Universidade de Coimbra: uma lição obrigatória
Imortalizada pelo fado de Coimbra e por milhares de histórias contadas por quem lá viveu durante os inesquecíveis anos de estudante, a Universidade de Coimbra é mais do que um mero local onde, entre sebentas e noitadas, se procura o tão desejado título académico.
Se, como diz a canção, “Coimbra é uma lição”, conhecer a cidade e deixar-se contagiar pelo espírito académico é uma aula obrigatória e fascinante para qualquer idade.
Universidade de Coimbra
A Universidade moldou a própria alma de Coimbra, conhecida como “a cidade dos estudantes”. A Queima das Fitas, em Maio, é o ponto alto deste espírito estudantil, mas a cidade merece ser visitada em qualquer altura do ano.
Percorrer as ruas entre capas e batinas, descobrir os cafés e os locais boémios, entrar nas lojas tradicionais ou dar um passeio junto ao Mondego são apenas algumas das sugestões para quem quer descobrir uma cidade que vive muito para além da Universidade que lhe deu fama e alma.
No entanto, visitar esta instituição centenária é uma excelente forma de conhecer Coimbra e de se deixar contagiar pelo espírito jovem e inovador deste local.
A Universidade de Coimbra – classificada juntamente com a Alta da Cidade e a Rua da Sofia como Património da Humanidade pela UNESCO – foi criada em 1290 por iniciativa de D. Dinis e está localizada junto ao Rio Mondego desde 1537. O Paço Real (assim designado por ser o local onde o rei vivia quando estava em Coimbra) foi o primeiro edifício da instituição, que viria a crescer com o passar dos anos, adaptando-se assim a novos cursos e ao aumento da própria população estudantil.
Assim, a arquitetura deste local reflete o crescimento da própria universidade, que foi sendo ampliada ao longo dos séculos.
Do ponto de vista arquitetónico, a Universidade de Coimbra é uma verdadeira aula prática, já que ali pode encontrar testemunhos de estilos diferentes, que vão desde as ornamentações do Maneirismo à funcionalidade da arquitetura do Estado Novo.
A Torre setecentista, com o relógio e os quatro sinos, marca o ritmo dos estudantes e é o símbolo mais icónico deste conjunto arquitetónico, até porque pode ser vista a partir de qualquer ponto da cidade. Datada de 1728, é conhecida entre os estudantes como “A Cabra” e está intimamente ligada à praxe académica, que dita que os caloiros não podem andar na rua depois do badalar do sino.
O edifício da Universidade desenvolve-se em redor de um pátio central, sendo a entrada feita pela Porta Férrea (1634), local onde podem ser vistas as imagens dos reis D. Dinis e D. João III, principais impulsionadores da instituição.
A Biblioteca Joanina, a Capela de São Miguel, o Jardim Botânico, a Via Latina e o antigo Colégio de São Pedro, bem como a Cidade Universitária, são locais igualmente imperdíveis. Mais recente, mas igualmente importante do ponto de vista arquitetónico, é o anfiteatro da Faculdade de Direito, um projeto de Fernando Távora.
Venha até Coimbra e descubra os caminhos pelo Património da Humanidade!
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