“Estar cheio de vida é respirar profundamente, mover-se livremente e sentir com intensidade” (Alexander Lowen)

É o que encontra no Centro de Portugal: Vida!

No ar puro da natureza, no céu azul, nos arco-íris que se formam de cores translúcidas como se no ar flutuassem. Nas flores repletas de cor e cheiro, na fauna majestosa e vibrante. Abra os braços, respire e abrace a natureza. Deixe a sua alma sorrir e o seu espírito pular. Relaxe e viva!

Encha os pulmões de ar puro ao percorrer a Serra da Estrela, segundo Miguel Torga ‘Alta, imensa, enigmática’.
O Parque Natural da Serra da Estrela é a maior área protegida nacional, estendendo-se por 101 000ha. As soberbas paisagens da serra acolhem uma riqueza extraordinária de fauna, onde se destacam o lobo, o javali, a lontra, o falcão peregrino e o bufo real. Na flora, a campânula marca a paisagem. Mas também o zimbro, a urze, o rosmaninho e a giesta merecem destaque. O Parque encontra-se, indelevelmente, associado às gentes da Serra, intervindo na promoção do pastoreio, da produção de queijo artesanal e, ainda, na proteção da raça do cão Serra da Estrela.

Passe pelo Souto da Lapa dos Dinheiros, localizado próximo da aldeia da Lapa dos Dinheiros, no concelho de Seia. Este bosque caducifólio misto, onde predominam os castanheiros e o carvalho-roble, constitui uma das mais bem conservadas manchas florestais da região da Serra da Estrela.

Na Serra da Gardunha que em árabe significa “refúgio”, a paisagem protegida, encontra-se localizada em plena Beira Baixa. Percorra os miradouros naturais existentes que proporcionam vistas panorâmicas da Cova da Beira, Serra da Estrela, Covilhã, Belmonte, Castelo Branco, Penamacor e Idanha-a-Nova.


Nos concelhos de Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Águeda e Anadia, encontrará zonas montanhosas com bastante interesse paisagístico, entrecortadas por rios e pequenos cursos de água, onde poderá efetuar caminhadas ou aventurar-se na prática das mais diversas atividades. Do alto destas serras, conseguirá desfrutar de vistas memoráveis sobre a Ria de Aveiro.

A Pateira de Fermentelos, com mais de 5km2, é a maior lagoa natural da Península Ibérica, estando localizada entre os concelhos de Águeda, Aveiro, Oliveira do Bairro, antes da confluência do Rio Cértima com o Rio Águeda. Considerada uma zona húmida de elevada riqueza ecológica, está rodeada por parques de lazer, que dispõem de algumas estruturas para observação de paisagem e aves. Aqui, o por do sol é inigualável!


E porque se trata de respirar a plenos pulmões, não esqueçamos a Serra do Caramulo, famosa pelo ar puro que oferece, ali, na transição da Beira Alta para a Beira Litoral, entre os concelhos de Tondela, Vouzela, Oliveira de Frades, Mortágua (Distrito de Viseu), Anadia e Águeda (Distrito de Aveiro).

Nesta montanha de origem granítica e xistosa, povoada por aldeias com casas em granito e atravessada por trilhos, alguns da época da romanização da Península Ibérica, predominam zonas de floresta e vegetação rasteira como a urze e a carqueja. Impõe-se também uma subida ao Cabeço da Neve ou ao  Caramulinho, que é o ponto mais alto da serra, com 1076m.

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Aventure-se até ao Miradouro da Cruz Alta, um dos pontos mais alto da Serra do Buçaco, onde a montanha atinge uma altitude de 547 metros, a partir da qual se inicia a inclinada vertente para o Luso. É, pois, um local privilegiado para apreciar a paisagem do Buçaco. As vistas a partir deste local são deslumbrantes, avistando-se desde o Oceano Atlântico (a Oeste) à Serra da Estrela (Sudeste), passando pela Serra do Caramulo (Nordeste).

Após um percurso pedonal em plena Serra do Espinhal, no concelho de Penela, aviste uma surpreendente queda de água de 32m de altura, na Ribeira de Azenha, a Cascata de Pedra da Ferida.

Continue esta viagem pelo Jardim botânico, um espaço verde localizado no coração da cidade de Coimbra desde 1772. Passear pela Alameda das Tílias recorda-nos a beleza e o odor de tempos idos, e uma época plena de romantismo. Na Estufa Tropical, recentemente reabilitada pelo Arq. João Mendes Ribeiro, poderá encontrar uma grande diversidade de espécies, das quais se destacam orquídeas, plantas carnívoras, árvores tropicais e fetos. Continue o seu passeio em Coimbra pela mata do Jardim e aprecie o incontornável património cultural e natural que ela tem para oferecer.

Descubra a majestosa Serra da Lousã. Local deslumbrante, faz parte de uma das formações montanhosas mais importantes de Portugal: a Cordilheira Central. É predominantemente xistosa e aqui subsistem vestígios da floresta sempre-verde dos climas temperados. Nas zonas mais altas, ensolaradas e secas, encontramos a azinheira. Nas zonas mais soalheiras, o sobreiro e, nas zonas mais húmidas e frias, os castanheiros e carvalhos.

Um passeio pelos inúmeros trilhos pedestres/BTT nas Aldeias do Xisto permite contactar com uma elevada diversidade de paisagens, algumas de cortar a respiração pela sua beleza e magnitude. Pelo caminho, poderá cruzar-se com a variada fauna ali existente, como o corço, o veado, o milhafre, o javali, entre outros.

Desça os recém inaugurados Passadiços das Fragas de São Simão. Coloque a nossa playlist e aproveite o momento. A imensidão da sua envolvência farão com que se apaixone por este lugar de beleza pura. Escute e observe. Desça até à Praia Fluvial e descubra a Aldeia do Xisto de Casal de São Simão, com praticamente uma só rua, onde o quartzito impera no revestimento de ruas e casas, que deram posteriormente origem às Fragas de São Simão.

Integrada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, a Fórnea é um anfiteatro natural, assemelhando-se a um enorme abatimento da crosta terrestre, começando em Chão das Pias – Serro Ventoso e descendo até Alcaria. As erosões provocadas pelas chuvas e pelas águas nascentes proporcionam um cenário natural impressionante, marcado pela vegetação característica, pelas escarpas e pelas cascatas que, em altura de maior precipitação, rebentam intensamente. Vale a pena uma visita!

As Portas de Almourão situadas entre Sobral Fernando (Proença-a-Nova) e a Aldeia do Xisto da Foz do Cobrão (Vila Velha de Ródão), correspondem à garganta do rio Ocreza. A paisagem continua selvagem, magnificada pelas escarpas quartzíticas, pelas imponentes dobras tectónicas e pelo profundo rasgão que é o Vale do Ocreza. Do ponto de vista arqueológico, destaca-se a conheira de Sobral Fernando, antiga exploração aurífera romana de aluvião. Para desfrutar da beleza desta paisagem deslumbrante, sugere-se a realização do percurso pedestre PR2 – “Segredos do Vale de Almourão” com início em Sobral Fernando. E a partir desta aldeia, também, o PR3 – Rota das Conheiras e o PR6 – Viagem aos Ossos da Terra.

Sigamos para o Oeste, ao encontro da Mata do Bombarral, um bosque mediterrânico com cerca de quatro hectares, considerado Área de Interesse Público em 1941, onde se encontram, entre outras, a gilbardeira, uma planta em vias de extinção. Antiga coutada ali existente, pelo menos desde o século XV, esta mata foi cenário das caçadas da corte que ali se deslocava com esse intuito.

Nas Serras do Socorro e Archeira, concelho de Torres Vedras, verifica-se na paisagem protegida, a presença de elementos com valor patrimonial de elevado cariz natural, histórico, cultural e paisagístico. Quanto à fauna e flora, salienta-se a diversidade de espécies da avifauna, pequenos mamíferos e borboletas, vegetação característica da serra e várias espécies de orquídeas.


Terminamos a nossa viagem com a mente e pulmões limpos.

Continue a percorrer o Centro de Portugal e a respirar a plenos pulmões, ao som da natureza e da nossa playlist….

Mantenha o Espírito.
O Centro de Portugal continua aqui, à sua espera!