“Vê Portugal” – 8º Fórum de Turismo Interno decorreu de 06 a 09 de junho 2022, em Tomar. “A Era pós-COVID-19 e o Turismo: olhos postos no futuro”, foi o tema desta edição.

1.º Dia I 06 de junho 2022 I Reuniões B2B

Pela primeira vez no seu historial, o Fórum Vê Portugal arrancou com uma bolsa de contactos, com reuniões B2B entre empresas. Nestas, operadores turísticos nacionais e agências de viagens ficaram a conhecer a oferta turística da região Centro de Portugal, com especial incidência nas sub-regiões do Médio Tejo e do Oeste, nomeadamente empreendimentos turísticos, restaurantes e empresas de animação turística regionais, além de alguns representantes institucionais.


 
Esta foi a primeira vez que o Fórum Vê Portugal promoveu estes contactos, com um resultado muito positivo. Numa sala preparada para o efeito estiveram presentes 20 expositores, com a oferta da região, e cerca de 30 operadores turísticos, com dezenas de reuniões a decorrer em simultâneo.
 
“Este primeiro dia do Fórum Vê Portugal tem grande importância para nós, porque era nosso intuito alargar o evento às empresas, com o objetivo de criar negócios. Para isso, criámos este espaço de encontro entre as empresas da oferta turística e os agentes de viagens e operadores turísticos, onde puderam estabelecer oportunidades de negócio para o futuro. O objetivo que tínhamos fixado para esta primeira edição da iniciativa foi cumprido e queremos que cresça em próximas edições”, explica Sílvia Ribau, chefe do Núcleo de Estruturação, Planeamento e Promoção da Turismo Centro de Portugal.
 

2.º Dia I 07 de junho 2022

A recuperação da atividade turística esteve em grande destaque do segundo dia do 8.º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal.
 

Sessão de Abertura

A Sessão de Abertura, no Cine-Teatro Paraíso, deu o mote, com intervenções de Filipa Fernandes, vereadora da Câmara Municipal de Tomar, João Coroado, presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal.
 
Na sua intervenção, Filipa Fernandes (presente por indisponibilidade, motivada por doença, da presidente da autarquia, Anabela Freitas) recordou que “Portugal atravessou uma das suas piores fases nos últimos tempos”, motivada pela pandemia. “A covid-19 abalou o Turismo, que atravessava o seu expoente máximo, retirou-nos vivências e sonhos que tínhamos para realizar. Mas não nos tirou a capacidade para sonhar”, salientou. “No território, continuamos cá, com os nossos ativos principais, o património e a gastronomia. E com as pessoas, que são quem faz o território”, acrescentou.
 


João Coroado frisou também a importância do património para a atividade turística, nomeadamente o património cultural e etnográfico. “Há muito património que está a ser perdido, mas há formas de o reavivarmos. Temos um folclore muito rico e há que torná-lo mais contemporâneo”, exemplificou, enaltecendo a aposta que o Politécnico de Tomar tem feito nesta área.


Pedro Machado recordou os três grandes eixos em que assenta este Fórum: restaurar a confiança e o crescimento, reforçar a coesão e criar felicidade. “Os dados mais recentes de procura turística, de abril, mostram que estamos num processo de recuperação da confiança dos visitantes, em particular dos visitantes internos. Este dado faz-nos reforçar a importância do mercado interno ao longo de todo o ano, o que constitui uma oportunidade para os territórios de baixa densidade, de interior. Percebemos hoje que os portugueses encontraram nestes territórios novas experiências e novas motivações”, destacou. Desta forma, “o turismo é extraordinariamente importante para a coesão territorial e para o combate das assimetrias que ainda persistem. O Turismo é a atividade mais democrática de todas, uma vez que exportamos todas as parcelas do território. E é essencial que o Turismo assegure que haja felicidade para as comunidades que recebem os turistas”. 
 


Ainda na sua intervenção, Pedro Machado recordou o “trabalho notável” que as entidades regionais de turismo têm feito no crescimento da atividade turística: “O Turismo é um dos setores mais bem regionalizados nas últimas décadas. Nos seus órgãos estão presentes os decisores locais, que são parte ativa dos programas. Os destinos regionais reforçam a marca Portugal”.
 
“É essencial discutirmos neste fórum os desafios do futuro. Mas é ainda mais importante homenagearmos os nossos concidadãos, que nos últimos dois anos escolheram o nosso país para viajar e descobriram o nosso território”, começou por dizer Luís Araújo. “Esta retoma da atividade não é fruto da sorte e azar, é fruto do trabalho de todas e de todos ao longo destes dois anos. A aposta na requalificação do destino foi exemplar e a velocidade com que recuperamos é o exemplo disso”, acrescentou. Mas “o Turismo não é um dado adquirido. Tem desafios e é preciso que seja trabalhado. O Turismo está a mudar e Portugal está a liderar nessa mudança. Temos um setor estruturalmente forte, estamos bem preparados para a mudança”, disse ainda Luís Araújo.


A terminar a Sessão de Abertura, Francisco Calheiros reforçou a ideia de que “há hoje novos desafios a que o Turismo tem de se adaptar”, nomeadamente “a pandemia, a guerra, as alterações climáticas, que alteraram aquilo que os turistas querem”. Por isso, a atividade turística necessita de oferecer “novos produtos que correspondam às novas necessidades”, antes de recordar que são “necessárias ajudas públicas para a capitalização das empresas, que ficaram descapitalizadas com a pandemia”, assim como é decisivo resolver outros problemas, como os vistos para quem quer trabalhar no nosso país e a questão do novo aeroporto de Lisboa.

Painel 1 I Novas Tendências no Comportamento do Turista


Seguiu-se o primeiro painel, dedicado às novas tendências no comportamento do turista provocadas pela pandemia. Moderado por Ana Peneda Moreira, jornalista da SIC, o painel foi constituído por um conjunto multidisciplinar de especialistas.
 
Mauro Paulino, psicólogo e coordenador do livro “A Psicologia da Pandemia”, sublinhou a importância do “turismo de auto-cuidado”, uma tendência que cresceu com a pandemia. “O Turismo contribui para o bem-estar das pessoas e para a recuperação do equilíbrio”, frisou, lembrando que “a Psicologia tem um contributo a dar ao turismo, porque a Psicologia estuda o comportamento humano e esse comportamento foi afetado pela pandemia”.
 
Marta Poggi, consultora de Turismo Digital, especializada em tendências e inovação no Turismo e Hotelaria, orientou a sua intervenção para as mudanças visíveis, ou ainda disfarçadas, nos padrões de consumo dos novos viajantes. Entre estas, destacou a “preocupação com o meio ambiente e as comunidades que recebem turistas”, assim como “a aceleração digital e o uso das novas tecnologias, que impactam diretamente no negócio turístico”. “O viajante é cada vez mais digital, mais exigente, mais consciente e mais responsável”, sintetizou. “Viajar é a melhor forma de alguém se reconectar com a família ou com os amigos. As viagens são uma forma privilegiada de cuidar da saúde mental e emocional. No final da vida, o que conta são as experiências, os bons momentos que vivemos com as pessoas que amamos. Esta é uma oportunidade para o setor do Turismo”, concluiu.
 
Tiago Phillimore, responsável pelas áreas de eCommerce e Digital da TAP, mostrou-se otimista em relação à evolução do setor da aviação, depois de dois anos dramáticos. “Espera-se que 2024 seja o ano do break even na aviação. Na TAP, esperamos estar já com uma capacidade de 90% no verão e no final do ano”, disse.
 
Já António Neves, Industry Manager – Travel da Google, trouxe ao debate a forma como os turistas hoje pesquisam as suas férias e viagens. “O turista está ainda mais digital depois da pandemia”, disse. Hoje, todas as opções são pesquisadas nas plataformas, desde o preço dos voos até sugestões de programas a fazer nos destinos. Por outro lado, realçou que a preocupação com a saúde e a segurança estão já a ser colocadas em segundo plano, estando o preço dos destinos a assumir a prioridade: as ofertas com descontos são cada vez mais determinantes por causa da inflação.

 
2.º Painel I O Capital Humano nas Organizações: impactos e mudanças

O segundo painel foi moderado por Maria José Santana, jornalista do Público. Foi um painel integralmente feminino, em que as participantes conversaram sobre questões como a situação atual das empresas ou as novas formas de trabalhar, que vieram alterar substancialmente o mercado do trabalho e expor algumas fragilidades em termos da legislação em vigor.
 
A primeira interveniente foi Margarida Sousa Uva, senior manager da Deloitte e especialista em Gestão do Capital Humano, Gestão do Conhecimento nas Organizações e Gestão da Mudança. Na sua intervenção, elencou alguns dos novos desafios, mas também das oportunidades, que o futuro do trabalho perspetiva para as empresas. E lançou o desafio para que as organizações olhem para a força de trabalho e adequem as suas práticas à realidade trazida pelo teletrabalho e pelos modelos híbridos.
 
Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, mostrou grande preocupação com a falta de mão de obra que existe no setor do Turismo, que viu dezenas de milhares de trabalhadores saírem com a pandemia. “O setor precisa atualmente de 86 mil trabalhadores. É um problema que está a assumir proporções verdadeiramente graves. A procura turística está a crescer, estamos a atingir os níveis pré-pandemia, mas não temos trabalhadores”, alertou. Questionada sobre o apelo, por parte do primeiro-ministro, para que as empresas aumentem os salários, respondeu que “melhores vencimentos não surgem por decreto. Para isso acontecer, é preciso diminuir a carga fiscal sobre o trabalho, sob pena de se dizer constantemente que o setor do Turismo paga mal. As empresas não têm disponibilidade, estão descapitalizadas depois de dois anos de pandemia”.
 
Ana Paula Pais, diretora de formação e coordenadora das escolas de turismo do Turismo de Portugal, refletiu sobre o futuro do ensino e os múltiplos desafios que isso levanta às escolas. “As escolas de turismo precisam de promover a formação em contexto empresarial, de formar equipas ao longo da vida. Há um grande caminho para fazer a este nível”, sustentou.
 


3.º Painel I Covid-19 e a emergência de novos produtos turísticos

À tarde, o terceiro painel debruçou-se sobre a “covid-19 e a emergência de novos produtos turísticos”. Moderados por Jorge Costa, do IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, os oradores debateram assuntos como os percursos pedestres e cicláveis, o ecoturismo, o nomadismo digital e todo um conjunto de novos produtos turísticos que encontraram no contexto de pandemia uma forma de emergir e de se afirmar.
 
Teresa Ferreira, diretora do Departamento de Desenvolvimento de Recursos do Turismo de Portugal, lembrou que Portugal esteve muito atento à situação concreta da pandemia e houve muito trabalho feito nestes últimos dois anos. “Estamos mais preparados do que nunca para os desafios do Turismo”, disse.
 
Sérgio Nunes, diretor do Centro de Investigação Aplicada em Economia e Gestão do Território, contrapôs uma posição mais cética. Considerando que “a estrutura produtiva nacional não está adequada” aos desafios atuais, lamentou que pouco tenha sido feito para alterar a situação.
 
Já Pedro Pedrosa, CEO na empresa Portugal A2Z Walking & Biking, frisou que a recuperação da procura turística, já este ano, causou uma “pressão do mercado que nos impôs a darmos respostas o mais depressa possível. Os números da procura do turismo da natureza em março, por exemplo, são inacreditáveis, superiores aos de antes da pandemia, e não estávamos preparados para isso. Estamos a ter uma avalanche de turistas nestes produtos”.  Para Pedro Pedrosa, “o Turismo pode ser um dos setores estratégicos do país”, uma vez que “encaixa com a nossa maneira de bem receber”.


Entrega dos Prémios “Best Responsible Trails”

A tarde terminou com a entrega dos certificados e dos Prémios “Best Responsible Trails”, que distinguiram, pela primeira vez, os trilhos de caminhada e cicloturismo que se distinguem pelas boas práticas. Na categoria “Comunidade”, o vencedor foi o PR 5 de Seia – Rota da Garganta de Loriga; na categoria “Inteligente”, o galardão foi para a GR 22 – Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal; e na categoria “Conservação” ganhou a Rota Vicentina – Caminho Histórico.
 

Assista abaixo ao vídeo com os melhores momentos do 2.º dia do “Vê Portugal”.

Jantar Oficial “Vê Portugal” – 8.º Fórum Turismo Interno I Hotel dos Templários

Turismo Centro de Portugal homenageou cinco personalidades e instituições que têm contribuído para o desenvolvimento e notoriedade do turismo na região Centro de Portugal. A homenagem aconteceu ontem à noite, durante o Jantar Oficial “Vê Portugal”, que teve lugar no Hotel dos Templários, em Tomar, num dos momentos altos do 8.º Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que decorre nesta cidade de 6 a 9 de junho. O Jantar foi presidido pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.


Após discursos de boas-vindas, por parte de Hugo Cristóvão, vice-presidente da Câmara Municipal de Tomar, e de Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, foram revelados os homenageados. A cada um foi oferecido uma peça em vidro, produzida manualmente na Marinha Grande. As homenagens foram entregues pela Comissão Executiva do Turismo Centro de Portugal e pela ministra Ana Abrunhosa.



Os homenageados foram:

– Restaurante “Manjar do Marquês” (Pombal). Homenagem recebida por Pedro Pimpão, presidente do Município de Pombal, em representação do restaurante.



– “Natura Glamping” (Fundão). Homenagem recebida por Jorge Pessoa, CEO do Natura Glamping.



– Grupo Hoti Hotéis. Homenagem recebida por Carlos Proença, do Grupo Hoti Hotéis


– Licor Beirão (Lousã). Homenagem recebida por José Redondo, do Licor Beirão.



– António Quaresma, CEO do grupo O Valor do Tempo, que recebeu a homenagem.

Prémios José Manuel Alves e prémios de teses académicas

No decorrer do Jantar Oficial foram também entregues os Prémios do Concurso de Empreendedorismo Turístico “José Manuel Alves”, instituídos pelo Turismo Centro de Portugal, e que visam apoiar projetos inovadores no setor do Turismo com implementação na região Centro. Os prémios recebem o nome do ex-presidente da Região de Turismo do Centro, numa homenagem ao homem que esteve na génese da criação do gabinete de apoio ao investimento turístico na região.

O júri final desta sétima edição, composto por Guilherme Fonseca (Portugal Ventures), Miguel Mendes (Turismo de Portugal) e Adriana Costa (UA Incubator), escolheu os seguintes projetos: 1.º classificado – “Taste Food Experience” (Instituto Politécnico da Guarda); 2.º classificado – “Pateira Glamping & Eco-resort” (Sérgio Almeida); 3.º classificado – “Fake Museum – A Real Museum about Fake Things” (Mafalda Fernandes e Carolina Pina).



Foram também finalistas os seguintes projetos: Golden Rock – Alambique Water Spa (O Alambique de Ouro), Equinatura Silvercoast (Jorge Magalhães, Rita Magalhães, Joana Magalhães e Francisco Magalhães), Dynasty Capacity (Angela Tomás, Celestino Manuel Tomás, Carolina Tomás, Mariana Tomás, Beatriz Tomás e Mário Tomás), Fun With Us (José Catrau) e Vale das Origens (Eduardo Henriques e Lara Varela).

Concurso de Teses Académicas – de mestrado e de doutoramento – tem o objetivo de valorizar o conhecimento gerado no seio da comunidade científica sobre a atividade turística e de o aproximar das empresas do setor do Turismo e de todos os interessados em desenvolver projetos de empreendedorismo turístico.

Este ano, a sexta edição do concurso recebeu 25 candidaturas nas suas duas vertentes. O júri final, composto por Cristina Barroco (Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu), Dulcineia Moura (Territórios do Côa) e José Coutinho (Leader Oeste), distinguiu as seguintes teses: Tese de Doutoramento: “Árvores Monumentais de Portugal: da compreensão pública a uma literacia científica” (Ana Raquel Lopes); Tese de Mestrado: “Estratégia Territorial – proposta de uma Rede de Aldeias turísticas sustentáveis no concelho de Santa Comba Dão” (Rui Ferraz).


Coube à ministra Ana Abrunhosa proferir o discurso de encerramento do Jantar Oficial.

Assista abaixo ao vídeo com os melhores momentos do Jantar Oficial do Vê Portugal.

3.º Dia “Vê Portugal” – 8.º Fórum Turismo Interno

4.º Painel I O Covid-19 e o Impacto na Oferta Turística

O primeiro painel da manhã, moderado pelo jornalista do Expresso Paulo Baldaia (que moderou todos os painéis do dia), foi dedicado ao impacto na oferta turística provocado pela pandemia.


 
Do lado da oferta, a crise pandémica veio alterar muitos processos, tanto em termos da hotelaria, como dos agentes de viagem ou dos operadores turísticos. Houve uma necessidade rápida de adaptação aos desafios. O que mudou e veio para ficar e quais as perspetivas para o futuro, foram algumas das questões abordadas pelos três participantes neste painel.
 
Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor, foi o primeiro a pronunciar-se. Começando por recordar que os rent-a-car foram particularmente afetados pela pandemia, o dirigente adiantou que a recuperação da procura “já começou e está em bom andamento”, perspetivando um ano de 2022 que poderá constituir um recorde. No entanto, atualmente coloca-se um problema novo e não menos grave: as empresas de aluguer de automóveis querem comprar carros e não conseguem, devido à escassez de veículos. “O setor tem de manter os carros por mais tempo do que o previsto, mesmo encomendando com 1 ano de antecedência”, lamentou. A incipiente rede de carregamento elétrica é uma dificuldade adicional, que impede que os carros elétricos tenham maior expressão no Turismo.


 
Seguiu-se Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, segundo o qual a pandemia “não provocou assim tantas alterações”, tanto no campo da oferta como da procura. “No início da pandemia prevemos que a recuperação da procura acontecesse de um momento para o outro e assim foi, como um interruptor”, justificou. O que está a acontecer, considerou, é que “as pessoas querem viajar e este ano têm dinheiro para isso”, o que motiva a grande procura. Algo que, no seu entender, irá mudar no próximo ano, em virtude da inflação. Ainda assim, há algumas mudanças na procura, diz Pedro Costa Ferreira: “Os turistas procuram mais autenticidade, mais viagens de menor duração e preocupam-se mais com a sustentabilidade, por pressão da opinião pública, mas no final o preço acaba por ser importante”.


 
Alexandre Marto Pereira, vice-presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, deixou também o seu contributo, assentindo que a pandemia não mudou assim tanto o panorama geral. “Antes da pandemia, o que se discutia era o novo aeroporto, hoje volta a estar no centro da discussão”, exemplificou. Relativamente aos números da procura, frisou que a recuperação não é uniforme. “Alguns mercados continuam com uma procura muito abaixo dos níveis pré-pandemia, como é o caso do Brasil”, recordou. O futuro desta atividade, concluiu, passa por “mais autenticidade, mais eficiência e mais sustentabilidade”.


 
5.º Painel I A internacionalização da marca Portugal

Estiveram no palco três especialistas em marcas. Lídia Monteiro, coordenadora da Direção de Apoio à Venda do Turismo de Portugal, enalteceu a forma como Portugal é visto lá fora. “Portugal é hoje uma marca forte nos mercados externos. Uma marca que acrescenta valor aos negócios, que acrescenta valor às marcas comerciais e que ajuda a alavancar a economia portuguesa”, considerou. Recorrendo a vários estudos de branding, como o Brand Asset Valuator, explicou que a perceção de Portugal melhorou “em mercados como Espanha, Alemanha ou Brasil”, e que a marca Portugal é vista como “charmosa, de qualidade, original, atrativa, relacional e acessível”. No futuro, “queremos ser uma marca com mais valor para podermos vender mais caro os nossos produtos e serviços”, acrescentou.


 
José Filipe Torres, CEO da Bloom Consulting, começou por sustentar que “não existe um projeto de marca Portugal”, não se referindo especificamente ao Turismo. Lamentando que tal acontece por falta de uma aposta clara nesse sentido por parte dos decisores, o especialista defendeu que “tem de haver um kick off para a marca Portugal”. “Precisamos de trabalhar e gerir esta marca”, disse.
 


Carlos Coelho, CEO da IVITY Brand Corp, considerou que um dos principais problemas nesta área é o facto de Portugal ser visto como uma marca barata. “Temos um grande problema de qualidade despercebida. Há um elefante na sala: precisamos de valorizar a marca Portugal. Não podemos promover a marca do país barata. Não há nada precioso no mundo que seja barato”, justificou. Este esforço é, no seu entender, decisivo para melhorar as condições de vida dos portugueses. “Temos um passado para dar ao nosso futuro. Portugal é um país genial e podemos conseguir evoluir”, concluiu.


 

6.º Painel I Vamos falar do futuro: há como antecipar novas crises?

Paulo Fernandes, presidente do Conselho Estratégico da Região Centro e da autarquia do Fundão, colocou o problema demográfico no foco de possíveis crises futuras. Dando o exemplo do seu município, que perdeu “metade da população em duas gerações e meia”, lembrou que quatro quintos da população do mundo tem como objetivo atingir a qualidade de vida do cidadão europeu, mas em Portugal o desafio é a demografia, o que considerou ser um paradoxo. “O país tem de se abrir mais para o mundo e diversificar os mercados. Historicamente, sempre que nos fechámos para o mundo, perdemos. E quando nos abrimos, ganhámos”, destacou.


 
O economista e gestor Jaime Quesado, especialista em inovação e competitividade, começou por lembrar uma frase de Peter Drucker – “O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer economia” – para indicar aquelas que serão “as novas marcas do novo normal: a sustentabilidade, a qualidade, confiança, a inovação e a eficiência”. “O valor criado no Turismo deve ser partilhado de forma equilibrada junto da sociedade”, disse ainda, recordando a necessidade de outros setores crescerem tanto ou mais como o Turismo, que representa 14% do PIB nacional.


 
Miguel Poiares Maduro, reitor da Católica Global School of Law e Presidente do European Digital Media Observatory e do Gulbenkian Future Forum, iniciou a sua intervenção considerando que o país não se tem sabido preparar para as sucessivas crises. “É possível estarmos mais bem preparados para futuras crises. Falhámos na perceção dos riscos futuros, como aconteceu com a pandemia e a guerra na Ucrânia. É fundamental incorporar nas políticas públicas a avaliação dos riscos futuros, endógenos e exógenos”, sublinhou, ilustrando com uma metáfora. “Como somos um país pequeno, com pouca força para alterar as marés, devemos conseguir antecipar as boas ondas para surfar”.
 


A intervenção final do painel coube a Jorge Brandão, vogal da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que referiu a forma como as crises inesperadas influenciam o financiamento comunitário. “Antes da Covid já tivemos os incêndios, em 2017. São crises inesperadas, que criam fatores de incerteza nos beneficiários dos fundos e nas empresas, com consequências na execução”, disse. Nem tudo é negativo, no entanto, e a região mostrou ter grande resiliência. “Muitos empreendimentos na região Centro são mais do que projetos empresariais, são projetos de vida, de pessoas que apostaram na região e são diferenciadores. Isto permite às empresas, com grande esforço, ultrapassar as dificuldades nos momentos de crise”, elogiou.

Sessão de Encerramento

Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, defendeu hoje que é um erro considerar que há territórios condenados à partida a ser menos desenvolvidos do que outros. A declaração foi feita na Sessão de Encerramento do 8.º Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar.
 
“Não há territórios condenados. Temos de acabar com o mito de que há territórios predestinados para o turismo e há outros em que não vale a pena apostar. A pandemia de covid-19 provou-nos o contrário: mostrou que a diversidade e a singularidade estão presentes em qualquer um dos nossos territórios”, sublinhou Pedro Machado, durante a apresentação das conclusões do encontro, que juntou cerca de 30 especialistas em Tomar, ao longo de quatro dias de debate, numa organização do Turismo Centro de Portugal e do município de Tomar.  
 


“O Fórum Vê Portugal, em dois dias de extraordinário debate e partilha entre instituições, trouxe à discussão os desafios que se colocam à atividade turística, como são retomar o crescimento e a confiança dos visitantes, fomentar o crescimento sustentável dos territórios, sabendo que os recursos são finitos, esbater as assimetrias de desenvolvimento, e resolver o problema da falta de capital humano, que é critico”, assinalou Pedro Machado. “A soma entre inteligência, conhecimento e sustentabilidade é a chave para o futuro desta atividade. Estamos confiantes num futuro que faz as pessoas mais felizes. O turismo é a indústria da paz”, disse ainda Pedro Machado.
 
Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, usou também da palavra na Sessão de Encerramento, para destacar a importância de se promoverem políticas de desenvolvimento sustentável. “Os recursos são finitos, pelo que temos a obrigação de ter no centro das políticas as sustentabilidades, que devem servir de base a todas as nossas políticas”, afirmou a autarca, que lamentou também a dificuldade que é ser empresário da atividade turística no interior do país – mais concretamente na sub-região do Médio Tejo.


 
“Se a política pública quer continuar a apostar no Turismo, têm de ser dadas condições aos empresários para poderem avançar com os seus investimentos. A visão do país a partir de Lisboa não é a visão do país na sua globalidade. Os empresários do Médio Tejo são prejudicados por não conseguirem efetivar os seus investimentos em tempo útil”, disse Anabela Freitas.

Assista abaixo ao vídeo com o resumo do 3.º dia do “Vê Portugal”.

4.º Dia I “Vê Portugal” – 8.º Fórum Turismo Interno

O 4.º e último dia do “Vê Portugal”, foi dedicado a visitar o município anfitrião, Tomar. Espreite abaixo o vídeo e inspire-se para futuras visitas!

Comunicações dos Oradores do “Vê Portugal”

PAINEL 01 | “Novas tendências no comportamento do turista”

»»» Marta Poggi – Palestrante e Consultora de Turismo Digital, especializada em tendências e inovação no Turismo e Hotelaria 



»»» Tiago Phillimore I Responsável pelas áreas de eCommerce e Digital da TAP


»»» António Neves I Industry Manager – Travel da GOOGLE

PAINEL 02 | “O Capital Humano nas Organizações: impactos e mudanças”

»»» Margarida Sousa Uva I Senior Manager da Deloitte (Especialista na prática de Gestão do Capital Humano, Gestão do Conhecimento nas Organizações e Gestão da Mudança)

PAINEL 03 | “COVID-19 e a emergência de novos produtos turísticos” 


»»» Sérgio Nunes I Diretor do Centro de Investigação Aplicada em Economia e Gestão do Território (CIAEGT-IPT)



»»» Pedro Pedrosa I CEO na empresa Portugal A2Z Walking & Biking 


PAINEL 04 | “O COVID-19 e o impacto na Oferta Turística


»»» Pedro Costa Ferreira | Presidente da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo

»»» Alexandre Marto | Vice-presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal

»»» Joaquim Robalo de Almeida | Secretário-geral da ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor

PAINEL 05 | COVID-19 e Internacionalização da marca “Portugal”

»»» Lídia Monteiro | Diretora de Coordenadora da Direção de Apoio à Venda do Turismo de Portugal, IP

»»» José Filipe Torres I CEO da Bloom Consulting




»»» Paulo Fernandes I Presidente do Conselho Estratégico da Região Centro


»»» Jaime Quesado I Economista e Gestor. Especialista em Inovação e Competitividade


Para aceder às galerias fotográficas do evento, visite a página do facebook @forumveportugal.

Conheça a opinião de alguns dos nossos oradores e convidados, sobre a importância do turismo interno e sobre o “Vê Portugal”.

Pedro Machado, Presidente da Turismo Centro de Portugal

Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial

Pedro Costa Ferreira, Presidente da APAVT

Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, IP

Hugo Cristóvão, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Tomar

Ana Jacinto, Secretária-geral da AHRESP

Isabel Damasceno, Presidente da CCDRC

Carlos Coelho, CEO da Ivity Brand Corp

Miguel Poiares Maduro, Reitor da Católica Global School of Law e Presidente do European Digital Media Observatory e do Gulbenkian Future Forum

Marta Poggi, Consultora e Palestrante

Vê Portugal nos Media

. Bolsa de contactos dá pontapé de saída da 8ª edição do Fórum Vê Portugal
. “A perspetiva para o verão é francamente otimista”, afirma Pedro Machado
. Fórum Vê Portugal: “Esta retoma que estamos a viver não é fruto da sorte ou do azar, é fruto do trabalho de todos”
. 8.º Fórum Vê Portugal mostrou que “não há territórios condenados à partida”
. “As perspetivas para o verão são francamente otimistas”, afirma Pedro Machado
. Turismo Centro de Portugal homenageia personalidades e instituições da região no jantar oficial “Vê Portugal”
. “Turismo não é um dado adquirido” e retoma dá trabalho
. Porto criou “ruído” e pode “perigar processo de descentralização”
. Património tem que ser a “rolling stone” da sociedade
. Conciliar a vida pessoal e profissional no turismo é um “molho de brócolos”
. Turismo sem territórios condenados à partida

. Vê Portugal: “Portugal e as suas regiões são um case study de retoma”
. Vê Portugal: “Os destinos regionais reforçam e posicionam a marca Portugal nos mercados onde somos competitivos”
. 8.º Fórum Vê Portugal mostrou que “não há territórios condenados à partida”
. Manuel Proença homenageado pelo Turismo Centro de Portugal
. “A Era pós-COVID-19 e o Turismo: olhos postos no futuro” em debate na 8.ª edição do Fórum Vê Portugal
. Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal” discutiu os desafios que se colocam à atividade turística
. Personalidades e instituições da região, homenageadas no jantar oficial “Vê Portugal” pelo Turismo Centro de Portugal
. Luís Araújo: a retoma da atividade é fruto do trabalho de todas e de todos ao longo destes dois anos
. Fórum Vê Portugal: Luís Araújo homenageia portugueses que escolheram o país para fazer férias durante a pandemia
. Empresas turísticas procuram possibilidades de negócios no Centro de Portugal
. Fórum Vê Portugal coloca acento tónico na recuperação da atividade turística e no valor do turismo interno
. Turismo do Centro de Portugal homenageia personalidades e instituições da região
. 8º Fórum Vê Portugal conclui que a maior previsibilidade no turismo é a imprevisibilidade
. A vida e as pessoas celebradas no Fórum Vê Portugal em Tomar

. TOMAR – “Vê Portugal”, 8º Fórum de Turismo Interno. Cidade recebe evento até esta quinta-feira (c/vídeo)
. Turismo na região Centro já passou o Cabo das Tormentas (com vídeo)
. Empresas estudaram possibilidades de negócio no primeiro dia do Fórum Vê Portugal
. Veja quem esteve esta manhã no fórum dedicado ao turismo interno
. “Há mais portugueses a consumir Centro de Portugal” (com vídeo)
. Saiba o aconteceu no Vê Portugal da Turismo Centro de Portugal
. Saiba quem foram os vencedores dos prémios da Turismo Centro de Portugal (com vídeos)
. Presidente do Turismo do Centro salienta que não há territórios condenados à partida
. Fotos: Jantar “Vê Portugal” com glamour premiou região Centro
. Turismo Centro de Portugal homenageou personalidades e instituições da região no jantar oficial “Vê Portugal”
. Espreite o último dia do Vê Portugal

Recortes de Imprensa I Diário de Coimbra

Sobre o Programa do Vê Portugal – 8.º Fórum Turismo Interno

A pandemia por COVID-19 tem tido “impactos brutais” no turismo, um dos setores mais afetados pela covid-19. Em 2019 Portugal atingiu, em termos de resultados líquidos, mais de mil milhões de euros. Em 2020 foram cerca de 1,5 mil milhões negativos. São tempos muito difíceis e muito desafiantes para o setor do turismo.

Em particular, no que respeita ao Centro de Portugal, os indicadores provisórios do INE mostram que, entre janeiro e novembro 2021, esta região registou 4,1 milhões de dormidas, face a 3,2 milhões no mesmo período de 2020. Houve uma recuperação evidente, na ordem dos 28%, que está na base do otimismo cauteloso com que encaramos 2022. No entanto, para as dormidas se aproximarem dos índices pré-pandémicos, é fundamental atrair os fluxos internacionais e ganhar a confiança dos viajantes. Recordamos que, no mesmo período de 2019, registámos 6,7 milhões de dormidas – ou seja, há muito para recuperar este ano e nos próximos. Em particular, o verão de 2021 foi muito positivo para a região, com taxas de ocupação, em muitos destinos, a aproximarem-se dos níveis pré-pandémicos. Nomeadamente, os destinos de interior, como a Serra da Estrela ou a Beira Baixa registaram operações muito positivas.

Num contexto de pandemia, o Turismo Interno revelou-se, uma vez mais, um mercado essencial para o turismo português em 2021. O mercado interno assegurou bem mais de metade das dormidas registadas em Portugal no mês de agosto, registando o valor mensal mais elevado de que há registo: 4,2 milhões de dormidas num mês em que o alojamento turístico atingiu 7,5 milhões.

Este é um dado que revalida a estratégia definida pela Turismo Centro de Portugal que, desde 2015, promove anualmente, o maior fórum dedicado à discussão desta temática. Agora será, mais do que nunca, fundamental continuar a desenvolver ações que potenciem a discussão e a concertação ao redor dos principais temas associados ao turismo interno, trazendo para a ribalta esta discussão.

Com o adiamento da edição do Vê Portugal em 2020, da realização via streaming da sua 7.ª edição em 2021, em 2022 o “Vê Portugal – 8.º Fórum Turismo Interno” vai decorrer em Tomar, numa organização em estreita parceria com o Município. Conta, igualmente, com o apoio do Turismo de Portugal, IP, e do Instituto Politécnico de Tomar.

POST TOUR PARA JORNALISTAS, OPERADORES E ORADORES/CONVIDADOS

Este é um fórum que assumiu, desde o primeiro momento, um caráter itinerário, decorrendo todos os anos, num concelho diferente, do Centro de Portugal. Esta foi a forma encontrada de promover todo o território, sendo que para que seja uma estratégia eficaz, para além dos dois ou três dias que os congressistas passam no território, também se promovem visitas guiadas aos principais ativos turísticos dessa região. Deste modo, no último dia do “Vê Portugal”, irá realizar-se um post tour por Tomar, dirigida a jornalistas, operadores turísticos, convidados/oradores. 

REUNIÕES B2B I OFERTA TURÍSTICA DA SUB-REGIÃO DO MÉDIO TEJO

Para a edição do Vê Portugal em 2022, houve um importante update ao formato deste fórum, com a implementação de reuniões B2B, no dia 06 junho, das 16h00 às 18h30, no Hotel dos Templários, em Tomar.

Foram convidados a participar em reuniões B2B, por um lado, os agentes de oferta turística (empreendimentos turísticos e empresas de animação turística) da sub-região do Médio Tejo; por outro lado, operadores turísticos nacionais e agentes de viagens.

Objetivos
– Promover uma bolsa de contactos de negócios entre os participantes;
– Promover o Centro de Portugal e a Sub-Região Médio Tejo enquanto destino privilegiado de uma diferenciação de produtos turísticos;
– Reforçar a importância do turismo interno no setor Turístico em Portugal.

Destinatários
– Operadores Turísticos e Agentes de Viagens nacionais;
– Empresários do setor da hotelaria e turismo da Sub-região Médio Tejo.

Modelo de Funcionamento
– As reuniões terão início às 16h00 do dia 06 de junho, e decorrerão até às 18h30, no Hotel dos Templários, em Tomar.

ALINHAMENTO COM A ESTRATÉGIA 2027

Tal como é a principal premissa da Estratégia Turismo 2027, pretende-se com a realização do Vê Portugal, fazer deste país, um país mais coeso, que se diferencia pelos seus recursos que não são deslocalizáveis e onde todos gostamos de viver e somos valorizados, nunca esquecendo que, “o melhor de Portugal são os Portugueses”.

A Estratégia Turismo 2027 estabelece prioridades, identificadas em cinco eixos estratégicos. O Vê Portugal procura, desde a sua primeira edição, e de um modo transversal, estar alinhado com esta estratégia e contribuir de forma direta e indireta para este desígnio:

  • Valoriza o território como um todo, sendo um evento com caráter itinerante, com o objetivo último, de promover todo o território do Centro de Portugal;
  • Impulsiona a economia, por dar palco às diferentes iniciativas privadas e públicas, promovendo a atração de investimento, sensibilizando para a importância da qualificação e diferenciação da oferta, e reforçando positivamente o empreendedorismo e a inovação (Prémios José Manuel Alves, p.e.);
  • Potencia o conhecimento, sendo esse o seu principal propósito;
  • Gera redes e conectividade, reunindo centenas de profissionais do sector turístico para, nos momentos formais e informais do fórum, coloca-los em contacto direto, a partilhar experiências, a criar sinergias, e a debater os temas que marcam a atualidade do setor turístico nacional;
  • Projeta Portugal, contribuindo para o aumento da sua notoriedade, como um local de grandes eventos, e alavancando a importância do turismo interno como um fator de competitividade da economia nacional


PROGRAMA

06 JUNHO

16h00 – 18h30 | REUNIÕES B2B I OFERTA TURÍSTICA DA SUB-REGIÃO DO MÉDIO TEJO

Local: Hotel dos Templários | TOMAR
Foram convidados a participar em reuniões B2B, por um lado, os agentes de oferta turística (empreendimentos turísticos e empresas de animação turística) da sub-região do Médio Tejo; por outro lado, operadores turísticos nacionais e agentes de viagens.

19h30 | WELCOME DRINK E NETWORKING

07 JUNHO

Local: Cine-Teatro Paraíso | TOMAR

09h00 I RECEÇÃO CONGRESSISTAS

09h30 – 10h30 I SESSÃO ABERTURA

Anabela Freitas | Presidente da Câmara Municipal de Tomar
João Freitas Coroado | Presidente do Instituto Politécnico de Tomar
Pedro Machado | Presidente da Turismo Centro de Portugal
Francisco Calheiros I Presidente da CTP – Confederação do Turismo de Portugal 


10h30 – 12h00 I PAINEL 01

“Novas tendências no comportamento do turista”
A pandemia por COVID-19 veio impactar significativamente o comportamento das pessoas, em todos os aspetos das suas vidas, em particular, na forma como viajam. Com um conjunto multidisciplinar de especialistas, pretende-se avaliar quais são as novas tendências do comportamento dos turistas e, em especial, como deve o setor preparar-se para corresponder e antecipá-las.

Moderação: Ana Peneda Moreira | Jornalista e Pivô da SIC
Mauro Paulino I Psicólogo e coordenador do livro “A Psicologia da Pandemia”
Marta Poggi I Palestrante e Consultora de Turismo Digital, especializada em tendências e inovação no Turismo e Hotelaria 
Tiago Phillimore I Responsável pelas áreas de eCommerce e Digital da TAP
António Neves I Industry Manager – Travel da GOOGLE

11h30 – 12h00 I COFFEE BREAK

12h00 – 13h30 I PAINEL 02

“O Capital Humano nas Organizações: impactos e mudanças”
Questões como o lay-off, o encerramento de muitas empresas ou as novas formas de trabalhar – em particular, o teletrabalho e o nomadismo digital -, vieram alterar substancialmente o mercado do trabalho e expor algumas fragilidades em termos da legislação em vigor. A isto, juntam-se as “velhas” questões associadas ao setor, como a qualificação e a valorização de todos os intervenientes na cadeia de valor do setor do turismo. 

Moderação: Maria José Santana | Jornalista
Ana Jacinto I Secretária Geral da AHRESP – Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal
Ana Paula Pais I Diretora Coordenadora – Direção de Formação no Turismo de Portugal
Margarida Sousa Uva I Senior Manager da Deloitte (Especialista na prática de Gestão do Capital Humano, Gestão do Conhecimento nas Organizações e Gestão da Mudança)

13h30 – 15h00 I ALMOÇO LIVRE

15h00 – 16h30 I PAINEL 03

“COVID-19 e a emergência de novos produtos turísticos” 
Pedestrianismo, Cicloturismo, Ecoturismo, Nomadismo Digital, Turismo Industrial, Turismo Literário, …  Há todo um conjunto de novos produtos turísticos que encontraram no contexto de pandemia uma forma de emergir e de se afirmar, à luz das novas tendências do comportamento do consumidor. E o MICE? Haverá retoma à vista? Vamos procurar conhecer o que dizem os especialistas sobre a emergência deste (e outros) produtos turísticos.

Moderação: Jorge Costa | IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo
Sérgio Nunes I Diretor do Centro de Investigação Aplicada em Economia e Gestão do Território (CIAEGT-IPT)
Teresa Ferreira I Diretora do Departamento de Desenvolvimento de Recursos do Turismo de Portugal, IP
Pedro Pedrosa I CEO na empresa Portugal A2Z Walking & Biking 

16h30 – 17h00 I Entrega dos Prémios “Best Responsible Trails”

19h00 I Welcome Drink


19h30 I JANTAR VÊ PORTUGAL E ENTREGA PRÉMIOS E HOMENAGENS “TURISMO CENTRO PORTUGAL” *

Local: Hotel dos Templários – Tomar

08 JUNHO

Cine-Teatro Paraíso | Tomar
09h00 I RECEÇÃO CONGRESSISTAS

09h30-11h00 I PAINEL 04

O COVID-19 e o impacto na Oferta Turística
Do lado da oferta, a crise pandémica veio alterar muitos processos, tanto em termos da hotelaria, como dos agentes de viagem ou dos operadores turísticos. Houve uma necessidade rápida de adaptação aos desafios. O que mudou e veio para ficar e quais as perspetivas para o futuro, são algumas das questões a abordar neste painel.

Moderação: Paulo Baldaia | Jornalista e Comentador
Pedro Costa Ferreira | Presidente da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo
Alexandre Marto | Vice-presidente da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal
Joaquim Robalo de Almeida | Secretário-geral da ARAC – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor

11h00-11h30 I COFFEE BREAK

11h30-13h00 I PAINEL 05

COVID-19 e Internacionalização da marca “Portugal”
Para além da análise do turismo interno, será crucial, agora mais do que nunca, conseguir-se uma visão holística do setor à luz do mercado externo. Com a pandemia, como está a evoluir o processo da internacionalização e dinamização da marca “Portugal” junto dos mercados externos? Qual a importância da promoção em feiras, nacionais e internacionais? Esta e outras questões serão abordadas com a ajuda de especialistas nacionais e internacionais.

Moderação: Paulo Baldaia | Jornalista e Comentador
Lídia Monteiro | Diretora de Coordenadora da Direção de Apoio à Venda do Turismo de Portugal, IP
Carlos Coelho I CEO da IVITY Brand Corp
José Filipe Torres I CEO da Bloom Consulting

13h00 – 15h00 I ALMOÇO

15h00 – 16h30 I PAINEL 06

Vamos falar do futuro: há como antecipar novas crises?
Ainda que sejam de difícil previsão, há um conjunto de lições que poderemos retirar desta crise pandémica, e que podem ser úteis para ajudar a antecipar e a preparar o setor turístico, no futuro. Vamos conhecer a opinião de diversos especialistas, que procurarão dar a sua visão sobre a importância da inovação, da criatividade, do empreendedorismo, do trabalho em rede e do espírito colaborativo, antecipando novos comportamentos e tendências.

Moderação: Paulo Baldaia | Jornalista e Comentador
Miguel Poiares Maduro I Reitor da Católica Global School of Law e Presidente do European Digital Media Observatory e do Gulbenkian Future Forum
Paulo Fernandes I Presidente do Conselho Estratégico da Região Centro
Jaime Quesado I Economista e Gestor. Especialista em Inovação e Competitividade
Isabel Damasceno I Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Centro


17h00  I SESSÃO DE ENCERRAMENTO

Anabela Freitas I Presidente da Câmara Municipal de Tomar
Pedro Machado I Presidente da Turismo Centro de Portugal

09 DE JUNHO

10h00 – 17h00 I Post Tour “Vê Tomar”


Visita guiada a Tomar (jornalistas, operadores turísticos, convidados/oradores)

Manhã
. Visita ao Complexo Cultural da Levada de Tomar
. Visita à Sinagoga e passeio pelo Centro Histórico

Almoço

Tarde
. Visita ao Convento de Cristo e Castelo Templário


Hotéis e Restaurantes parceiros do “Vê Portugal”

Alojamento em Tomar

Restaurantes em Tomar

Sobre Tomar…

Os Cavaleiros do Templo de Jerusalém representaram uma ordem religiosa que deixou na História de Portugal, em especial na região Centro, muitos registos e por todo o mundo, lendas e curiosidades por satisfazer.

Os Templários chegaram a Portugal em 1160, após D. Afonso Henriques, ter-lhes entregue uma vasta região entre o rio Mondego e o rio Tejo. E os mesmos escolheram a cidade de Tomar para sua sede, em 1162. Fundada no Templo de Salomão, em Jerusalém, mas extinta pelo Papa Clemente V, não viu o seu fim imediato em Portugal, pois deixou aqui uma fiel herdeira – a Ordem de Cristo, especialmente dinâmica na época dos Descobrimentos.

Construído nos primórdios do reino de Portugal, entre os séculos XII e XVIII, o Convento de Cristo é hoje um Monumento Nacional classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Apresenta diversos estilos arquitetónicos (românico, gótico, manuelino, renascentista e maneirista), está envolvido pelo castelo medieval da cidade, tem uma igreja manuelina com a famosa janela gótica e as mesmas proporções do Templo de Salomão (lugar onde a Ordem foi fundada), uma magnífica charola (oratório privativo) construída à semelhança do Santo Sepulcro de Jerusalém e diversos pormenores imperdíveis que o levam a fazer uma visita prolongada. Conta muitos séculos de História e foi sede da Ordem dos Templários, em Portugal.

Do Convento parta à descoberta da Mata dos Sete Montes, que nos encanta logo à entrada, pelos portões altos e pelo jardim bem ornamentado. De vasta área natural, possui uma rica flora de plantas aromáticas e medicinais e era conhecida como a cerca do convento, tendo no passado uma ligação ao castelo. Diz-se que aqui, a Ordem fazia os seus cultivos e orações.

É hoje o principal parque da cidade, com a estátua do Infante Dom Henrique a dar-lhe as boas-vindas. Entre longas caminhadas a pé, imagine o passado e a bravura dos cavaleiros que aqui viveram.

Seguimos viagem. Gualdim Pais, cruzado e freire templário, além de ter fundado a cidade e o castelo de Tomar, fundou o Castelo de Almourol, numa localização única: uma ilhota no meio do rio, onde o Tejo e o seu afluente Zêzere se cruzam, em Vila Nova da Barquinha. É para lá que vamos!

Foi utilizado para defesa do território, formando a linha defensiva do rio Tejo (mais tarde, Tomar) e o da Cardiga e é hoje um Monumento recuperado e visitável, após uma curta travessia de barco. Também nas margens do rio Zêzere, na pacata aldeia de Dornes, banhada pela albufeira de Castelo de Bode, foi erguida pelos Templários uma torre pentagonal com função de vigia durante a Reconquista cristã. Pouco conhecida, mas deslumbrante, esta aldeia pode ser o lugar ideal para terminar a sua visita pelo passado dos Templários.

O que comer?
A cultura templária deixou-nos na gastronomia as Couves à D. Prior, lampreia, sável, bacalhau, cabrito, dobrada, cabidelas, morcelas de arroz, coelho na abóbora e feijoada de caracóis. Na doçaria encontramos as “Fatias de Tomar” e os “Beija-me depressa”.

O que fazer?
Porque não experimentar Paraquedismo em Vila Nova da Barquinha? Deixamos-lhe a sugestão para que parta à aventura. Se preferir uma vertente mais cultural, sugerimos a visita à Sinagoga de Tomar, o mais antigo templo hebraico de que há memória no nosso país.                        

“VÊ PORTUGAL” – 8.º FÓRUM DE TURISMO INTERNO . 06 A 09 DE JUNHO 2022 . TOMAR

INSCREVA-SE E PARTICIPE!