até à saída do líquido dourado.

Este espaço preservou o monumento do azeite da primeira metade do século XX, estando nele representada uma fase do fabrico do azeite marcada pela inovação, pela sua estrutura arquitetónica e pelos mecanismos utilizados. Regista assim uma etapa inovadora no fabrico de azeite no concelho, enquanto o Núcleo Museológico do Lagar de Varas documenta outra mais antiga.

Estamos perante um antigo lagar recuperado e constituído por três salas. Na sala de receção estão expostas as tulhas em granito, a balança onde era pesada a azeitona, o senfim elétrico de transporte da azeitona para o pio de moenda, a bomba de pressão de água que acionava os dispositivos hidráulicos e o desterroador de bagaço. Na sala das máquinas, encontram-se os pios metálicos da azeitona e duas prensas hidráulicas com as características seiras. A sala do azeite mostra as tarefas de decantação, as medidas e os pequenos objetos do mestre lagareiro.

No Núcleo Museológico do Azeite podemos encontrar testemunhos culturais que mostram ao visitante como estas terras de azeite souberam sempre incorporar tecnologias atualizadas para produzir o precioso líquido. 

Lagar da Ferrugenta, em Vila de Rei
O lagar é movido com a força da água da Ribeira da Galega. Provavelmente com mais de dois séculos de existência, funcionava com o sistema de prensa de vara ou “a sangue”, que significa que era movida pela força de dois homens. Possui um notável conjunto com cerca de 80 tulhas onde cada cliente armazenava a sua colheita de azeitona antes de ela entrar no lagar. Em 1953 ganhou novo equipamento e passou a ter prensa hidráulica. No início do séc. XXI foi restaurado depois de ter sido completamente destruído por um incêndio florestal e acolhe agora exposições temporárias.

O lagar pertence aos proprietários da unidade de alojamento localizada na aldeia – Casas de Água Formosa. Aproveite a companhia dos proprietários para uma visita guiada ao seu interior e envolvente.

Museu do Azeite, em Oliveira do Hospital
Foi com base num saber que ultrapassa os 30 anos de contacto direto com o mundo da azeitona e do azeite que António Dias, Bobadelense nascido e criado e a família mais próxima sonharam um museu construído de raiz. Após partilha com o arquiteto Vasco Teixeira, este idealizou um edifício em forma de ramo de oliveira, onde facilmente se mergulha no tempo enquanto se percorrem azeitonas e folhas gigantes.

O Museu do Azeite surge numa pequena elevação sobre as milenares ruínas romanas de Bobadela (Oliveira do Hospital). À sua frente ergue-se, imponente, a Serra da Estrela, ícone do território beirão.

Através da recriação de contextos históricos que não se ficam pelo património material, o espólio do Museu do Azeite dá destaque às máquinas e processos criados ao longo dos tempos pelos homens para a extração de azeite. Um óleo vegetal precioso – até sagrado – que, nas suas múltiplas utilizações, como sejam, a alimentação, a iluminação, a medicina e a higiene, se tornou num dos produtos agrícolas mais importantes de cada período histórico e do qual Portugal é ainda hoje o quarto produtor a nível mundial.

Este espaço inovador e diferenciador, que ambiciona deixar a sua marca turística na Região, propõe-se, assim, a conjugar a valorização histórica e patrimonial com a fruição turística, criando um espaço de salvaguarda do património histórico e imaterial, bem como de divulgação das tecnologias de produção de azeite. Um Museu cuja missão é preservar saberes e peças seculares específicas de uma identidade comum.

Museu do Azeite de Fátima, em Ourém
A Cooperativa de Olivicultores de Fátima foi constituída em 1951. Na altura o lagar arrancou com três prensas e um moinho de galgas troncocónicas. O Museu do Azeite, criado na cooperativa, conta a história do fabrico do azeite, apresentando os ancestrais equipamentos que eram usados no passado. O museu organiza também provas de azeite e tem uma loja de produtos locais, como mel, queijo ou vinho, além do azeite.

Espaços de produção visitáveis

Casa Féteira, em Porto de Mós
As gentes do concelho de Porto de Mós têm um carinho extraordinário por várias espécies de azeitona mas, sobretudo, pela galega. A Casa Féteira, com 12ha de olival, é onde se produz um azeite biológico de elevada qualidade. Disponibiliza visitas guiadas simples gratuitas ao lagar e ao olival, bem como visitas completas com degustação para aqueles que desejam aprofundar o conhecimento sobre a história da região e o processo de extração de azeite.

Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Fundão, no Fundão
Constituída no dia 4 de Janeiro de 1962, desde essa data, instituiu-se a sua sede em Vale de Canas, onde ainda hoje se situa. Atualmente a Cooperativa conta com mais de 2 mil associados que originam uma produção anual média que ronda as 2 mil toneladas de azeitona.

Sociedade Agrícola Ouro Vegetal, em Abrantes

Azeite Gallo, em Abrantes

Casa Anadia, em Abrantes

Val Escudeiro, em Abrantes

Cooperativa Agrícola “Casal das Sornadas”, em Abrantes

Luís Filipe Gameiro dos Santos, em Torres Novas

Lagar de varas no lugar da Ponte Velha da Cabreira, em Góis

Sabia que?

Em Mouriscas, concelho de Abrantes, existe, desde tempos imemoriais, uma importante atividade artesanal de trabalho em esparto. Desde meados do séc. XX, passou-se a usar o cairo para produção de seiras e capachos, utilizados no processo tradicional de produção de azeite, que tende a extinguir-se, devido ao reduzido número de artesãs que ainda a desenvolvem e à modernização dos lagares.

A comunidade mourisquense sempre valorizou a produção de seiras e capachos, surgindo o termo esparteiro em múltiplas dimensões da sua toponímia. Apesar da aposta que em tempos se fez na diversificação da produção, com tapetes e carpetes em cairo, esta é uma atividade que tende a desaparecer.


O Município de Abrantes decidiu conceber um projeto tendo em vista a recuperação da produção em cairo, em moldes tradicionais, que candidatou ao Programa Tradições da EDP 2018/2019, tendo sido um dos premiados e alvo de financiamento.

 No âmbito do projeto, está a ser efetuado o levantamento e registo da história e das técnicas associadas à atividade dos esparteiros. Produzir-se-ão instrumentos e ferramentas usados na produção de seiras e capachos. Para além disso, capacitar-se-ão monitores e jovens artesãos na arte de entrelaçar, os quais se apresentarão publicamente em eventos de âmbito local e nacional.

Neste projeto, o Município trabalhará em parceria com a Junta de Freguesia de Mouriscas, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes, o Grupo Etnográfico Os Esparteiros de Mouriscas, o CRIA — Centro de Recuperação e Integração de Abrantes e a empresa Sifameca — Sociedade Industrial de Fabricação Mecânica de Seiras e Capachos.

Eventos


Festival do Azeite, Celorico da Beira
Organizado pela Junta de Freguesia de Vale de Azares, o evento visa promover e valorizar o azeite e o olival, de indiscutível qualidade e que constituem um dos maiores tesouros do mundo rural, numa altura em que, cada vez mais, os nutricionistas apregoam os benefícios do azeite de oliva enquanto gordura saudável e indissociável da dieta mediterrânica.

Nota: A última edição deste festival ocorreu em 2019, sendo que não existe ainda informação de quando voltará a ocorrer.

Festival do Azeite e das Ervas Aromáticas, Alcanena

Numa organização do Município de Alcanena o Festival do Azeite e das Ervas Aromáticas, que envolve restaurantes e pastelarias do concelho. O objetivo é divulgar alguns dos sabores mais peculiares desta região, associados à cozinha tradicional e popular das gentes das serras, de Aire e Candeeiros, e do bairro, terras prenúncio do Tejo, uma gastronomia com sabores apurados, que dependem da arte do tempero, do azeite cru ou das ervas aromáticas. Aqui, é possível encontrar ainda, antigos sabores, herdados da arte culinária de uma mesa que, sendo pobre, substituiu a variedade pela imaginação.

Nota: A última edição deste festival ocorreu em 2020, sendo que não existe ainda informação de quando voltará a ocorrer.

Festival do Fumeiro e do Azeite, Idanha-a-Nova

O Festival do Fumeiro e do Azeite realiza-se no Núcleo do Azeite e na Quinta da Nora, onde decorrem inúmeras atividades culturais e de promoção do azeite e enchidos, dois produtos de enorme tradição e valor económico do concelho de Idanha-a-Nova, a primeira Bio-região em Portugal.

Nota: A última edição deste festival ocorreu em 2019, sendo que não existe ainda informação de quando voltará a ocorrer.


Bienal do Azeite, Castelo Branco

A Bienal do Azeite, que se realiza na cidade desde 2009, é o maior certame de Portugal dedicado exclusivamente ao sector do Azeite.

A cidade de Castelo Branco transforma-se, de dois em dois anos, na capital dos Azeites de Portugal para onde confluem todas as regiões produtoras e, em especial, as que ostentam Denominação de Origem Protegida (DOP) e/ou Indicação Geográfica Protegida (IGP). O Azeite da Beira Baixa tem uma longa história e faz parte do quotidiano e imaginário de praticamente todas as gentes do território. Tal facto é comprovado pelos muitos lagares de azeite nas aldeias e freguesias da Região, já que cada povoação tinha um lagar de azeite e era praticamente a única indústria existente. Muitos deles desapareceram fruto do abandono de muito olival (naturalmente associado aos movimentos migratórios de saída da Região) e outros, inclusive, deram lugar a espaços museológicos. Finalmente, subsistem os que foram modernizados/remodelados.

O conceito da Bienal do Azeite foi desenhado democraticamente para todos: produtores, transformadores, embaladores e consumidores finais. É um evento profissional que, pelo facto de reunir centenas de profissionais do sector, procura incluir temáticas como a inovação, planeamento estratégico, políticas agrícolas, entre outros, no intuito de colocar na “agenda” temas atuais e passíveis de discussão e reflexão. Mas é também um evento de cariz popular, dos oito aos oitenta anos, com atividades culturais, espetáculos musicais, desportivos, didáticos, gastronómicos. Naturalmente, sempre em torno do azeite, da azeitona e dos seus múltiplos derivados, a que se associam outros cheiros e sabores da região da Beira Baixa.

Festival do Bacalhau e do Azeite, Vila de Rei

Organizado pelo Município de Vila de Rei, o Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite pretende divulgar o riquíssimo património gastronómico do concelho de Vila de Rei e, dessa forma, continuar a promover a elevada qualidade dos seus restaurantes, do azeite produzido no nosso concelho e a valorização da gastronomia local.

Festival do Almeirão, Azeite Novo e Pão Caseiro, Vila de Rei

Este festival é organizado pela ADRC Borda da Ribeira, Louriceira e Marmoural, com o apoio dos Município de Vila de Rei e Mação, Junta de Freguesia de Vila de Rei e União de Freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira. Aqui, o Almeirão é “rei e senhor”, mas sempre acompanhado por azeite novo e pão caseiro, ambos da região.


À Mesa com Azeite, Vila Nova da Barquinha

A degustação do azeite à mesa é a melhor forma de preservar esta memória. Durante um mês, os restaurantes aderentes dão o azeite a provar como entrada e servem pratos como Petingas no forno, Polvo à Lagareiro, Sopa de couve e muitas outras receitas que têm no azeite um denominador comum.

Mostra gastronómica criada em 1999 com o objetivo de diversificar a oferta turística, como complemento de visitação aos muitos atrativos, homenageando em simultâneo este ingrediente emblemático na história do concelho.

Desde há seculos presentes na paisagem destas terras, as oliveiras e os seus frutos negros integram desde sempre a heráldica do Município, fator demonstrativo da sua importância na economia local.

A iniciativa da Câmara Municipal pretende realçar a importância do produto neste território, em tempos um imenso e generoso olival que fornecia matéria-prima para alimentar a laboração de cerca de duas dezenas de lagares.

A degustação do azeite à mesa é a melhor forma de preservar esta memória. Durante um mês, os restaurantes aderentes dão o azeite a provar como entrada e servem pratos como Petingas no forno, Polvo à Lagareiro, Sopa de couve e muitas outras receitas que têm no azeite um denominador comum.

A autarquia quer também divulgar este produto saudável e característico da dieta mediterrânea, Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Alojamentos

Calcaterra Agroturismo, Mêda

Quinta do Pinheiro, Guarda

A Quinta do Pinheiro está situada em Cavadoude, concelho da Guarda. Inserida no Parque Natural da Serra da Estrela, este agro-turismo promove também a olivicultura e a ovinicultura.

Quinta do Vale Sanguinho, Seia

Uma das actividades promovidas pela Casa Grande é apanha da azeitona em dezembro (variedades “galega” e “cobrançosa”). O olival encontra-se certificado no modo de produção biológico e poderá assistir ao fabrico do azeite em lagar certificado.

Casa Grande, Gouveia

Herdade da Urgueira, Vila Velha de Ródão

A Herdade da Urgueira terá no Olivoturismo um dos seus principais eixos de acção. Deste modo, foi instalado na própria herdade uma réplica de um lagar de azeite que servirá de mote para o desenvolvimento de um conjunto de iniciativas que visam o aproveitamento turístico deste produto.

Albergue do Bonjardim, Sertã

O Ninho do Rei, Vila de Rei

Vale de Ferreiros, Abrantes

Quinta do Pinhal, Constância

Quinta Vale Porcacho, Tábua

Em novembro, os hóspedes da Quinta Vale Porcacho podem ajudar na colheita das azeitonas. A colheita é feita com faras e à mão. É um trabalho duro, mas agradável, que dá muita satisfação. Especialmente se o óleo for colocado nas garrafas após prensado. Uma visita a um lagar de prensagem de azeite é uma experiência e tanto. Todos os pequenos agricultores vão ao lagar de azeite com as azeitonas deles. Grande parte do azeite ainda é para uso próprio.

Empresas de Animação Turística

Trans Serrano, Góis

Uma das actividades dinamizadas pela Trans Serrano é a Rota do Azeite, que inclui a visita e a participação no processo de fabrico artesanal do azeite no vale do rio Ceira, desde o processo de apanha da azeitona, transporte, selecção, até à prensagem num lagar de varas movido a água. O programa contém ainda uma tibornada e outras iguarias regionais, uma refeição que servida num velho lagar de azeite. Por normal, esta actividade inclui animação com música tradicional, um ponto de venda de artesanato e, claro, muito azeite.

Rotas de Olivoturismo

PR 7 – Rota dos Lagares – Almaceda, Castelo Branco

O caminho pela Rota dos Lagares é circular e leva-nos a conhecer antigos lagares de azeite, tradicionalmente conhecidos por Lagares de Varas. Iniciamos o percurso em Almaceda próximo das ruinas do primeiro lagar de varas que iremos encontrar ao longo do trajeto.

Seguimos agora ao longo da ribeira de Almaceda que alberga nas suas margens olivais e pequenas hortas familiares primorosamente cultivados. É nesta ribeira que pouco depois de sair de Almaceda encontramos o segundo lagar de varas, também este quase em ruinas mas onde ainda podemos ver todas as peças constituintes do lagar através das suas janelas entreabertas.

Deixamos para trás os campos agrícolas e retomamos o caminho por entre pinhal e novas plantações florestais que nos levará ao último lagar deste percurso. Estamos agora no lagar de Rochas de Cima recentemente recuperado para que possa ser visitado e dar a conhecer aos seus visitantes o processo de extração de azeite mais utilizado na Beira Baixa antes de surgirem processos mais recentes e industrializados.

A viagem segue e leva-nos de visita a Rochas de Cima antes de rumar à aldeia de Violeiro. Nesta aldeia é paragem obrigatória a fonte de mergulho de águas frescas e cristalinas que durante anos, ainda no século passado, foi local de abastecimento publico.

Continuamos agora a nossa viagem por caminhos florestais, tantas vezes percorridos pelos resineiros, que nos levam de novo a Almaceda e ao final desta rota.

Rota do Azeite da Beira Baixa, Beira Baixa

Em cada encosta, em cada paisagem, lá estão elas. As belas oliveiras perdem-se até ao horizonte e dão à Beira Baixa uma magia especial. O vento traz nas suas asas o frio e nascem as azeitonas que enfeitam cada uma das árvores, trazendo novos versos e rimas. À poesia junta-se o doce e suave azeite cujo sabor, que lhe confere a galega, variante predominante no território, é inconfundível. O “ouro” da Beira Baixa é testemunha de histórias e tradições, de mãos e de rostos… memórias que podem ser revisitadas nos dias de hoje. O “ouro” é também sabor e guia numa viagem gastronómica pelos mais genuínos produtos do território.

As paisagens, o património e a história, os sabores de um azeite distintivo e único no mundo são as raízes desta Rota que traz uma mão cheia de experiências para viver e sentir. São o fio condutor em tons dourados por novas aventuras e por um território que tem segredos por desvendar.

Para fazer sozinho, com amigos, com a cara metade ou em família, esta é a proposta ideal para uns dias bem passados. Um convite irrecusável para mergulhar na Beira Baixa e descobrir a alma deste território inigualável composto por seis municípios – Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, que comungam a generosidade e o bem receber.

Três dias, seis concelhos, um roteiro que deixa autonomia para que cada visitante acrescente outras propostas. No final, um conjunto de outras experiências para aprofundar a visita, porque, acredite, é provável que lhe saiba a pouco.

A Rota do Azeite da Beira Baixa, iniciativa promovida pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), nasceu no âmbito do projeto “Beira Baixa: 3 Dias, 3 experiências” e pretende valorizar, promover e difundir o “ouro da Beira Baixa” junto dos visitantes desta região

GR26 – Terras de Sicó, Alvaiázere e Pombal

A Grande Rota Terras de Sicó é um percurso circular de 189 km e de cerca de 5000 m de desnível acumulado, que percorre o Maciço Calcário de Sicó em 8 etapas, divididas pelos concelhos de Ansião, Alvaiázere, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure.


Fortemente marcado pela paisagem cársica, pelo clima mediterrânico e pela presença romana no território, o percurso faz-se por caminhos ancestrais que ligam aldeias e vilas por entre campos de lapiás, bosques, terrenos de cultivo, pastagens e vinhas.


Venha conhecer as villas romanas, os castelos, as grutas e as paisagens, dê dois dedos de conversa com as gentes da terra e não deixe de provar o Queijo Rabaçal, o vinho, o mel e um vasto conjunto de iguarias que só um território tão singular pode produzir.


Na sua grande maioria, os trilhos podem ser percorridos a pé e de bicicleta de montanha. Consulte a informação de cada uma das etapas e descubra as Terras de Sicó!

Itinerário das Árvores Emblemáticas, Sardoal

O Sobreiro da Dona Maria, os Freixos do Convento de Santa Maria da Caridade, o Eucalipto Grosso, as Tílias da Praça Nova, no Sardoal; as Oliveiras Milenares, nos Valhascos; o Sobreiro do Amor, em Alcaravela; e os Freixos, em Santiago de Montalegre, são as árvores emblemáticas que integram este roteiro turístico, que convida os visitantes a conhecerem este emblemático património natural.

Comemoração do Dia Mundial da Oliveira: 26 de novembro

Uma coroa de ramos de oliveira está estampada na bandeira das Nações Unidas, porque a oliveira é um símbolo de paz entre os homens e um símbolo da atividade
humana em paz com a natureza. Por isso, a UNESCO consagrou o dia 26 de novembro como Dia Mundial da Oliveira, exortando todos os interessados a assinalarem este dia com iniciativas ligadas ao património olivícola.

No âmbito do projeto OLIVE4ALL foi decidido comemorar o Dia Mundial da Oliveira em parceria com todas as entidades (empresas e organizações) interessadas na
valorização do olivoturismo. Assim, vimos por este meio convidar a sua organização a integrar esta parceria, ajudando a criar uma corrente nacional de celebração,
através da participação ativa, e animando uma sessão de degustação de azeite.

Como forma inovadora de comemoração do Dia Mundial da Oliveira, a dia 26 de novembro 2023, serão realizados em simultâneo diversos eventos de degustação de azeite, de norte a sul do país, com vista à sensibilização dos consumidores para a importância do património oleícola e olivícola, sem prejuízo de cada entidade participante incluir outras iniciativas. Conheça no ficheiro abaixo o programa desta celebração.

Sabias que…?

No lugar de Cascalhos, freguesia de Mouriscas, localiza-se a Oliveira do Mouchão, a mais antiga de Portugal. Esta oliveira (Olea europaea L.) foi classificada como arvoredo de interesse público em 2007, num processo despoletado pela Câmara Municipal de Abrantes. A oliveira foi, entretanto, objeto de estudo recente levado a cabo pela UTAD — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que, por força da metodologia descrita na Patente Portuguesa NP 104183, veio atestar que a dita oliveira tem, na realidade, 3350 anos.