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Palace Hotel Bussaco: Concurso aberto para requalificação e exploração

O Palace Hotel do Bussaco, situado na Mata Nacional do Buçaco, no Luso (Mealhada), é uma oportunidade de investimento, ao abrigo do Programa Revive do Turismo de Portugal.

A concessão de exploração por um período de 50 anos deste empreendimento histórico está a concurso público internacional até 22 de outubro, no âmbito do referido programa que tem como objetivo a atribuição dos direitos de exploração a património público devoluto ou degradado, procedendo à sua requalificação e valorização, promovendo a atratividade e o desenvolvimento regional e local, através de novas utilizações para fins turísticos.

O Palace Hotel do Buçaco é considerado um dos mais belos e históricos hotéis do mundo. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1996 e como Monumento Nacional desde 2018.

Foi distinguido duas vezes (2021 e 2023) como o melhor Hotel Castelo do Mundo, com o prémio “Luxury Castle Hotel Worldwide“, dos World Luxury Hotels Awards, prémios atribuídos internacionalmente desde 2006 e que resultam da votação de 300 mil viajantes e profissionais do setor do turismo.

História

A origem do imóvel remonta a 1628 – na altura Convento de Santa Cruz do Bussaco – contruído na mata pela Ordem dos Carmelitas Descalços.

Após a extinção das ordens religiosas, o Convento do Bussaco foi mantido na posse do Estado até que, nas últimas décadas do século XIX, foi proposta a construção de um hotel, tendo sido encarregue do projeto o cenógrafo Luigi Manini.

Hotel Palácio Bussaco

“O edifício em estilo neogótico, de inspiração manuelina, é considerado o trabalho de maior vulto realizado por Manini, tendo sido projetado como um palacete, com três pisos e um torreão, no qual são visíveis uma série de elementos arquitetónicos que evocam a portugalidade e o simbolismo em torno do império, tais como perfis da Torre de Belém, de entre outros. Esta obra foi iniciada em 1888 e concluída em 1897”, pode ler-se na descrição do concurso.

Em 1905, foi concebido um segundo edifício anexo, a chamada Casa dos Brasões, que manteve a linguagem neomanuelina do corpo principal. “Dos alçados deste edifício ressalvam-se as janelas maineladas inseridas em arcos de volta perfeita, cordames, medalhões e os brasões que dão nome ao espaço”.

“O interior do Palace Hotel do Bussaco apresenta um verdadeiro ambiente palaciano, com espaços luxuosos decorados com requinte, cujos programas decorativos de pintura, escultura e azulejo foram entregues a conceituados artistas da época, como António Ramalho, Carlos Reis, João Vaz, Jorge Colaço e Costa Motta Sobrinho. Também o mobiliário e tapeçarias, autêntico espólio museológico, são de uma riqueza e beleza admiráveis, incluindo peças portuguesas, chinesas e indo-portuguesas”.

Oportunidade de investimento

O concurso, que também contempla os anexos adstritos ao hotel e o jardim histórico contíguo, envolve a realização de obras do imóvel (com uma área total de construção de 9.840,00 m2), incluindo infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como empreendimento turístico, na tipologia de estabelecimento hoteleiro, no grupo de hotéis, na categoria de 5 estrelas.

De acordo com o anúncio publicado em Diário da República (26 de junho de 2024), e também no Jornal Oficial da União Europeia, a concessão será válida por 50 anos, com uma renda mínima anual de 51.355,80 euros.

Candidaturas

Os investidores interessados na exploração deste espaço hoteleiro centenário podem apresentar as suas candidaturas até ao dia 22 de outubro de 2024. Aceda aqui a toda a documentação.