Relaxar no Caramulo

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Após breves quilómetros percorridos na N230-4, encontramos o Miradouro do Cabeço da Neve num desvio à esquerda. Assemelhando-se a uma varanda aberta para a planície beirã, com a Serra da Estrela a recortar o horizonte, este lugar é também tido como uma ideal rampa de lançamento de parapente. Mas, se a descarga de adrenalina não estiver nos seus planos, pode sempre desfrutar desta vista de cortar a respiração, de pés bem assentes na terra.

Na mesma onda panorâmica está a vista do Caramulinho, a apenas seis minutos de carro. É a partir dos 1075 metros de altura, num cenário de arrebatadora beleza, que poderá deslumbrar-se com a vista sobre toda a região, das Serras da Estrela e do Montemuro ao mar de Aveiro, ao longe. A descida leva-nos de regresso à vila do Caramulo, onde deverá apanhar novamente a N230 em direção a Tondela. Passados pouco mais de dez quilómetros, esteja atento.

Quando vir uma placa a indicar um desvio com a designação “Olarias”, saiba que está a passar em Molelos, conhecida pelas belíssimas peças de louça em barro preto – uma tradição que só não se perdeu graças a algumas olarias familiares.

Tondela surge entretanto, a poucos minutos, e espera-nos com uma verdadeira montra da região: o Museu Terras de Besteiros, claro. Aqui, poderá ficar a conhecer a história da ocupação do território a partir de várias coleções, como a de arqueologia, da Pré-História à época medieval, passando pela ocupação romana; a de etnografia, compreendendo as artes e os ofícios tradicionais; a de arte sacra, parte integrante da capela do solar onde o museu está instalado; e um espólio da antiga Estância Sanatorial do Caramulo, que já conhecemos nesta viagem. Para além deste acervo, conte ainda com outros núcleos museológicos, que correspondem a monumentos megalíticos e a complexos molinológicos noutros locais
do concelho.

Vinhos do Dão

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Tondela é, também, sinónimo de terras férteis e planaltos verdes, onde abundam o ar puro e as águas do rio Dão, que para além de inspirar a denominação da região, dá também nome a vinhos únicos. Entramos, assim, na Região Demarcada do Dão.

Para chegar a esta Região Demarcada apresentamos-lhe duas alternativas. Uma faz-se rumo a sul, até Santa Comba Dão, entre os rios Dão, Mondego e Criz. Esta é uma terra de descobertas, que vão desde belíssimas praias fluviais – como a Praia Fluvial da Senhora da Ribeira – ao património histórico, passando pela Estrada Nacional 2 ou pela Ecopista do Dão, uma das maiores da Península Ibérica. Com cerca de 49 quilómetros, atravessa os concelhos de Santa Comba Dão, Viseu e Tondela e é uma ótima forma de percorrer a região em contacto próximo com a natureza, entre as paisagens da Albufeira da Aguieira e da Serra do Caramulo.

O segundo caminho leva-nos de Tondela até Carregal do Sal, onde poderá conhecer o complexo da Casa do Passal que se evoca a memória de Aristides de Sousa Mendes, “Justo entre as Nações” por ter salvado milhares de pessoas da perseguição nazi. Aproveite ainda para explorar os diversos circuitos arqueológicos do concelho, centrados essencialmente no património megalítico que prolifera na região. Seja pelo IP3, pela Ecopista do Dão ou pelos circuitos da memória, saiba que o encontro da nossa próxima etapa está marcado em Viseu.