Deixe-se guiar pelos mistérios da história dos Cavaleiros da Ordem do Templo, organização fundada na Idade média com propósito de proteger os cristãos nas peregrinações, e pela sua simbologia plena de mensagens ocultas, e faça uma viagem à descoberta dos tesouros Templários no Centro de Portugal.
Começando a norte, o Castelo de Soure é o ponto de partida. Já em sentido inverso, a rota deverá ter como primeira paragem o Castelo de Almourol. De um ponto a outro, deve ainda acrescentar ao percurso as paragens obrigatórias em Tomar, para visitar o Castelo e o Convento de Cristo, e o Castelo de Pombal, percorrendo assim parte significativa da Rota dos Templários em Portugal.
REGIÃO DE COIMBRA
/// Castelo de Soure, Soure

Doado aos Templários em 1128 e de seguida reformado, o Castelo de Soure estava situado numa zona considerada estratégica: fronteira entre território cristão e muçulmano. O monumento, inserido no vale Baixo do Mondego, provém de origem religiosa dadas algumas características arquitetónicas. Ao visitar o Castelo é possível ver as suas duas torres quadrangulares e as muralhas que ainda subsistem, apesar de algumas partes da construção já encontrarem destruídas.
REGIÃO DE LEIRIA
/// Castelo de Pombal, Pombal

Construído de raiz pela Ordem dos Templários, serviu de marco importante na defesa do território a sul de Coimbra. É possível visitar as torres do Castelo de Pombal sendo que a fortificação conta com 10 exemplares, tanto retangulares como quadrangulares. O Castelo foi sendo reconstruído ao longo dos séculos, tendo sido profundamente remodelado no século passado.
MÉDIO TEJO
/// Castelo de Tomar, Tomar

O Castelo de Tomar apresenta-se majestoso ao chegar. Não é em vão que foi declarado Património da Humanidade pela Unesco, juntamente com o Convento de Cristo. A sua construção, tal como datado numa singular inscrição, é de 1160. Como escudeiro e amigo pessoal do rei português, Gualdim Pais recebeu uma missão importante: levantar uma faixa defensiva na ribeira do Tejo que travasse os ataques castelhano-leoneses e as invasões mouriscas. Na dimensão do monumento, que se edificou sobre ruínas muçulmanas, é espelhada a ambição da Ordem do Templo em ali localizar a sua sede. Ao visitar o Castelo de Tomar, situado numa colina de 126 metros, pode ver elementos arquitetónicos militares da época, como a almedina, o pátio e a alcáçova.
/// Convento de Cristo, Tomar

Tratando-se de um monumento posterior às operações da Ordem dos Templários, o Convento de Cristo não pode dissociar-se da organização, cujo âmbito mais tarde foi recuperado através da Ordem de Cristo. A experiência no espaço é sobretudo uma visita ao passado de Portugal e da cidade, onde a história das ordens religiosas faz parte do presente. Na obra destacam-se a charola, a janela do capítulo, o claustro principal, a cerca conventual e o aqueduto do Convento.
/// Castelo de Almourol, Vila Nova da Barquinha

Localizado em Vila Nova da Barquinha, o Castelo de Almourol, conta com o Centro de Interpretação Templário. Ali é possível visitar a exposição permanente sobre a Ordem do Templo, como ver filmes sobre a temática. É possível ainda visitar a biblioteca e o arquivo sobre os Templários.
Apesar de todos os monumentos serem afetos à Ordem do Templo, a história de cada um mistura-se com a dos templários em diferentes momentos, como poderá descobrir.
/// Torre Pentagonal de Dornes, Dornes

De forma invulgar pela sua planta pentagonal, a Torre da aldeia de Dornes foi erguida pelos Templários nas margens do Rio Zêzere para posto de vigilância e defesa da região, durante a Reconquista cristã.
Construída em xisto e calcário sobre a base de uma antiga torre romana, a Torre ostenta diversos símbolos guerreiros na verga da porta que testemunham a sua função militar. No séc. XVI, em tempos mais pacíficos, foi adaptada a torre sineira da Igreja matriz, que lhe é vizinha.
Hoje em dia, debruçada sobre as águas da albufeira do Castelo de Bode, a Torre de Dornes integra uma imagem de beleza deslumbrante e é um ponto de visita imprescindível nesta região.
Saiba mais sobre a Rota dos Templários no Médio Tejo.
(Artigo em permanente atualização. Agradecemos todos os contributos ou sugestões para: comunicacao@turismodocentro.pt)